A expressão repulsiva de Max se aproximava gradualmente, e ele esticou a mão, rasgando a blusa de Juliana.O som do tecido sendo rasgado parecia excitar ainda mais Max, que levantou a mão e desferiu um golpe forte contra o corpo de Juliana.Juliana gritou, desesperada, exclamando:— Socorro...De repente, a porta do quarto foi arrombada com um chute.Max se assustou e rapidamente subiu a calça.— Quem é? Quem está atrapalhando meus planos! — As palavras de Max mal haviam saído de sua boca quando ele viu George, com o rosto fechado, na porta. — Presidente George...Max engoliu em seco, seu corpo amoleceu e ele caiu no chão.Juliana, ao ver que George tinha chegado, suspirou aliviada, pois finalmente alguém apareceu, e na hora certa.— Presidente George... Isso não tem nada a ver comigo! Foi essa mulher, foi ela quem me seduziu! — Exclamou Max, apontando para Juliana, que estava na cama.Mas naquele momento, uma das mãos de Juliana estava algemada, e a outra ponta da algema estava presa
Juliana mordeu o lábio, segurou firme a roupa e disse:— Eu... Não consigo vestir a roupa.George soltou uma risada sarcástica e perguntou:— O que aconteceu? Levou uma chicotada e não consegue mais se mexer?Juliana lançou a ela um olhar furioso e, irritada, disse:— Meu braço está deslocado!Ao ouvir isso, George se mostrou surpreso.Ele se aproximou e tentou levantar o casaco de Juliana. Ela, rapidamente, ergueu um braço para proteger o peito.— O que você está fazendo?— Não se mexa. — George franziu a testa, e seu tom se tornou mais severo.Juliana então ficou quieta e permaneceu sentada. George levantou o braço direito de Juliana e, de fato, percebeu que o braço estava deslocado.Sem desviar o olhar, George perguntou:— Como isso aconteceu?— Quem mais poderia ter feito isso? Foi o Gerente Max, seu subordinado, que fez isso. — O tom de Juliana estava repleto de sarcasmo. — Ele se irritou comigo porque eu reclamei para você. Ele quis me machucar de propósito e deslocou meu braço.
George não respondeu. Juliana perguntou novamente: — Você, no passado, não foi, talvez, um capanga? George saiu do banheiro e, gritando para as pessoas do lado de fora, disse: — Entrem! Raimunda abriu a porta e entrou, ficando um pouco assustada ao ver George. — Presidente George... George disse: — Troque a roupa dela. Dizendo isso, George saiu da sala. Quando George saiu, Raimunda correu até Juliana, chorando, e disse: — Srta. Juliana, você está bem... Juliana respondeu: — Estou bem, não aconteceu nada de grave, ainda bem que você percebeu meu olhar. Naquele momento, Raimunda notou o braço de Juliana, e, já sabendo de tudo por ter ouvido na porta, perguntou baixinho: — Srta. Juliana, seu braço... — Não se preocupe, fui eu quem fiz isso. — O quê? — Raimunda expressou surpresa. — Isso não foi o Gerente Max... — Ele não é forte o suficiente para deslocar o braço só porque esbarrou em mim, isso é ridículo. Mas, se ela não tivesse agido assim, depois,
— Foi o Gerente Max... Ele esbarrou a Srta. Juliana. Ouvimos a Srta. Juliana gritando por socorro e, ao verificar o que estava ocorrendo, o Gerente Max ordenou que nos retirássemos. — Também ouvimos Raimunda sendo agredida pelo Gerente Max até chorar. Ele ainda ameaçou Raimunda, dizendo que a lançaria ao mar para ser devorada pelos tubarões. — Vimos com nossos próprios olhos o Gerente Max arrastando a Srta. Juliana. Ela gritou por ajuda, mas ele não permitiu nossa intervenção! ... Ao confrontar as criadas, que antes se curvavam diante dele, mas agora o acusavam, o rosto de Max empalideceu instantaneamente.— Mentira! Vocês estão mentindo! Max disse a George:— Presidente George, sou inocente! Essas mulheres estão conspirando contra mim... George observou Max, que estava em completo pânico. Ele estreitou os olhos ligeiramente, e sua voz transbordava ameaça: — Eu te dei a oportunidade, mas você não soube se defender. Max disse: — Presidente George, por favor, tenha mis
