— Desgraçado...Camila murmurou baixinho e, ao olhar para Diego, mudou imediatamente a expressão para um sorriso radiante:— Didi, queridinho, a dinda vai te levar pra comer algo gostoso!Com a expressão séria e sem muito entusiasmo, Diego respondeu:— Obrigado, dinda.Camila apertou levemente as bochechas dele:— Ah, dá um sorrisinho pra mim, vai! Meu Deus, como você pode ser tão fofo!Diego não disse nada, apenas escondeu o rosto no ombro de Mariana.Paulo, assim que terminou a cirurgia, veio correndo para se juntar ao grupo.Eram cinco adultos e uma criança, e o jantar foi uma verdadeira algazarra.Durante toda a refeição, Diego só sorria abertamente para Mariana; com os outros, mantinha o rostinho fechado e sério. Mas era justamente essa seriedade que fazia Camila querer provocá-lo ainda mais.O jantar foi cheio de risadas e momentos animados. Depois, Sebastião chegou para buscar Camila. Com ele, veio Fernando.Diego era apenas uma criança de quatro anos, estava visivelmente cansa
Mariana respondeu com um sorriso:— Não precisava disso, Sr. Fernando. Por que tanto esforço? Você é incrível, sério, acho até que não chego aos seus pés. Mas, olha, preciso ir. Meu namorado e meu filho estão me esperando, não quero deixar eles preocupados.Sem esperar resposta, Mariana desceu rapidamente. No térreo, Simão estava encostado no carro, aguardando por ela.Simão já conhecia Matheus, mas nunca se deram muito bem. Como Matheus estava no carro, Simão optou por sair e esperar do lado de fora.Com sua aparência, Simão atraía olhares por onde passava. Estava acostumado com isso.De repente, ele notou alguém o encarando de maneira diferente. Um olhar carregado de hostilidade.Ao se virar, Simão viu um homem. Ele parecia familiar. Pensou por um instante e então se lembrou: era o mesmo sujeito que, no dia anterior, havia tentado bloqueá-los no aeroporto, e que Mariana tinha ignorado completamente.Simão o encarou com frieza, sua postura exalando confiança e superioridade. Para ele,
Ao ouvir isso, Matheus não resistiu e deu uma olhada pelo retrovisor.Mariana o encarou:— Casar? Você esqueceu do nosso acordo anterior?— Eu sei, mas além do seu ex-marido, ainda tem outro... Fernando, né? Esses dois são difíceis de lidar. Tenho medo de que eles descubram algo. Então, por que não levamos isso a sério de verdade?Mariana balançou a cabeça:— Desculpa, mas eu não quero fazer isso. Só o fato de você estar me ajudando já é uma injustiça com você. Casar... é algo muito sagrado. E no futuro, quando você encontrar alguém que realmente ama.— Mariana, mas a pessoa que gosto é você! Quero me casar com você!Mariana sorriu para ele, com paciência:— Simão, você é muito jovem...— Não sou tão jovem assim! Você sempre usa essa desculpa para me rejeitar, mas você só é cinco anos mais velha que eu!Antes que Mariana pudesse responder, Matheus, que estava no banco da frente, interveio:— A gente tem um ditado: casamento forçado não dá liga. Simão, se você gosta mesmo dela, conquist
Ela rapidamente ligou para Mariana:— Não foi Fernando.Mariana respondeu:— Então provavelmente foi Lucas.Camila resmungou:— Esse desgraçado! Ainda não vai nos deixar em paz?— Camila, Fala com Sebastião e avisa que eu e Fernando não temos nada a ver, pra ele parar com isso.Camila suspirou: — Já falei com o Sebastião sobre isso. Ok, vou reforçar. Ah, e quando você vai para a capital? Quero ver o meu afilhado!— Amanhã à tarde. Mas você não precisa buscar ele. Ele vai comigo.Após desligar, Mariana percebeu que Diego estava olhando para ela com aqueles olhos brilhantes.Assim que ela guardou o celular, ele correu até ela:— Mamãe, você terminou? Pode brincar comigo agora?Mariana sentiu uma pontada de culpa no coração:— Claro, Didi, o que você quer brincar?Os olhos de Didi brilharam ainda mais:— Quero brincar de casinha! Mamãe faz o papel de mamãe, eu sou o bebê. Você tem que me pegar no colo!Mariana riu enquanto o levantava no colo.No entanto, Didi não parava de dar ordens:—
