Marcos
— Eu vou para onde a Sofia for. – Afirmo e vejo seu semblante irritado me encarar.
Caminho até ela lentamente e paro em sua frente, sorrio e começo a afastar o cabelo de seu rosto e colocar atrás de sua orelha. Ela fica emburrada como uma criança e isso me encanta mais, beijo sua bochecha e a levanto fazendo com que gire o ar, suas mãos seguram em meus ombros antes que comece a reclamar.
— Coloque-me no chão Marcos. – Grita me fazendo rir.
— E se eu não fizer isso? – Indago sem soltá-la.
— Você parece uma criança irritante. – Exclama.
— Sou uma criança com 29 anos. – Digo e a coloco no chão.
Ela afasta-se reclamando baixo para si mesma, percebo que os demais sorriem ao nos observar fico olhando em seus olhos brilhantes, tento decifrá-los.
— Vocês formam um casal maravilhoso. – Comenta Rafa e percebo que ele não abandonou sua espontaneidade.
Sofia o encara com os olhos
Sofia A fuga foi sensacional, não posso aceitar que o Marcos já domine a minha vida mesmo que seja perigoso estar sem ele, contudo eu sempre me defendi não permitirei que outra pessoa tenha poder sobre mim. O Hugo é um grande amigo e sempre muito gentil, no momento em que disse meu plano ele me ajudou e não foi difícil todos estavam muito entretidos em outras coisas. Realmente preciso de um tempo longe dele, tenho que organizar minha mente, não me envolver com alguém agora preciso deixar a sensação de ter o Humberto passar, caso contrário não consigo viver verdadeiramente. Na sala da casa do meu amigo, conversamos sobre coisas diversas, todavia ainda sinto-me nervosa devido ao que fiz, pois sei que ele vai me questionar e devo lhe dar algumas explicações. Sento-me próximo a janela, aproveitando que a noite esta linda para sentir a brisa em minha pele e o aroma de dama da noite deixando o clima ainda mais gostoso
Marcos O susto toma conta do meu corpo, mas não o suficiente para me paralisar, apresso-me para estar ao lado de Sofia e a coloco atrás de mim pego a arma que havia colocado entre minha calça e minha pele e a seguro forte apontando para a porta da cozinha, pois é o único caminho para virem até nós. Hugo não perde tempo e pega algumas armas que mantêm escondida entrega uma para minha prima e fica com outra, ficamos em posição, contudo ninguém aparece e isso nos confundi de uma maneira estranha. Faço um sinal para que eles permaneçam na cozinha e saio lentamente sempre mantendo a arma a frente e olhando para todos os lados, vejo uma pequena explosão na porta e ouço passos no andar de cima, começo a subir lentamente com os dois seguindo-me. Vejo um homem de costas em uma das portas, ele é baixo e careca segura uma arma grande e capaz o suficiente para acabar com todos nós. Começo a andar lentamente para chegar até ele pret
Anne Algo puxa-me para trás fazendo com que tudo o que carrego venha ao chão junto comigo, sinto o ar faltar em meu pulmão, pressiono minhas mãos em minha barriga e fecho os olhos sendo levada do meu local de segurança. Abro os olhos e vejo que estou em um carro com alta velocidade, encaro os passageiros sentindo-me confusa e percebo que seguem outro carro desesperados, sei que o pior vai acontecer principalmente se eu não fizer nada para impedir. — Se não for mais rápido, não iremos pegá-la. – Grita um dos homens nervoso. — O que espera que eu faça? Não imaginei que ela teria ajuda. – Exclama o motorista irritado. — Quem é este homem? Ele realmente é bom. – Comenta um terceiro homem. — Desconheço a identidade dele. – Dizem irritados. Um dos homens volta a atirar e todos comemoram quanto ele acerta o rapaz que defendia o carro que esta sen
Samanta Os olhares não diminuem, por mais que o Rafa estivesse aparentemente tranquilo tinha algo esquisito em seu comportamento quando o Marcos estava por perto. Eles se encaravam constantemente fazendo com que ficasse claro o desconforto de ambos. Fiquei sentada próxima a Isa, conversando com as meninas, contudo não consigo ignorar o que vem acontecendo, percebo que Maicon chama o Marcos para conversar e afasta-se de nós, sem me controlar os acompanho sem que me notem. Eles falam baixo em alguns minutos sussurram, mas de onde estou posso ouvi-los claramente. — Cara, ela esta casada e bem, acho que deveria esquecer isso. – Comenta Maicon aparentemente nervoso. — Não posso simplesmente esquecer. – Confessa o homem que um dia amei. — Pensei que estivesse interessado na Sofia. – Observa Maicon. — Eu estou o que sinto pela Sofia é diferente de tudo o que já senti, entretanto não quero que a Samanta