Não esperava que, logo após retornar, George já tivesse confrontado Max, quase resultando em sua descoberta. Raimunda disse: — Mas Srta. Juliana, como você sabe que o Gerente Max seria jogado ao mar pelo Presidente George? E se o Presidente George tivesse decidido poupar ele... Juliana respondeu: — Alguém tão inútil quanto o Gerente Max não possui valor algum. Além disso, conhecendo George, ele nunca permitiria que alguém que ousasse ameaçar as pessoas que ele protege saísse impune. — Então é assim... Juliana abaixou a cabeça e observou o celular em suas mãos. "Agora que Max está morto, ninguém notará a falta do seu celular no navio. Além disso, como Max frequentemente ajudava George a organizar os jantares do Grupo Valente, esse celular deve conter muitas informações. Se eu conseguir levar esse celular comigo, ganharei uma vantagem significativa para enfrentar George." Enquanto isso, no cais de Castanda, onde o movimento de pessoas era constante, Tiago e Alexandre mant
Juliana disse: — Há algo de errado? Juliana tentou parecer indiferente. A enfermeira sorriu e disse: — O Presidente George pediu para eu trazer um remédio para você, para que você possa aplicar na ferida por conta própria. Dizendo isso, a enfermeira colocou o unguento na mesa ao lado. — George? Ela não acreditava que George fosse tão bondoso. No entanto, por fora, Juliana assentiu e disse: — Obrigada, vou aplicar logo. — Tá bom, então eu vou sair. Depois que a enfermeira saiu, Juliana abriu o unguento e se aproximou para cheirar. Infelizmente, ela não entendia muito de farmacologia e não sabia se havia algo adulterado ali, mas a melhor opção seria não usá-lo. Então, Juliana jogou o unguento no lixo ao lado. A noite estava bem avançada, e Josiane chegou de carro ao cais de Castanda. Ela viu dois homens na calçada fumando e esperando, havia um homem um pouco mais gordo e um homem magro. Ao descer do carro, ao ver os dois, Josiane não conseguiu esconder a expr
Raimunda, com certa preocupação, disse:— Então, Srta. Juliana, o que você vai fazer?Juliana respondeu:— Fique tranquila, George não vai me machucar a curto prazo, mas esse celular precisa ser entregue a eles.— Certo!Em pouco tempo, Juliana foi acompanhada por Raimunda até o convés. As empregadas subiam para terra firme uma a uma. Quando Raimunda estava prestes a partir, olhou para Juliana e, ao ver que Juliana lhe deu um olhar confiante, pôde então partir tranquila.No cais, um grupo de homens vestidos com ternos pretos e óculos escuros já os aguardava.Quando George chegou, todos se adiantaram e fizeram uma reverência.Um dos homens se aproximou e disse:— Presidente George, o Presidente Fernando me pediu para recebê-lo adequadamente.— Certo. — George respondeu friamente.Ao ouvir aquela voz, Juliana não pôde deixar de se surpreender."Não é o Ademir, aquele que sempre esteve ao lado de Fernando?"Ao olhar melhor, percebeu que todos os homens de terno preto estavam usando o bra
George a observava em silêncio, percebendo a farsa de Juliana, e respondeu, calmo e sem pressa: — Com o salário miserável que o Grupo Céu Estrelado te paga, acho que mal dá para você gastar em um dia. Te ajudei a pedir demissão, você deveria estar agradecida. — Então, George fez uma pausa e acrescentou. — Aliás, você parecia bem feliz agora há pouco.Ela, claro, estava feliz. George havia se antecipado e entregado sua carta de demissão. Com a habilidade de Simão, seria fácil seguir essa pista até ele, então quando isso acontecesse, com seu depoimento e as provas que Simão possuía, Juliana poderia acusá-lo de prisão ilegal a qualquer momento.Ela sempre achou que George fosse um homem extremamente forte e cruel, mas, ao contrário de suas expectativas, ele se mostrava, do começo ao fim, não só ignorante da lei, mas totalmente desinformado sobre ela.Juliana sorriu de maneira disfarçada, pensando consigo mesma que se aproximar de George não seria uma tarefa tão difícil.Talvez, ela aind