Alexandre continuou com voz grave: — Você não fez nada de errado. Contra esse tipo de pessoa, nunca se deve ser complacente.Juliana compreendeu em seu coração.Quando Hélio tentou matá-la anteriormente, ela já tinha sido complacente uma vez. Agora, Sofia e seu filho começaram a ferir Bruno, tornando toda a sua bondade anterior uma piada.Alexandre segurou a mão ligeiramente trêmula de Juliana e disse, suavizando sua voz: — Acredite em mim, nada vai acontecer.Alexandre sempre foi muito teimoso e indisciplinado, aparentando não se interessar por nada, no entanto, neste momento, Juliana podia ouvir um raro tom de ternura em sua voz.Diziam que Alexandre era um diabo que saiu do inferno, deixando um rastro de crueldade e sangue por onde passa, mas nos olhos dela, Alexandre sempre escondeu uma ternura delicada, apenas fingindo indiferença e evitando se aproximar de qualquer pessoa.Enquanto isso, no escritório da Mansão dos Costa, Marcelo falava para Gustavo, que estava sentado à frente
— Eu... — Kelly nunca havia imaginado que seria ridicularizada por Gustavo, imediatamente seu rosto se encheu de vergonha e raiva."A família Nascimento realmente é apenas uma família pequena. Qual das damas ilustres de Castanda não deseja entrar para a família Costa e se tornar a esposa de Gustavo? Por que seria eu?"Gustavo, observando o estado envergonhado e irado de Kelly, disse friamente: — Saia daqui, não repetirei o mesmo aviso uma segunda vez.Kelly mordeu o lábio e, finalmente, saiu correndo do escritório.Marcelo falou: — Presidente Gustavo, a Srta. Kelly é apenas uma mulher sem muitas artimanhas, não há necessidade de ser tão severo com ela.Gustavo respondeu: — Está tentando me ensinar como agir?— De maneira alguma."Antigamente, o Presidente Gustavo sempre tinha um pouco mais de tolerância com mulheres dessa idade, mesmo que fosse apenas fingimento, ele não usaria um tom tão áspero ao falar com uma mulher.""Além disso, as relações entre a família Nascimento e a famíli
Ao ouvir sobre o Grupo Costa, Viviane imediatamente ergueu a cabeça, com um brilho nos olhos.Ela se aproximou e perguntou:— Vocês estão falando de Gustavo, o presidente do Grupo Costa, certo?— Eu não sei, só ouvi que é o presidente do Grupo Costa.— Não converse com ela, ela vai começar a dizer novamente que é a esposa do presidente do Grupo Costa!Uma prisioneira olhou para Viviane com desprezo:— Dizem que esse presidente do Grupo Costa foi acusado de tentativa de estupro, acabou na delegacia, mas foi solto em menos de uma hora. — Ela pausou antes de continuar. — Se ela fosse realmente a Sra. Costa, como poderia estar presa aqui há vários dias sem conseguir sair?Viviane mordeu o lábio. Já se passavam vários dias desde que tinha sido presa, e Gustavo claramente não tinha intenção de mandar alguém para buscá-la, não era de se admirar que ninguém ali a levasse a sério.Naquele momento, uma prisioneira no canto chorava intensamente, e Viviane notou o anel que a mulher segurava com fi
O médico, angustiado, telefonou para Gustavo:"- Presidente Gustavo, a senhora está sangrando muito, porém o sangue do banco foi realocado. Por favor, venha vê-la pela última vez!"Ao lado da mesa de cirurgia, médicos e enfermeiras se movimentavam apressadamente.Ela só podia se deitar na mesa de operação e aguardar a morte, pensando se ao menos poderia ouvir uma palavra de carinho de Gustavo.Mas tudo o que ouviu foi a voz cruel e indiferente de Gustavo:"- Ela ainda não morreu? Me avise quando ela estiver completamente morta."De repente, Juliana abriu os olhos, seu dorso estava completamente encharcado.O sangue morno e viscoso, o bisturi frio, o cheiro do desinfetante... Ela sentiu como se tivesse revivido a morte mais uma vez.— Você estava tendo um pesadelo? — Perguntou Alexandre, com voz grave, ao seu lado.Foi então que Juliana percebeu que havia adormecido apoiada no ombro de Alexandre:— Eu dormi...O cansaço era evidente nos olhos de Juliana.A cirurgia ainda não havia termi
