Raul e Alexandre passaram metade do dia discutindo estratégias na mansão da ilha. Alexandre disse friamente: — Eu vou voltar agora. Raul franziu a testa e respondeu: — Você não sabe onde ela está, então para que voltar? Os dois estavam em um impasse, quando Tiago entrou pela porta sem cerimônia: — Ela está viva! Raul e Alexandre olharam para Tiago. Alexandre, mais rápido, se levantou da cadeira e perguntou: — O que isso quer dizer? — Vejam as notícias! Vocês não viram as notícias? A Juliana postou nas redes sociais! — Tiago disse, colocando o celular na frente dos dois. Marcos, que estava ao lado de Raul, imediatamente fez uma busca pelos termos relacionados e colocou o resultado na frente de Raul, dizendo: — Senhor, veja. Na tela, estava a legenda: [Tudo bem, o tiroteio foi só parte do enredo do programa. Nos últimos dias estive com febre e, como me molhei na chuva, a febre chegou a 40 graus, por isso fiquei desmaiada e não consegui olhar o celular a tempo. A
Raul disse: — Essas letras formam o sobrenome de George, Valente. A Srta. Oliveira devia querer nos transmitir que ela usou o celular de George para enviar a atualização de status. Quando Raul disse isso, Tiago se deu conta: — Meu Deus, a Srta. Oliveira realmente usou o celular do George para enviar a mensagem? Ainda personalizou o modelo do celular? E George não percebeu nada? Raul respondeu: — George não é muito fã de eletrônicos, então provavelmente ele não conhece bem algumas funcionalidades do aparelho. Deve ter sido Juliana que, aproveitando que George não estava prestando atenção, fez essas mudanças, justamente para nos deixar claro que ela estava usando o celular de George. Tiago ficou pensando por um momento e disse: — O celular de George... Hoje em dia, mesmo quem não gosta de eletrônicos não pode escapar disso. Todos dependem deles para o trabalho e a vida cotidiana. É possível que esse celular guarde alguns segredos dele. Se conseguirmos provar que é realmente
Ao ouvir essa voz, Juliana instintivamente quis retornar à cabine do navio, mas George bloqueou seu caminho diretamente.— Presidente George, estou me sentindo mal, posso voltar para descansar?Juliana não queria dar atenção a George, sua mensagem já tinha sido enviada, e Alexandre deveria ter percebido.Quando o navio atracasse, ela naturalmente fugiria do controle de George.George observava a expressão de Juliana, seus olhos pareciam um lago profundo e insondável, calmos e um tanto distantes, irresistíveis à exploração.Juliana, se sentindo nervosa sob o olhar de George, viu ele dar um passo à frente e imediatamente recuou para manter uma distância segura.Juliana perdeu a paciência e questionou:— George, o que você realmente quer?George disse:— Você vai procurar o médico para pegar o remédio para ela.George não olhou para Raimunda, mas Raimunda não ousou desobedecê-lo, ela lançou um olhar discreto para Juliana ao lado e finalmente falou com relutância:— Sim, Presidente George.
