— Se segure firme. — Alexandre acelerou o carro rapidamente, enquanto Juliana ajustava novamente o cinto de segurança.Já era de madrugada, o carro de Alexandre seguia a toda velocidade em direção à Mansão dos Oliveira, desobedecendo todos os semáforos vermelhos pelo caminho.Quando Juliana chegou à Mansão dos Oliveira, o local estava em total desordem. Simão e vários seguranças espancados estavam sentados na sala de estar da mansão. Ao verem Juliana, todos se levantaram.— Presidenta Juliana! — Exclamou Simão. — Apenas Hélio está desaparecido. Gustavo deixou Sofia no porão.Juliana perguntou:— E onde Sofia está agora?— Ela ainda está no porão.— Vou lá verificar. — Juliana se apressou em ir ao porão para verificar a situação, com Alexandre liderando o caminho, temendo que Sofia, desesperada, pudesse ferir Juliana.Ao abrir a porta do porão, Sofia se lançou imediatamente em direção a ela, mas antes que pudesse alcançar Juliana, Alexandre a repeliu com um chute.— Por favor, liberte
Simão disse: — Está bem.Simão colocou um balde de água fria e duas toalhas ao lado de Alexandre, que habilmente molhou as toalhas, as torceu e as colocou na testa de Juliana, além de ajeitar o cobertor dela.Alexandre perguntou: — Quanto tempo falta para o médico chegar?Simão respondeu: — Deve levar uns dez minutos.— Vá comprar um termômetro e remédios para baixar a febre. — Disse Alexandre, observando Juliana com os olhos fechados e uma expressão de dor no rosto, franzindo a testa. — Compre também um pacote de analgésicos.— Está bem, vou agora mesmo, — Respondeu Simão, saindo em seguida.Alexandre limpava o rosto de Juliana.Ele não sabia o quanto uma garota poderia sofrer com a febre, ele apenas observava o sofrimento no rosto de Juliana, imaginando como deveria ser difícil para ela.— Criança... — Murmurava Juliana em seu sonho.No sonho, ela estava presa em uma sala de cirurgia, que estava coberta de sangue. Ela usava um vestido branco e batia desesperadamente na porta da s
Gustavo se sentou em frente, enquanto as luzes fracas da fábrica piscavam, exalando perigo e um ar sinistro.Hélio lutava desesperadamente para falar, mas não conseguia abrir a boca porque estava amordaçado com fita adesiva.Gustavo lançou um olhar para Marcelo, que então se aproximou e arrancou a fita da boca de Hélio.— Socorro... — Gritou Hélio com força, mas não houve resposta ao redor.Marcelo, friamente ao lado, lembrou:— Estamos no interior, é meia-noite, ninguém virá te salvar e ninguém vai ouvir sua voz.Hélio gritou:— O que vocês realmente querem fazer? Gustavo, eu te ajudei! Como você pode me tratar assim!Gustavo ignorou Hélio, um jovem sem muita experiência social. Marcelo simplesmente pegou o celular de Hélio, desbloqueou com o rosto dele e entregou a Gustavo.Gustavo olhou as fotos no álbum, seu olhar se tornou cada vez mais frio, então, sem mais delongas, ligou a máquina de trituração ao lado e jogou o celular dentro.A trituradora emitiu um barulho intenso, e o diese
Hélio hesitou, ainda sem entender o que Alexandre planejava fazer, quando algumas pessoas já o cercavam.Alexandre não demonstrava interesse na cena e caminhou para fora, dizendo de maneira nem calorosa nem fria:— Deixo ele com vocês, deem uma boa lição no Sr. Hélio.— Combinado!Alexandre saiu da fábrica abandonada. De lá surgiam gritos de dor, um após o outro.Ao amanhecer, Juliana acordou grogue na cama e viu uma pessoa coberta de feridas ajoelhada diante dela. Juliana ficou surpresa e esfregou os olhos, apenas para ver claramente que era Hélio ajoelhado ao lado da cama.Hélio estava amarrado, com o rosto inchado, ajoelhado no chão com uma expressão de ressentimento.Juliana falou:— Hélio?Juliana quase não reconheceu a pessoa à sua frente, Hélio sempre foi mimado desde pequeno, exceto por um tempo na prisão, nunca havia sofrido tanto, era a primeira vez que aquela bela face estava tão machucada.— Eu trouxe Hélio de volta para você. Como lidar com ele, está em suas mãos. — Alexan
