25/ DISCURSOS

Quando saí do escritório de David, fiquei parado por um momento na porta, imaginando o que havia acontecido lá dentro, será que eu realmente tinha ouvido o que acabara de ouvi-lo dizer? Que desafios o pai da minha filha queria me impor? David estava muito sério e toda vez que dizia algo para mim, meu corpo tremia e minhas bochechas ficavam coradas. Eu sabia que seu rosto havia se suavizado e aquele maldito sorriso que me fazia derreter na frente dele e me perder em seus lindos olhos verdes, porque toda vez que nos olhávamos, eu me lembrava dos quatro anos em que, toda vez que olhava para minha filha, via os olhos do pai dela, porque eles eram tão parecidos, que havia momentos em que eu me sentia mal, com o único consolo toda vez que tinha minha filha em meus braços, sentindo seu precioso coração batendo, que era a única coisa que me encorajava a continuar. Naquele momento, eu não sabia exatamente o que fazer, se voltava ao escritório e confrontava David, contando-lhe a verdade, ou seg
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