Esperava apenas pelo dia em que perguntariam sobre o pai deles… ----- “Qual o significado disso, Zaia?”, papai perguntou. Estávamos em meu novo escritório, um andar acima, na sede da Toussaint. Ele tinha acabado de colocar uma pasta na minha frente.Olhei para ele com curiosidade antes de dirigir meu olhar para a primeira página impressa do arquivo. “A nova CEO Zaia Toussaint da Toussaint Empires recusou a proposta do magnata dos negócios, Atticus Payne”. Eu li em voz alta antes de levantar a sobrancelha. “Não quero perder o foco no que estou fazendo, pai”.Cheguei tão longe e pretendo concentrar tudo o que tenho na minha carreira, não em mim”.Afastei o arquivo e cruzei as pernas enquanto olhava para ele. Ele estava agitado, quase como se quisesse apenas explodir. “Há algo mais acontecendo, pai?”. Eu perguntei, franzindo a testa ligeiramente.“Não, além de outra pessoa intervir no projeto Zero e existir uma grande chance de perdermos o negócio”. Ele grunhiu. “Se tivéssemos
“Hmm... como eu disse, não estou interessada”, disse baixinho, olhando para a foto de Atticus. Lembrei-me da maneira articulada que ele falava quando estávamos juntos naquela época. A maneira como ele falava que as crianças eram dele... aquelas bandeiras vermelhas que eu tinha esquecido agora coçavam minha mente. Ele fazia coisas quando eu não pedia..."Pai". De repente eu olhei para cima. "Sim?".“Ouvi de alguém que Valerie, minha velha amiga, está em coma e entrei cuidadosamente em contato com sua família e sistema de apoio. Não se preocupe, eles não estão na matilha de Sebastian”. Eu o tranquilizei.“Oh, entendo… então ela está em coma? Ela está machucada?”, ele perguntou, levemente preocupado. “Sim, eu solicitei que ela fosse trazida para cá. A sua família está planejando desligar os aparelhos, mas antes disso, gostaria de tentar alguma cura natural a partir dos ensinamentos dos livros antigos. Eles podem até não serem muito confiáveis, mas acredito que valeria a pena tent
ZAIA. “Eu adoro este lugar”, Atticus falou recostando-se na cadeira, após a garçonete se afastar, depois de anotar nossos pedidos. Estávamos em um restaurante deslumbrante e mal iluminado que servia uma variedade imensa de pratos de várias regiões. Os estandes eram revestidos com veludo verde exuberante e toda a madeira era de mogno profundo. Havia lustres pendurados acima de cada mesa e nós dois fomos para o fundo de uma das cabines semipermanentes que eram cobertas por três lados.Concordei com a cabeça, olhando ao redor antes de me recostar nos assentos luxuosos. “Temos vindo aqui com frequência”, disse a ele, ajustando a alça do meu vestido azul escuro. Ele balançou a cabeça, me observando. Seus olhos suavizaram e os senti deslizando sobre mim. "Você está linda esta noite, mas quando não está?".Eu olhei para ele, meu coração disparou enquanto uma tensão caiu entre nós. "Obrigada". Hoje era a primeira vez que nos encontrávamos sozinhos, desde quando ele havia feito a
Meu coração estava acelerado e enquanto eu o observava, ouvi que seus batimentos cardíacos também estavam acelerados, a maneira como ele engolia, mas nem uma vez sua expressão facial mudou, mas os sinais estavam lá... ele sabia... "Ele disse para você me contar que Valerie tinha sido atacada e estava em coma e pediu para eu ir visitá-la... correto?". Eu perguntei, dizendo essas palavras em voz alta, deixando um gosto ruim na minha boca. Perdi o apetite e perceber que ele se lembrava, vendo a culpa que tentava esconder... sabia que minha reação dependeria das próximas palavras dele... Ele franziu a testa e balançou a cabeça.“Certo... ele veio, mas tive a impressão de que você não queria falar com ele. Já tinha inclusive ido embora e eu quis apenas ajudá-la, por isso não contei que não estava mais lá”. Ele começou calmamente. “Foi isso ou você queria que ele continuasse pensando que meus filhos eram seus e que éramos um casal?”. Eu perguntei baixinho.Havia um lampejo de desco
