Parte 106
Alessandro
É Algo bem diferente do que eu costumava fazer antes. Eu não ficava acordado madrugada adentro com uma mulher bonita em minha cama, se não estivesse entre suas coxas, aproveitando cada minuto de um bom sexo.
Mas com Emma, aqui estou eu, apenas conversando de forma calma, trocando pequenas carícias, como agora, em que ela alisa meu quadril. Estamos deitados de frente um para o outro, a madrugada já corre e a luz que vem da lua entra pela cortina entreaberta.
A luz do banheiro está acesa. Ela me pediu que deixasse assim. É até romântico de certa forma, porque o quarto fica com um clima
Parte 107EmmaEu me sinto bem melhor a cada dia, mas gostaria de estar cem por cento normal fisicamente, para não ficar pensando na posição e na forma de me mexer, para não sentir dor. E também ele está com o braço machucado.Alessandro volta a capturar minha boca e dessa vez já não está tão calmo no primeiro beijo. Ele já esta quase duro, posso sentir enquanto pressiona o membro contra minha perna e isso me excita também. As mãos dele percorrem minhas coxas e barriga, parando em meu seio e brincando com o mamilo. Não posso deixar de suspirar de encontro à
Parte 108EmmaEstou reunida com Lívia e Isabela na casa de Alessandro. A casa da família toda, aliás. Eles moram todos juntos aqui e parece que eu fui a primeira a tirar um deles daqui. Alessandro só saiu do conforto da casa por mim.Bem, por mim e por ele. No fundo ele queria ter todo meu tempo possível e foi isso que aconteceu mesmo. E parece que eu fiz escola porque Lívia também conseguiu tirar o marido da união familiar. Eles vão se mudar para Toscana.— E você já sabe a data da viagem? - pergunto a ela.— Ainda não, mas Victor já me disse para preparar o que for preciso. Vai ser por esses dias - ela estica a mão e alisa meu joelho — Você está bem?— Estou sim… Mas um pouco triste agora - meus olhos ficam lacrimejando — Aos poucos estou conseguindo me recordar do antes de sofrer o acidente… - suspiro triste — E agora você vai embora.— Ei!… - Isabela cruza os braços se inclinando de lado — Eu vou continuar aqui, sabia?— Eu sei - dei uma risada e fiz uma cara de boba — Não fique
Parte 109EnzoJá estou quase chegando em casa, mas tive que parar antes para poder explicar ao Alessandro porque ele não foi chamado para o encontro com Olga e ele estava muito puto com isso.— Alessandro, eu já disse… - esfreguei a testa — Porra, está quente… Eu estou quase chegando em casa. — Eu também estou indo para casa. Deixei a Emma lá com as cunhadas.— Ótimo, então a gente conversa lá. Eu estou parado no acostamento, a quinze minutos de nossa casa. Vai logo para lá, então!Desliguei e continuei o percurso. Claro, eu sabia que não iria demorar para que ele desconfiasse do Stênio saindo o tempo todo para resolver demandas nossas. Cada um de nós tem o seu braço direito. O meu é o Manollo. Já meu irmão Victor tem ao seu lado o Bartolo e ele o Stênio. De vez em quando uma até faz algo para o outro ou se junta para resolver algo necessário, mas no geral, apenas nós é que temos o comando de seu tempo. Stênio estava saindo para resolver o que Victor mandou, então só podia mesmo qu
Parte 110VictorDepois de ouvir o que Bartolo descobriu, decidimos que isso tinha que ser algo rápido, que causasse um alvoroço entre as máfias e que servisse de exemplo para quem, assim como Dolores, ainda tem a ideia de que pode fazer algo para tomar o que é nosso.— Eu quero me mudar e ir com tranquilidade, que deixei vocês seguindo a vida como sempre - andei entre eles — Enzo, você é um excelente Don, até superou nosso pai nessa posição… Mas você tem que continuar com punho de ferro, irmão - parei em frente a ele — Infelizmente, por mais que se queira dar uma melhoria, sempre vai existir aquele que nunca vai estar satisfeito.— É, eu sei disso - ele coça a cabeça — Eu gostaria de unificar as famílias, mas pelo jeito, vai demorar muito para que isso aconteça um dia.— Enquanto houver gente com a mentalidade de Bianca e Antoanie, isso será difícil e talvez, doloroso. Vamos ter que partir pra cima.— Stênio está vindo aí - Alessandro olha no celular — Ele disse que já tem um local p
Parte 111AlessandroNossa pequena reunião demorou um pouco. Quando saímos do escritório, minha mãe me puxou de lado para falar sobre Emma.— Quando você vai assumir essa garota, meu filho?— O que? - eu ri e a abracei — Eu já não assumi?— Não, você me entende bem, Alessandro - ela me dá um tapinha no peito — A garota não tem ninguém aqui, nenhum parente. Está fragilizada e só tem você para confiar… - ela faz uma cara engraçada — já que você criou a mentira do noivado, porque não faz virar verdade?— Mama, eu ainda…— Nah, nah… - ela abana a mão e me dá um tapinha no rosto — Seja homem como seus irmãos são.— Até a senhora, mama? - ri sem acreditar — O que é isso? Vocês resolveram me diminuir agora?— Ninguém está fazendo isso. Só quero que você, já que teve a coragem de sair de casa para morar com ela, admita que ela é especial, é diferente e que você a ama.— Ah! - ergui a mão — Mas não é possível isso. Vocês estão querendo que eu faça uma coisa que não penso fazer.— Ou você pensa
Parte 112VictorApesar de estar fazendo isso, eu prefiro me manter afastado. Por isso mesmo que aceitei a proposta de Lívia, de morarmos longe, pelo menos por um tempo. O meu lado mafioso apenas se manifesta quando sei que tem algum membro da família em uma situação complicada ou de perigo, como agora.A influência perversa de Bianca ainda está ativa com Antoaine. E por isso ele vai ter que pagar. Se tivesse continuado preso, nada disso precisaria ser feito, mas, já que as coisas são assim… Que seja!Os soldados de Bartolo fizeram um bom trabalho. Passaram as informações sobre o filho de Dol
Parte 113Victor— Vamos deixar que entre - eu olho de lado — Enzo já deve estar vendo também… Ali… Ele desceu do carro - vi meu irmão acenar para mim — Vamos sair também, Bartolo - pego minha pistola escondida atrás nas costas e confiro se está carregada e abro a porta.Enzo se aproxima junto com os homens. Manollo está ao seu lado.— E Alessandro, ainda não chegou?— Não, mas enviou uma mensagem de que está no caminho, já.
Parte 114EnzoSaímos do barzinho deixando a porcaria para trás. Um casal quase trombou com a gente quando abrimos a porta para a calçada. Os homens passaram e seguiram para os carros. Alessandro veio por último, carregando os martelos que ainda pingavam sangue.A mulher arregalou os olhos e segurou forte no braço do homem. Os dois olharam para dentro e notaram a baderna, vendo os corpos pelo chão. A mulher deu um grito, virando o rosto.— O café não será servido hoje - Alessandro diz rindo e balançando os martelos para o alto — Vamos continuar - ele atravessa a rua.