Marcos Os segundos se transformavam em minutos e os minutos em horas, por mais que todos se divertissem com a conversa que estávamos tendo eu sabia que isso logo deveria acabar e eu tinha que levar Sofia para longe a fim de protegê-la. Afasto-me do grupo que conversam animados e me direciono a cozinha, é um lugar distante das vozes, preciso clarear os meus pensamentos. — Você não parece muito feliz. – Diz uma voz que conheço muito bem. — Feliz não é a palavra, ninguém aqui esta seguro. – Desabafo sentindo-me incapaz. — Se for analisar, nós nunca estamos seguros. – Comenta. Sento-me a mesa e pego a jarra de água que estava no centro junto com alguns copos, coloco um pouco do liquido em um copo para mim e bebo lentamente. — Preciso tirá-la daqui, afastar-nos será melhor para todos. – Assumo e vejo-o sentar-se em minha frente. — Sei que estar certo, mas para onde pretende levá-la? – Question
Sofia Rodopio pelo quarto e deito-me na cama rindo desesperadamente de algumas das bobagens que o Marcos conta, descobri que ele é ótimo para me fazer rir e essa característica é a eu mais gosto nele. Depois que saímos do restaurante dirigi até uma das casas do meu pai, nós vínhamos muito aqui quando eu era criança e este tornou-se o lugar em que me sinto mais segura. Não é uma casa muito grande, contudo ela possui um muro alto como de uma prisão e agora sei que ele realmente desejava se esconder de alguém. O portão é completamente fechado não permitindo nenhum espaço para espionagem, assim que entramos no quintal começo a sentir a segurança que esse ambiente me proporciona e não escondo esse conforto. Vejo as árvores que foram plantadas por nós, agora grandes ocupando um espaço que foi feito para elas. Tento compreender por que não estive aqui antes, contudo nada parece esclarecer a minha mente. Estaciono o car
Sofia Sua voz é doce e completamente encantadora, agora vendo-o como esta dirigindo totalmente entregue com o sorriso que expõe a beleza em seu rosto e o que vai em seu coração, eu posso finalmente assumir que fiz o certo em todo o meu caminho. Para estar com ele agora admito que não me importo com tudo o que passei, pois a dor foi incondicionalmente irrelevante, já que a felicidade de estar ao seu lado mostra a insignificância de tudo o que vivi. Coloco minha mão atrás do seu banco e começo a cantar junto com ele, o acompanho enquanto sorrimos um para o outro mostrando a paz que sentimos acaricio o seu cabelo e permito que os meus olhos observem o lugar que estamos passando. A estrada parece isolada, uma vez que, não tem muitos carros que nos acompanham. Com o caminho livre em nossa frente ele dirige devagar mostrando que deseja aproveitar o momento da mesma maneira que eu. Vejo pela janela as montanhas íngreme
Marcos O sol arde em nossa pele, contudo nada tem importância quando a sinto em meus braços. Ela precisa saber que fez tudo mudar dentro de mim e que por ela sou capaz de escolher o certo e amá-la para sempre. Percebo que adormeceu e deixo que continue assim durante um tempo, o despertar pode tarde, mas sempre acontece e eu quero que para ela aconteça de uma forma boa. Sinto o vendo forte aproximar-se de nós trazendo algumas folhas coloridas que eu não havia visto por aqui, o aroma que toma conta de mim não desse universo e o temor que invade os meus sentidos mostram que não temos muito tempo. Decido acordá-la e tento de alguma forma não amedronta-la, afinal não explicar a ligação que possuo com Anne e Natan. Acaricio suas costas devagar e encaro os seus olhos mesmo estando fechados. Sua sobrancelha começa a mexer-se lentamente e uma pequena ruga formasse em sua testa, sorrio imaginando que ela não quer desperta