ZAIA.“Obrigado, Alpha Hugh, por permitir que Valerie ficasse aqui e pela recepção calorosa”, Jai falou enquanto apertava a mão de papai. “E por me permitir ficar em sua matilha, é uma grande honra”.Papai assentiu brevemente.“Não tome isso como gentileza, só concordei porque você tem cuidado muito bem de Valerie. Você receberá um apartamento e poderá visitar a casa de Zaia, mas fique atento, por ainda fazer parte de sua matilha um guarda irá acompanhá-lo em todos os momentos. Fui claro?”. A voz do meu pai era nítida e curta enquanto ele olhava Jai nos olhos.“Sim, claro, Alfa”, ele disse com um aceno firme.“Depois de escurecer, você não deve se aventurar pela matilha, exceto para ir e voltar da casa de Zaia”.Foi uma grande surpresa quando meu pai perguntou se algum familiar ficaria com Valerie e se sim, ele precisava saber para poder reforçar a segurança.Somente Jai ficaria com ela, algo que Sebastian e ele acharam ideal, tendo Jai mais perto de mim também. Embora eu tenh
“Melanie! Uau! Já se passaram três anos, mas você está tão linda quanto eu me lembrava, se não mais jovem e ainda mais deslumbrante”. Jai bajulou minha mãe, levantando-se para abraçá-la.Não pude deixar de sorrir, relembrando o passado...(FLASHBACK)“Quer fugir?”, Jai provocou mamãe, franzindo a testa apesar do sorriso em seus lábios."Não! Agora vá encontrar alguém da sua idade!”, mamãe repreendeu.“Ai, ai, mas é que você é tão linda, como espera que eu fique longe?”.A risada profunda de Sebastian fez meu coração disparar antes que seus braços fortes se fechassem me envolvendo por trás. “Quer fugir um pouco?”, ele sussurrou, seus lábios encontrando meu pescoço, enviando uma onda de prazer através de mim.Minha respiração falhou quando olhei para ele. Tínhamos nos encontrado recentemente e em breve nos casaríamos…E embora mamãe não gostasse dele, ela o tolerava, apesar de sempre reforçar que ele era um erro.Mordi o lábio, prestes a responder, quando mamãe olhou com desaprov
Olhei para os livros que eram tesouros desta matilha. Livros antigos que papai me deu sem nem ao menos se importar com seus conteúdos, o que já era um indício de que ele não tinha nenhum interesse em preservar o passado. “E acho que é por isso que falhamos como criação da deusa”, disse suavemente enquanto olhava para o orbe que brilhava intensamente no céu.Isso sempre me relaxava...Como ele não me respondeu, eu o olhei e percebi que estava me observando.Levantei uma sobrancelha, cruzei os braços: "Você também acha que sou louca?".Ele balançou a cabeça. “Eu jamais pensaria que você é louca, eu apenas... o que você disse parece fazer sentido. É verdade, como lobisomens, não honramos nossas raízes. Sabe, quando eu era criança lembro que meu avô me contava sobre suas corridas na lua cheia, todos se transformavam e eles corriam juntos como um bando sob a lua cheia”.Suas palavras fizeram meu interior se encher com o calor da lembrança de um tempo que já havia passado.“Havia um
ZAIA. “Zaia, o que há de errado? Quer que eu vá até aí? Porque eu juro que se você não me falar, eu irei!”. O grunhido de Sebastian me fez piscar. “Eu... é minha marca de nascença”. Falei baixinho, afastando alguns fios molhados do meu cabelo."O que?". “Minha marca de nascença. Estou lendo um livro sobre práticas antigas de cura e acabei de ver o símbolo”. "Você está falando sério? Procurei tanto sobre isso e nunca encontrei nada”, sua pergunta estava carregada de incerteza.“Sim... o símbolo é exatamente a minha marca de nascença...”, murmurei, olhando para ele. A mesma marca que eu tinha na lateral do meu peito, com o V de cabeça para baixo e o símbolo...“O que o livro fala sobre ele?”, Sebastian perguntou, sua voz estava baixa. Eu arrastei meus olhos para longe do símbolo e fui examinando a página, tentando ler, enquanto minha cabeça girava.“Blood Born”, li em voz alta o título, antes de olhar para a primeira linha do pequeno texto. “O símbolo Blood Born é concedido