Alberto despediu-se do marido e da mulher e foi imediatamente para casa contar à mulher o que se tinha passado com os amigos, ela ainda não acreditava que o homem a tivesse encontrado tão depressa e agora está muito preocupada com o bem-estar do amigo.-Não te preocupes, amor, já vi que o José Luís está muito decidido a portar-se bem.-Espero que se comporte mesmo, porque a minha amiga já sofreu demasiado nesta vida, primeiro a morte dos pais, depois a morte do único irmão e depois aquele teu amigo idiota que gozou com ela. -comentou a rapariga, enquanto relaxava com as massagens nos pés do rapaz.-Conhecias os pais dela? -perguntou o rapaz com bastante interesse.-Claro que sim, eram muito boas pessoas e sempre me ajudaram nos estudos quando os meus pais já não me podiam sustentar por causa dos seus problemas financeiros. -É por isso que me sinto tão grato e empenhado com a minha amiga, até me ofereci para lhe dar algum do dinheiro que poupei para começar o meu negócio, para que ela
Agora que a ama já não toma conta do filho de Clara Isabel, esta pede ao marido que a deixe dormir no outro quarto com o bebé. Ela quer aproveitar a ocasião e fugir dele, mas José Luís é muito astuto e diz-lhe que não, que quer que o bebé durma ao lado dele para lhe dar forças para recuperar.A criança pode fazer-te mal. -disse a rapariga.-Não me importo que o faça, suportaria qualquer dor por ele, exceto a dor de o perder. -replicou o homem mau.Clara Isabel vestiu o pequeno Tony com o seu pijama preferido, deitou-o na cama ao lado do pai e deu-lhe um beijo de boa noite.-Sê bom para o teu papá, querido. Não o irrites porque ele transforma-se num ogre e, se o fizeres, ele come-te. -disse-lhe a rapariga e, no meio das gargalhadas do marido, tentou sair do quarto, mas o homem impediu-a.-Onde é que vais? -perguntou o malvado, que não parava de rir das piadas que a rapariga contava ao filho sobre ele.-Para o quarto que era da ama. -Respondeu-lhe ela num tom triste, porque tem pena de
Passou um mês e Clara Isabel está muito feliz porque o marido está a dar-se melhor com ela, mesmo agora que se sentam e conversam durante horas sobre coisas triviais como filmes ou os desenhos animados que o pequeno Tony vê, nunca mais falaram sobre os seus sentimentos.-Porque é que decidiste dar esse nome ao rapaz? -perguntou uma vez José Luis.-Por causa do pai e do avô. -A rapariga respondeu com sinceridade.O teu pai chamava-se António? -perguntou o malvado.-Sim", foi a sua resposta afirmativa.-E mesmo com o ódio e a desilusão que sentias por mim, sempre quiseste que o bebé tivesse o meu nome?Ele é uma parte de ti e, além disso, a cara dele lembrava-me muito a tua, porque não dar-lhe também o teu nome?Durante este mês, José Luis tem estado em repouso absoluto, já que carregou o filho às costas enquanto ele "gatinhava" ou andava de quatro, como se diz na gíria popular, e numa dessas ocasiões o joelho escorregou, o que o fez cair e bater com a perna, voltando a fazer asneira po
Clara Isabel narraEstou escondida atrás da parede que dá para a cozinha, fiquei aqui porque preciso de sair deste lugar e estou à espera que aquele velho desgraçado se descuide ou vá à casa de banho, para depois poder sair daqui a correr, sinto-me sufocada só com a presença daquele velho desgraçado, sei que se o meu irmão fosse vivo eu o teria chamado para o vir capturar e quando o considerassem culpado da morte dos meus pais o poriam na cadeia para que apodrecesse na prisão.Mas, infelizmente para mim, o meu irmão já não está neste mundo e deixou-me sozinha, e tudo por causa de uns homens, homens que não se importam de tirar a vida a uma pessoa inocente e deixar o resto da sua família a sofrer, que o assassinaram a sangue frio quando ele estava supostamente a executar uma ordem de captura e aqueles animais fizeram-lhes uma emboscada e mataram-no a ele e a um dos seus companheiros.Tenho muito medo, e ainda mais agora que este velho filho da puta trouxe uma mulher ao meu marido, e a