Ele terminou de falar e olhou para Mariana:— Vai lá ficar com o Didi. Falo com ele.Mariana, que não queria ter mais conflitos com Lucas, não hesitou e voltou para dentro da casa.Simão fechou a porta, apertou os punhos e encarou Lucas com provocação:— Por que você vive atrás da minha namorada? Qual é o seu problema?Lucas o olhou friamente:— Vocês dois não combinam.Simão levantou uma sobrancelha:— Ah, não? E você acha que é o par perfeito pra ela? Sou mais novo, mais dedicado, não fico pulando de galho em galho e, ao contrário de você, nunca machucaria ela. De onde vem essa sua confiança absurda de que é melhor que eu?— Isso é entre mim e ela. Não tenho que te explicar nada.— Não precisa explicar por que não tem argumento, né? Já tá encurralado e sem saída. Pois é, Lucas, sabe como é, quando a pessoa envelhece, a cara e a vergonha desaparecem juntas.— Não se empolgue demais, Simão. Mariana nunca se interessaria por alguém como você.— Tá enganado, Lucas. Ela gosta, sim e muito
Mariana olhou para o rosto de Simão, onde já dava para ver o inchaço avermelhado. Ela suspirou:— Ele não devia ter batido! Está doendo muito?Simão respondeu, com os olhos cheios de lágrimas: — Muito... tá doendo demais...Lucas, que estava ali do lado, cerrou os punhos. Ele nem sabia exatamente o porquê, mas aquele jeito de Simão o irritava profundamente, e tudo o que ele queria era bater nele de novo.Mariana disse enquanto segurava Simão:— Sr. Lucas, Vou falar pela última vez: espero que você fique longe da minha vida de agora em diante. O Simão disse que vai deixar passar dessa vez, então eu não vou levar isso adiante. Mas se acontecer de novo, eu chamo a polícia, entendeu?Mariana falou com firmeza, antes de ajudar Simão a entrar na casa. Os dois deram alguns passos e pararam de repente.Diego estava de pé na entrada, com o rosto sério. Ele já tinha acordado e, pelo visto, ouviu parte da conversa.Mariana disse apressada:— Didi, entra.Diego falou com um tom calmo, mas firme:
Jaime massageou a têmpora e disse:— Eu já te avisei antes, agora que ela tem namorado e até filho, o que você está tentando fazer? Se meter na vida deles assim? Está querendo ser amante?— Eu sei... mas eu gosto dela, não consigo controlar isso.— Se você conseguir controlar, então você é humano. E se não conseguir, então é um animal. Não pode simplesmente deixar uma pessoa boa de lado e se tornar um animal.— Pelo menos, ser um animal não dói tanto.Jaime ficou sem palavras:— Se for pra falar assim, então não tem mais o que discutir.Lucas contou a situação na época e comentou:— Esse homem realmente não é adequado para ela!— Ela já tem filho, você continuar falando isso, qual é o propósito?— Ele é um coração vazio, traiçoeiro. Como a Mariana vai ficar com alguém assim? Mesmo não gostando dela, não posso deixar ela se meter com alguém tão sem caráter!Jaime suspirou:— Já pensou que, aos olhos dos outros, você tentar destruir o relacionamento dos outros também é ter um caráter rui
Mariana abaixou as pestanas, escondendo as emoções em seu olhar.Lucas não podia ver, mas pensava que, provavelmente, aquele olhar ainda era indiferente.Ele continuou:— Eu só quero saber, se ainda há chance de... sermos amigos.Mariana ficou alguns segundos parada, antes de balançar a cabeça.Lucas falou com dor:— Eu sei que meu pedido é rude, mas, se eu não fizer isso, não vou conseguir desistir de te perseguir.Mariana o encarou:— Ou seja, se eu não aceitar ser sua amiga, você vai continuar me perseguindo? Você tá me forçando?As palavras de Lucas fizeram ela lembrar de Fernando. Naquela época, Fernando também disse algo parecido.Será que todo homem pensa assim? Quando não consegue conquistar, tenta ser amigo?Lucas a olhou:— Não. Só espero que, Mari... você tenha um pouco de piedade de mim.Seus olhos estavam vermelhos, com olheiras profundas, claramente devido à falta de sono.Mariana desviou o olhar, não queria mais olhar para ele:— Por que tá fazendo isso?Lucas ainda a ol