ZAIA. “Eu adoro este lugar”, Atticus falou recostando-se na cadeira, após a garçonete se afastar, depois de anotar nossos pedidos. Estávamos em um restaurante deslumbrante e mal iluminado que servia uma variedade imensa de pratos de várias regiões. Os estandes eram revestidos com veludo verde exuberante e toda a madeira era de mogno profundo. Havia lustres pendurados acima de cada mesa e nós dois fomos para o fundo de uma das cabines semipermanentes que eram cobertas por três lados.Concordei com a cabeça, olhando ao redor antes de me recostar nos assentos luxuosos. “Temos vindo aqui com frequência”, disse a ele, ajustando a alça do meu vestido azul escuro. Ele balançou a cabeça, me observando. Seus olhos suavizaram e os senti deslizando sobre mim. "Você está linda esta noite, mas quando não está?".Eu olhei para ele, meu coração disparou enquanto uma tensão caiu entre nós. "Obrigada". Hoje era a primeira vez que nos encontrávamos sozinhos, desde quando ele havia feito a
Meu coração estava acelerado e enquanto eu o observava, ouvi que seus batimentos cardíacos também estavam acelerados, a maneira como ele engolia, mas nem uma vez sua expressão facial mudou, mas os sinais estavam lá... ele sabia... "Ele disse para você me contar que Valerie tinha sido atacada e estava em coma e pediu para eu ir visitá-la... correto?". Eu perguntei, dizendo essas palavras em voz alta, deixando um gosto ruim na minha boca. Perdi o apetite e perceber que ele se lembrava, vendo a culpa que tentava esconder... sabia que minha reação dependeria das próximas palavras dele... Ele franziu a testa e balançou a cabeça.“Certo... ele veio, mas tive a impressão de que você não queria falar com ele. Já tinha inclusive ido embora e eu quis apenas ajudá-la, por isso não contei que não estava mais lá”. Ele começou calmamente. “Foi isso ou você queria que ele continuasse pensando que meus filhos eram seus e que éramos um casal?”. Eu perguntei baixinho.Havia um lampejo de desco
ZAIA.“Obrigado, Alpha Hugh, por permitir que Valerie ficasse aqui e pela recepção calorosa”, Jai falou enquanto apertava a mão de papai. “E por me permitir ficar em sua matilha, é uma grande honra”.Papai assentiu brevemente.“Não tome isso como gentileza, só concordei porque você tem cuidado muito bem de Valerie. Você receberá um apartamento e poderá visitar a casa de Zaia, mas fique atento, por ainda fazer parte de sua matilha um guarda irá acompanhá-lo em todos os momentos. Fui claro?”. A voz do meu pai era nítida e curta enquanto ele olhava Jai nos olhos.“Sim, claro, Alfa”, ele disse com um aceno firme.“Depois de escurecer, você não deve se aventurar pela matilha, exceto para ir e voltar da casa de Zaia”.Foi uma grande surpresa quando meu pai perguntou se algum familiar ficaria com Valerie e se sim, ele precisava saber para poder reforçar a segurança.Somente Jai ficaria com ela, algo que Sebastian e ele acharam ideal, tendo Jai mais perto de mim também. Embora eu tenh
“Melanie! Uau! Já se passaram três anos, mas você está tão linda quanto eu me lembrava, se não mais jovem e ainda mais deslumbrante”. Jai bajulou minha mãe, levantando-se para abraçá-la.Não pude deixar de sorrir, relembrando o passado...(FLASHBACK)“Quer fugir?”, Jai provocou mamãe, franzindo a testa apesar do sorriso em seus lábios."Não! Agora vá encontrar alguém da sua idade!”, mamãe repreendeu.“Ai, ai, mas é que você é tão linda, como espera que eu fique longe?”.A risada profunda de Sebastian fez meu coração disparar antes que seus braços fortes se fechassem me envolvendo por trás. “Quer fugir um pouco?”, ele sussurrou, seus lábios encontrando meu pescoço, enviando uma onda de prazer através de mim.Minha respiração falhou quando olhei para ele. Tínhamos nos encontrado recentemente e em breve nos casaríamos…E embora mamãe não gostasse dele, ela o tolerava, apesar de sempre reforçar que ele era um erro.Mordi o lábio, prestes a responder, quando mamãe olhou com desaprov
