Samantha
" Saiba que você vai se arrepender." Essa frase não sai da minha cabeça, o que será que ele quis dizer com isso?Já é tarde e ligo para minha tia, vamos ver a questão do salão. Jack conversou com o seu amigo e marcamos horário para discutirmos o contrato de aluguel.E por falar nele, acabo de receber uma mensagem, dele falando que irá com o delegado, e quer nos encontrar numa cafeteira, próximo à delegacia para alinharmos o que precisa, ainda com o celular em mãos, já ligo para Lolô, avisando sobre o local e horário, e também ligo para a transportadora, preciso começar a embalar e desmontar o quanto antes, até tudo estar pronto no novo espaço.Me preparo para ir conhecer o Delegado após conversar com Ana e combinar de Ben ir na festa do pijama. Como a Lolô já adiantou as coisas de Ben, já pronto com a sua mochila e os seus carrinhos, sigo para deixar ele na casa da Ana e como já está em cima da hora, nem entro, só o entrego dando um beijoSamantha Ouço vozes distantes, que vem aumentando gradativamente, sinto uma mão quente na minha, me acariciando suavemente e não tenho dúvidas que seja Lolô, me sinto num local instável e me forço a abrir os olhos.— Ei querida, não se esforce, descanse ok? - Lolô fala paciente, com sua voz maternal.— Tia, o que houve? Onde estou...Abro os olhos totalmente e me dou conta de que estou numa ambulância, e dentro está minha tia e um socorrista. Tento me levantar, mas me sinto fraca.— Senhorita, estamos tendo os cuidados necessários para te estabilizar, pois a sua pressão aumentou e estamos te mantendo calma.— Tia, alguém se machucou? - Pergunto, me sentindo sufocada pelos acontecimentos.— Não minha querida, somente perda material, não se preocupe, pois vamos conseguir nos reerguer.— Não sei se temos o suficiente para isso Tia, vou ter que fazer algo, trabalhar em outro lugar para juntar esse dinheiro…— Não se preocupe com isso agora Sam, o médico vai te avaliar e se tiver tudo bem
Logan Que merda! Uma apresentação que levaria uma hora, levou quase duas horas e meia, pois minha boca falava uma coisa e minha cabeça estava em outra. Saio mais nervoso do que tinha entrado, já buscando pelo meu celular para verificar se Sebastian mandou algo, e vejo que nada ainda. Chego no carro e peço para que Sanches nos leve a uma cafeteria, pois preciso retornar daqui uma hora, e assim ele faz. Ao descer do carro, chamo Sanchez para me acompanhar, pois preciso saber o que aconteceu, já que até agora nada do relatório de Sebastian. Faço uma anotação mental para ligar para Igor. Entramos na cafeteria e nos sentamos numa mesa reservada.— Então Sanches, me conte tudo o que sabe sobre o incêndio. - Peço, vendo ele surpreso. — Sanches vamos, me fale. - Ele suspira e começa a falar.— Na sexta feira, o Ben foi lá pra casa, e no começo da noite a tia dele nos ligou pedindo pra Ana cuidar dele pois tinha havido uma explosão no restaurante da mãe dele. Samantha passou mal no local
Samantha— Bom dia, minha querida, não acredito que você dormiu assim, Sam!Ouço a voz da Lolô e tento arrumar a minha postura, onde tudo dói, e as lembranças vem com tudo do que aconteceu na noite passada.— Bom dia tia, eu precisava verificar as economias falo suspirando.— Minha querida, poderia ter deixado para fazer isso hoje, agora você está aí toda cheia de dor. - Ela fala com carinho e preocupação na sua voz.— Ah tia, nem se compara com a dor no meu coração, vou tomar um banho e ligar para a Ana e saber do Ben, já volto.— Está bem, enquanto isso farei um café bem forte. Me jogo na cama novamente com a cabeça a mil, sem nem saber por onde começar, respiro fundo e penso... aqui deitada nada vai se resolver, então eu me levanto e entro no banheiro tomando um banho bem quente para aliviar as dores no corpo, encosto a testa na parede fechando os meus olhos, enquanto sinto a água cair bem em cima dos meus ombros, conto até 10 na tentativa desses 10 segundos me desconectar disso t
Samantha Chegando na porta da casa de Ana, escuto o barulho das crianças, aperto a campainha e logo Ana atende a porta me recebendo com um abraço caloroso. Mas uma voz familiar chama a minha atenção. — Mamãe, mamãe! - Meu coração aquece com seu sorriso ao me receber. — Oi meu amor, como você está? Fiquei sabendo que foi à pracinha, você se divertiu, meu amor? — Sim mamãe - Ele fala todo alegre me olhando, logo franziu o cenho - O que foi mamãe, estava chorando? — Nada demais meu amor, só conversava com a Ana agora pouco mais tá tudo bem, é porque eu estava com saudades. — Ben, vai lá brincar mais um pouco, enquanto eu e a sua mãe tomamos um café e conversamos. — Ta bom tia, até já mamãe. - Ele fala todo desconfiado saindo. — Desculpa, nem falei com vocês direito. — Falo vendo Sanches ao seu lado - Como vai Sanches? Como está hoje? — Estou bem Samantha, estou sabendo do ocorrido, eu sinto muito. — Vem, vamos nos sentar. Ana nos conduz até a mesa e lá conversamos. Falo o que