De repente, ela se lembrou do que George havia dito dois dias antes, sobre não poder voltar em dois dias. Pensando nisso, Juliana abriu a porta do quarto e viu Raimunda, com uma expressão confusa, à porta.— Srta. Juliana, o que aconteceu? Juliana disfarçou sua preocupação e respondeu: — Não estou me sentindo bem, preciso de um remédio para enjoo. — Certo, vou buscar o remédio com o médico agora mesmo. Quando Raimunda se virou para ir embora, Juliana a interrompeu rapidamente, dizendo: — Espere. — Srta. Juliana, há algo mais que você precisa? — Não disseram que o navio atracaria em três dias? Por que ainda não chegamos ao cais? — Eu realmente não sei, o curso do navio depende totalmente dos caprichos do Presidente George. Ao ouvir isso, Juliana franziu a testa. "Droga, será que George descobriu algo e mudou o curso de última hora?" Juliana forçou um sorriso e disse: — Está tudo bem, pode ir. — Está bem. Enquanto Raimunda foi buscar o remédio, Juliana saiu
Max viu Raimunda tremendo de medo, o que lhe trouxe uma satisfação ainda maior. Pensando nas humilhações que havia sofrido nos últimos dias na presençade Juliana e George, Max se aproximou e puxou Raimunda para cima. Raimunda gritou, tremendo, com seu rosto pálido como a morte. A mão oleosa de Max esfregou o rosto de Raimunda e ele disse: — Nunca tinha reparado, mas você até que é bonita. Se não quiser ser comida pelos tubarões, é melhor me agradar. Se eu ficar feliz, talvez te libere. Ao ouvir isso, Raimunda imediatamente ficou rígida. Neste momento, Juliana também se levantou e se aproximou de Max. Seus dedos, brancos e delicados, deslizaram pelo peito de Max até o abdômen, e ela disse: — Gerente Max, Raimunda é apenas uma empregada. Se você quer se vingar dela por minha causa, então você não tem classe nenhuma. Max, que tinha muita experiência em questões emocionais, imediatamente percebeu o que o movimento corporal de Juliana significava. Ela estava vestida com
A expressão repulsiva de Max se aproximava gradualmente, e ele esticou a mão, rasgando a blusa de Juliana.O som do tecido sendo rasgado parecia excitar ainda mais Max, que levantou a mão e desferiu um golpe forte contra o corpo de Juliana.Juliana gritou, desesperada, exclamando:— Socorro...De repente, a porta do quarto foi arrombada com um chute.Max se assustou e rapidamente subiu a calça.— Quem é? Quem está atrapalhando meus planos! — As palavras de Max mal haviam saído de sua boca quando ele viu George, com o rosto fechado, na porta. — Presidente George...Max engoliu em seco, seu corpo amoleceu e ele caiu no chão.Juliana, ao ver que George tinha chegado, suspirou aliviada, pois finalmente alguém apareceu, e na hora certa.— Presidente George... Isso não tem nada a ver comigo! Foi essa mulher, foi ela quem me seduziu! — Exclamou Max, apontando para Juliana, que estava na cama.Mas naquele momento, uma das mãos de Juliana estava algemada, e a outra ponta da algema estava presa
Juliana mordeu o lábio, segurou firme a roupa e disse:— Eu... Não consigo vestir a roupa.George soltou uma risada sarcástica e perguntou:— O que aconteceu? Levou uma chicotada e não consegue mais se mexer?Juliana lançou a ela um olhar furioso e, irritada, disse:— Meu braço está deslocado!Ao ouvir isso, George se mostrou surpreso.Ele se aproximou e tentou levantar o casaco de Juliana. Ela, rapidamente, ergueu um braço para proteger o peito.— O que você está fazendo?— Não se mexa. — George franziu a testa, e seu tom se tornou mais severo.Juliana então ficou quieta e permaneceu sentada. George levantou o braço direito de Juliana e, de fato, percebeu que o braço estava deslocado.Sem desviar o olhar, George perguntou:— Como isso aconteceu?— Quem mais poderia ter feito isso? Foi o Gerente Max, seu subordinado, que fez isso. — O tom de Juliana estava repleto de sarcasmo. — Ele se irritou comigo porque eu reclamei para você. Ele quis me machucar de propósito e deslocou meu braço.
George não respondeu. Juliana perguntou novamente: — Você, no passado, não foi, talvez, um capanga? George saiu do banheiro e, gritando para as pessoas do lado de fora, disse: — Entrem! Raimunda abriu a porta e entrou, ficando um pouco assustada ao ver George. — Presidente George... George disse: — Troque a roupa dela. Dizendo isso, George saiu da sala. Quando George saiu, Raimunda correu até Juliana, chorando, e disse: — Srta. Juliana, você está bem... Juliana respondeu: — Estou bem, não aconteceu nada de grave, ainda bem que você percebeu meu olhar. Naquele momento, Raimunda notou o braço de Juliana, e, já sabendo de tudo por ter ouvido na porta, perguntou baixinho: — Srta. Juliana, seu braço... — Não se preocupe, fui eu quem fiz isso. — O quê? — Raimunda expressou surpresa. — Isso não foi o Gerente Max... — Ele não é forte o suficiente para deslocar o braço só porque esbarrou em mim, isso é ridículo. Mas, se ela não tivesse agido assim, depois,