Olhei para os livros que eram tesouros desta matilha. Livros antigos que papai me deu sem nem ao menos se importar com seus conteúdos, o que já era um indício de que ele não tinha nenhum interesse em preservar o passado. “E acho que é por isso que falhamos como criação da deusa”, disse suavemente enquanto olhava para o orbe que brilhava intensamente no céu.Isso sempre me relaxava...Como ele não me respondeu, eu o olhei e percebi que estava me observando.Levantei uma sobrancelha, cruzei os braços: "Você também acha que sou louca?".Ele balançou a cabeça. “Eu jamais pensaria que você é louca, eu apenas... o que você disse parece fazer sentido. É verdade, como lobisomens, não honramos nossas raízes. Sabe, quando eu era criança lembro que meu avô me contava sobre suas corridas na lua cheia, todos se transformavam e eles corriam juntos como um bando sob a lua cheia”.Suas palavras fizeram meu interior se encher com o calor da lembrança de um tempo que já havia passado.“Havia um
ZAIA. “Zaia, o que há de errado? Quer que eu vá até aí? Porque eu juro que se você não me falar, eu irei!”. O grunhido de Sebastian me fez piscar. “Eu... é minha marca de nascença”. Falei baixinho, afastando alguns fios molhados do meu cabelo."O que?". “Minha marca de nascença. Estou lendo um livro sobre práticas antigas de cura e acabei de ver o símbolo”. "Você está falando sério? Procurei tanto sobre isso e nunca encontrei nada”, sua pergunta estava carregada de incerteza.“Sim... o símbolo é exatamente a minha marca de nascença...”, murmurei, olhando para ele. A mesma marca que eu tinha na lateral do meu peito, com o V de cabeça para baixo e o símbolo...“O que o livro fala sobre ele?”, Sebastian perguntou, sua voz estava baixa. Eu arrastei meus olhos para longe do símbolo e fui examinando a página, tentando ler, enquanto minha cabeça girava.“Blood Born”, li em voz alta o título, antes de olhar para a primeira linha do pequeno texto. “O símbolo Blood Born é concedido
Vou deixá-lo ver as crianças. Não sei ainda como, mas vou descobrir uma maneira. Ele merece vê-los… e com Sia doente, gostaria que ela o conhecesse…Afastei o pensamento doloroso. Inclinando a cabeça, olhei para o livro. Eu sabia que Sia ainda não tinha alcançado seu lobo, ela era apenas uma criança, mas talvez eu pudesse tentar alguns desses remédios curativos nela… “Eu não recuarei, sou um Alfa, perder não está nos meus genes. Em relação à marca de nascença, não se preocupe muito com isso, nós vamos descobrir”, Sebastian falou em tom suave.Ele agora estava falando sério, o sensato Sebastian que resolvia problemas… “Obrigada”, disse calmamente. “Você não está sozinha, sempre estarei com você, mesmo que não esteja ao seu lado”.Eu estava em silêncio, a dor no meu peito ainda estava lá. “Então, você perguntou a Payne?”. “Ele negou ter se lembrado ou feito isso de propósito”, disse.“Tenha cuidado com ele. Não confio nele, Zaia. Ele é astuto”. “Claro que diria isso, n
SEBASTIAN. Ela encerrou a ligação... olhei para o telefone, prestes a digitar uma mensagem para ela, mas parei. Ela precisava de algum tempo.Eu a machuquei para consertar as coisas, vou mostrar isso a ela e dar-lhe o tempo que for necessário... Sentei-me na cadeira do escritório e olhei para o teto. Sua marca de nascença... tenho pesquisado sobre esse símbolo há tanto tempo, talvez agora valesse a pena pesquisar sobre Blood Born e Celestial Lunar... Vou usar meu outro laptop.“Sebastian!”, minha mãe me chamou. Desliguei o telefone e o coloquei no bolso, saindo do escritório e trancando a porta atrás de mim. O cheiro de café atingiu meu nariz antes que eu a visse andando pelo corredor, segurando a caneca."Aí está você, fiz café, ela me entregou a caneca. Vai dormir cedo hoje?”, ela perguntou com alguma preocupação em sua voz. Eu balancei minha cabeça. “Não, eu estava trabalhando. Onde está o pai?". Seu sorriso vacilou, ela sabia que atualmente não estávamos nas me