Clara Isabel não responde às suas chamadas ou mensagens de texto e José Luís está ansioso por saber se estão bem. Teve de perguntar ao motorista o que tinha preparado para ela, se tinha ido com ele e para onde a tinha levado. Ele conta-lhe que, quando estavam no carro, ela ligou a Yeni e disse que ia para casa, por isso ele foi deixá-la em casa do seu amigo Alberto.-Tenho de lá ir para falar com ela, e espero ter sorte e que ela acredite em mim para vir a minha casa, porque sinto que preciso mesmo deles. -comentou para si próprio.José Luís, vendo que a rapariga não queria atender as suas chamadas, disse ao motorista que o levasse a casa do seu amigo Alberto. Com a ajuda do homem, entrou no carro e logo estavam estacionados à porta da dita casa.José Luis bateu à porta e, quando a jovem Yeni a abriu e o fez entrar, ouviram-se os gritos do bebé vindos do interior da casa, gritos desesperados como se algo lhe estivesse a doer ou se lhe tivessem tirado o seu brinquedo preferido.-O que
Alberto está confuso e irritado, pois acredita que a sua mulher está agora a pagar-lhe mal com outro homem.-O que é que quer dizer com isso, sua querida? -pergunta tão perturbado que deixa cair no chão o copo de água que tem na mão.-Ufff, estás a gozar comigo, querida. Bem, vou-te dizer que eu gostava muito do irmão da Clara Isabel, ou melhor, gostávamos os dois um do outro e também estávamos muito apaixonados, mas depois aconteceu o acidente e... aqui estou eu com saudades dele. -A rapariga falou, aproveitando a oportunidade para desabafar e, para sua surpresa, desta vez já não chorou como fazia sempre que se lembrava dele em silêncio. Isso comoveu-a muito, porque então significa que ela já ultrapassou o amor que tem pelo seu agora companheiro, Alberto.-Não faz mal, querida, acho que é normal recordar os bons momentos que passámos com a pessoa que já foi muito especial e que já não está presente.-Sim, mas agora tenho-te a ti, apareceste na minha vida para voltar a dar cor aos meu
Alberto tenta que o seu amigo lhe diga a verdade sobre os seus sentimentos por Clara Isabel, mas ele recusa-se a reconhecer o óbvio.-Eu gosto dela. -Responde o amigo, sem rodeios e sem vontade de aprofundar o assunto.-Diga-me agora, por favor. Sou teu amigo do peito e mereço saber em primeira mão o que se passa nesse teu cérebro de idiota. -O Alberto insistiu.-Esquece isso e é melhor sairmos porque eu preciso mesmo de falar com a Clara Isabel, porque a coitada pensa que por eu estar com aquela rapariga, vou deixá-la.Se não a amas, deixa-a ir, José Luís. Deixa-a ser livre como os pássaros, e tu só a ajudas a sustentar o filho deles. -O jovem Alberto fala, mas agora num tom sério devido à delicadeza do assunto.Muito lentamente, o jovem José Luis levanta-se da cama e, apoiando-se na bengala que ainda tem de usar, caminha com o seu amigo até à sala de estar onde as raparigas estão a ler um livro chamado "Presas na vingança de um milionário", escrito pela autora hondurenha Lorena Rodr
Algum tempo depois de cederem aos seus desejos sexuais e carnais, ambos se levantaram do chão e vestiram-se, ele pegou no filho ao colo e os três saíram do quarto na esperança de que os amigos não se apercebessem do que tinham acabado de fazer em sua casa.Para José Luís, não é um obstáculo para ninguém descobrir o que se estava a passar dentro daquele quarto, porque isso eleva o seu orgulho de homem macho e poderoso, mas fá-lo com cautela porque sabe que a sua mulher terá pena dele porque ainda não confia muito em Alberto.Quando chegaram à sala de estar, os amigos não estavam lá, então repararam que havia um papel na porta, no qual os rapazes lhes diziam que tinham ido ao supermercado e que, se saíssem antes de lá chegarem, deviam deixar a porta trancada porque parece ter um defeito e deviam verificá-la com cuidado. -Se eu soubesse que eles não estavam lá, juro que te deixava gritar e gozar todos os teus orgasmos. -disse o rapaz com um tom malicioso.-Não fales nisso porque me faz