— Se segure firme. — Alexandre acelerou o carro rapidamente, enquanto Juliana ajustava novamente o cinto de segurança.Já era de madrugada, o carro de Alexandre seguia a toda velocidade em direção à Mansão dos Oliveira, desobedecendo todos os semáforos vermelhos pelo caminho.Quando Juliana chegou à Mansão dos Oliveira, o local estava em total desordem. Simão e vários seguranças espancados estavam sentados na sala de estar da mansão. Ao verem Juliana, todos se levantaram.— Presidenta Juliana! — Exclamou Simão. — Apenas Hélio está desaparecido. Gustavo deixou Sofia no porão.Juliana perguntou:— E onde Sofia está agora?— Ela ainda está no porão.— Vou lá verificar. — Juliana se apressou em ir ao porão para verificar a situação, com Alexandre liderando o caminho, temendo que Sofia, desesperada, pudesse ferir Juliana.Ao abrir a porta do porão, Sofia se lançou imediatamente em direção a ela, mas antes que pudesse alcançar Juliana, Alexandre a repeliu com um chute.— Por favor, liberte
Simão disse: — Está bem.Simão colocou um balde de água fria e duas toalhas ao lado de Alexandre, que habilmente molhou as toalhas, as torceu e as colocou na testa de Juliana, além de ajeitar o cobertor dela.Alexandre perguntou: — Quanto tempo falta para o médico chegar?Simão respondeu: — Deve levar uns dez minutos.— Vá comprar um termômetro e remédios para baixar a febre. — Disse Alexandre, observando Juliana com os olhos fechados e uma expressão de dor no rosto, franzindo a testa. — Compre também um pacote de analgésicos.— Está bem, vou agora mesmo, — Respondeu Simão, saindo em seguida.Alexandre limpava o rosto de Juliana.Ele não sabia o quanto uma garota poderia sofrer com a febre, ele apenas observava o sofrimento no rosto de Juliana, imaginando como deveria ser difícil para ela.— Criança... — Murmurava Juliana em seu sonho.No sonho, ela estava presa em uma sala de cirurgia, que estava coberta de sangue. Ela usava um vestido branco e batia desesperadamente na porta da s
Gustavo se sentou em frente, enquanto as luzes fracas da fábrica piscavam, exalando perigo e um ar sinistro.Hélio lutava desesperadamente para falar, mas não conseguia abrir a boca porque estava amordaçado com fita adesiva.Gustavo lançou um olhar para Marcelo, que então se aproximou e arrancou a fita da boca de Hélio.— Socorro... — Gritou Hélio com força, mas não houve resposta ao redor.Marcelo, friamente ao lado, lembrou:— Estamos no interior, é meia-noite, ninguém virá te salvar e ninguém vai ouvir sua voz.Hélio gritou:— O que vocês realmente querem fazer? Gustavo, eu te ajudei! Como você pode me tratar assim!Gustavo ignorou Hélio, um jovem sem muita experiência social. Marcelo simplesmente pegou o celular de Hélio, desbloqueou com o rosto dele e entregou a Gustavo.Gustavo olhou as fotos no álbum, seu olhar se tornou cada vez mais frio, então, sem mais delongas, ligou a máquina de trituração ao lado e jogou o celular dentro.A trituradora emitiu um barulho intenso, e o diese
Hélio hesitou, ainda sem entender o que Alexandre planejava fazer, quando algumas pessoas já o cercavam.Alexandre não demonstrava interesse na cena e caminhou para fora, dizendo de maneira nem calorosa nem fria:— Deixo ele com vocês, deem uma boa lição no Sr. Hélio.— Combinado!Alexandre saiu da fábrica abandonada. De lá surgiam gritos de dor, um após o outro.Ao amanhecer, Juliana acordou grogue na cama e viu uma pessoa coberta de feridas ajoelhada diante dela. Juliana ficou surpresa e esfregou os olhos, apenas para ver claramente que era Hélio ajoelhado ao lado da cama.Hélio estava amarrado, com o rosto inchado, ajoelhado no chão com uma expressão de ressentimento.Juliana falou:— Hélio?Juliana quase não reconheceu a pessoa à sua frente, Hélio sempre foi mimado desde pequeno, exceto por um tempo na prisão, nunca havia sofrido tanto, era a primeira vez que aquela bela face estava tão machucada.— Eu trouxe Hélio de volta para você. Como lidar com ele, está em suas mãos. — Alexan