Samantha Fico apreensiva com essa visita do Delegado, espero que eles descubram logo, ao mesmo tempo, não quero ter que falar e Sebastian descobrir, e tentar fazer mal às pessoas que amo... Como ele mesmo disse, tem olhos e ouvidos por aí.— Bom dia, algum problema? Vocês tem novidades sobre o incêndio? - Pergunto.— Bom dia Senhorita Jenkins, como vai?— Pode me chamar de Samantha! Eu vou bem e você?... Nossa! Me desculpem, essa é a Susan uma amiga. - Susan os cumprimenta.— Ah, então você é a Susan? Prazer sou delegado.— Prazer, Igor - Ela responde desconfiada da forma que ele falou, se bem que até eu não entendi. Alguém bate na porta e Lolô levanta para atender, e por ela passa Jack, com toda sua beleza fardado.— Bom dia pessoal! - Ele cumprimenta todos, mas seus olhos não saem da Susan.— Então Igor, alguma novidade sobre o incêndio? - Jack pergunta o mesmo que eu.— Estamos investigando, buscando mais informações. E precisamos saber de quem você estava falando Samanta. - Igo
Samantha Jack percebendo que Luca quer falar a sós, ele diz que vai olhar Ben no quarto e depois vai ao banheiro, nos deixando sozinhos.— Vem, senta aqui Lucas, você está me deixando preocupada.— Sam, por que você não contou sobre a ameaça para o delegado ou para o Jack?— Como assim Lucas? Do que você está falando – O meu desconforto é nítido.— Eu ouvi Sam! Eu acho que foi aquele tal de Sebastian. Ouvi as ameaças dele naquele dia e é muita coincidência no mesmo dia ele te ameaçar e depois o restaurante ser incendiado.— Lucas é complicado, não podemos acusá-lo sem provas.— Sam, eu deponho, falo tudo que ouvi naquele dia.— Lucas não é assim... - Tento falar mais ele me corta.— Sam, você não pode ter medo e deixar ele sair impune. Você tem Jack, que tem um carinho e cuida de você como um irmão, você tem a mim também, podemos juntos te ajudar, você só não pode ficar calada.— Lucas ele é mais perigoso do que imaginei - Falo vacilando a minha voz para não chorar.— Quem é ele, Sam
Samantha Meu dia não foi muito produtivo em questão de trabalho, mas compensou em forma de entretenimento. Jack foi para o trabalho, falando que a noite voltaria, fiz questão de passar um tempo tranquilo com o Ben, assistimos filmes um seguido do outro, montamos quebra cabeças, pintamos e comemos muita besteira, fazendo nossa noite bem divertida.[...] Mais um dia chega, e me levanto cedo, arrumo Ben para ir para escola, tomamos nosso café bem caprichado, feito mais uma vez Jack e logo a Susan chega para irmos às lojas fazer mais orçamentos. Ela toma café conosco, conversamos sobre os equipamentos a serem pesquisados e torcemos para encontrarmos uma bela promoção, precisamos comprar de talheres a freezer, nada foi aproveitado do incêndio, absolutamente nada. E o nosso dia se resume a isso, lojas e mais lojas, nos chocando com preços absurdos, e percebi que não tenho condições de comprar todos os utensílios de uma vez, e preciso abrir esse restaurante logo, para recuperar o preju
Logan— Senhor, estamos chegando! - Sanchez avisa.— Mas já? Foi bem rápido!— Sim, o piloto avisou que vamos aterrissar, mas percebi que o senhor não escutou, precisa colocar o cinto de segurança.— Obrigada Sanchez! Caramba, estava tão focado que perdi totalmente a noção do tempo. Guardo o dossiê na minha pasta de couro preta e me preparo para o pouso. Após chegar ao aeroporto, Sanchez me deixa na minha casa e o dispenso com o carro pois está tarde e ele foi de carona com a esposa até o aeroporto. Como é veículo da empresa, não me fará falta. A mansão está escura, fria e silenciosa, me arrependi de não ter pedido para Joana preparar algo para o jantar. Vou tomar banho e tentar dormir. Mas deitado na minha enorme cama eu não resisto e faço a ligação. O telefone toca uma vez, duas vezes e nada, mas na terceira ela atende, porém o nervosismo me domina, sem saber o que falar fico mudo. Tento pensar no que dizer, mas nada sai da minha boca e logo ouço sua voz bem irritada. Sorrio em