Os braços de Alexandre eram fortes e musculosos, um tanto rígidos, e os dois estavam tão próximos que quase podiam sentir as batidas do coração e a respiração um do outro. Juliana retirou sua mão, dizendo:— Desculpe, eu não estava firme.— Estou segurando você, não vai cair. — Respondeu Alexandre, enquanto uma criada trazia um conjunto de roupas novas.Alexandre colocou as roupas em uma mesa ao lado, dizendo:— Eu vou esperar lá fora.Juliana acenou com a cabeça. Ela teve febre durante a noite e estava coberta de suor. Só depois que Alexandre saiu, Juliana foi ao banheiro tomar um banho.Do lado de fora, o calor residual dos braços ainda permanecia, e Alexandre escutava o som da água, engolindo em seco levemente.Após um tempo, Juliana saiu vestida com roupas limpas e arrumadas.Ela disse:— Estou pronta, podemos ir.Naquele momento, ela usava uma camisa casual e jeans, com o cabelo ainda úmido, agora solto sobre os ombros.Alexandre se aproximou de Juliana, ajeitou seu cabelo levem
Juliana disse: — Tio Bruno, você realmente pensou sobre isso?Juliana olhou para Bruno com preocupação, temendo que ele se arrependesse no futuro.Bruno decidiu romper laços com Hélio, seu filho, e declarou: — Hélio, esse desonrado, até conspira contra o próprio pai, o que mais ele seria capaz de fazer? — Bruno fez uma pausa e prosseguiu. — Hoje, não somente romperei laços com ele, mas também convocarei uma coletiva de imprensa! Anunciarei meu divórcio com Sofia! Daqui para frente, nenhum dos meus bens será deixado para ela e nosso filho!Ao ouvir isso, Hélio desmoronou e gritou: — Pai! Você não pode fazer isso comigo! Tudo na família Oliveira deveria ser meu! Como pode deixar tudo para estranhos?— Estranhos? Não há nada na família Oliveira que não tenha sido deixado pelo meu irmão! Durante todos esses anos, tudo o que você comeu e bebeu veio do dinheiro que sua prima trouxe, como você ousa atacar sua própria prima? — Antes, Bruno via Hélio apenas como teimoso, mas nunca imaginou q
Juliana disse: — Tio Bruno, eu e o Alexandre não temos o tipo de relação que você imagina. — Os sentimentos de Alexandre por você são evidentes para quem tem olhos para ver, mas Alexandre... A vida que ele leva é muito perigosa. — Disse Bruno, com um olhar preocupado. — Eu apenas desejo que você tenha um futuro seguro e feliz. Estar com o Alexandre significa que você nunca estará em paz. Se não for dar certo, melhor não se casar. Afinal, nossa família Oliveira tem recursos suficientes para garantir que você não precise se preocupar com finanças no futuro.— Tio Bruno, eu entendo o que você está dizendo, não se preocupe, cuide de sua recuperação. — Respondeu ela.Bruno acenou com a cabeça.Quando Juliana deixou o quarto do hospital, viu Alexandre e Tiago conversando ao longe no corredor. Ela optou por não ir até lá, com as palavras de Bruno ainda ressoavam em sua mente.Alexandre... Ele realmente não era o homem certo para ela?— Ju! — A voz de Nicole veio de trás, ela correu em direç
Alexandre se virou, franzindo ligeiramente a testa. Lorena tentou se aproximar dele, mas foi interceptada por Tiago:— Srta. Lorena, como você veio parar aqui? O médico não lhe disse para não sair da cama? Vamos, eu a levo de volta!Tiago temia que Lorena pudesse sofrer mais algum estresse. Ele já havia passado a noite inteira ali, se Lorena desmaiasse novamente, ele não aguentaria!— Alex, posso falar com você em particular? — A voz de Lorena era fraca, seus olhos estavam vermelhos, como se ela fosse chorar no próximo segundo.O olhar de Alexandre permanecia constantemente em Juliana, do outro lado. Ele não respondia a Lorena, que seguiu o olhar de Alexandre até Juliana, atrás dela.Lorena mordeu o lábio.Ao ver Juliana, Tiago não pôde deixar de cobrir o rosto."Meu Deus, isso é tão constrangedor..."Lorena caminhou até Juliana e se ajoelhou diante dela, segurando suas mãos e chorando:— Sra. Costa, você poderia permitir que Alex fale comigo por um momento? Preciso esclarecer algumas