"Oh! Zade, este é o Doutor Cassian Owen. Doutor, este é meu namorado, Zade”. “Ah, prazer em conhecê-lo, Zade”, ele falou, quase como se sentisse que era melhor do que eu, estendendo a mão para mim. Olhei para ele antes de olhar para Valerie. "Um pouco ocupado?", comentei, envolvendo meus braços em volta de Valerie com mais força. Não pretendia retribuir seu aperto de mão, não até descobrir suas intenções. Sua formação não foi destacada, ele veio de uma família pequena, pais que trabalhavam e sem irmãos…, mas o que chamou a atenção foi o fato de não ter imagens em seu arquivo… apenas suas informações.Cassian forçou um sorriso. “Bem, é... definitivamente bom ter conhecido você... bem, não vou tomar mais do seu tempo. Ligarei para você, Valerie”. Ele deu um sorriso para ela antes de se virar e eu a envolvi com meu braço. “Vamos para casa?”. Eu perguntei.“Sim, estou faminta. Acho que estou pronta para cozinhar esta noite”, ela disse. “Não sou muito bom em cozinhar, então não po
VALERIE. Tocamos a campainha da pequena casa que ficava afastada do resto do quarteirão. Os arbustos cobriam o muro que rodeava a propriedade, tornando-a muito mais isolada dos vizinhos, o que dava mais privacidade, ou a tornava mais perigosa… Estava segurando meu kit médico, me sentindo nervosa, o desconforto de Zade me invadia e estava em alerta máximo.Zade também estava nervoso, seu corpo protegendo o meu completamente por trás, pronto e em alerta para qualquer coisa. Sem resposta… Ele tocou a campainha novamente. “Por que ela não está abrindo?”. Eu sussurrei.Ele balançou a cabeça. “Posso sentir um batimento cardíaco lá dentro... talvez dois”. Franzindo a testa, ele pegou meu pulso e me guiou pela lateral da casa; quebrou uma das janelas e entrou, me levantando para dentro. Sangue. Senti o cheiro de sangue fresco de uma ferida nova.‘Zade, algo está errado’. ‘Sim… fique alerta’. Ele se moveu rapidamente, examinando todos os quartos, fechando cada porta atrás de
Dependendo do que precisaria fazer, não tinha certeza de quanto ela seria capaz de aguentar, considerando o quanto estava fraca... “Você não está com chip. Como eles sabiam?”. Zade perguntou enquanto colocava meu kit médico na mesa. "Não sei. Estava confiante de que eles não saberiam. Queria sair com segurança, começar de novo”, explicava Adriana.“Certo… e o que aconteceu hoje?”. Zade perguntou baixinho. Pude sentir a raiva em sua voz, embora ele a mantivesse o mais nivelada possível. Seu coração batia forte quando movi sua camisa totalmente para cima e meu estômago revirou. Era bem pior do que eu pensava. Não sei como ela estava ainda viva... ela recebeu vários tiros e nenhum dos ferimento foi curado, as balas deveriam estar dentro dela...Se fosse apenas uma bala, mesmo que eu conseguisse retirá-la, se restassem pedaços do veneno, ela poderia se curar. No entanto, não estava em condições de se curar... e havia muitos... Isso era mau. “Não sei como me encontraram… são tod
“Foi tudo que consegui encontrar. Me avise se precisar de mais alguma coisa”, ele disse, se abaixando e beijando minha bochecha. Eu olhei para cima, meu coração disparou e acenei. "Obrigada". “Voltarei para fazer um curativo nela”. Nossos olhos se encontraram antes que ele saísse da sala."Ela vai ficar bem?". Adriana perguntou justamente quando vi seu ferimento de bala na lateral do pescoço. Errou, mas... por pouco. “Vou tentar o meu melhor. Há quanto tempo ela está inconsciente?”, perguntei, temendo a resposta. “Dias...”. A voz de Adriana estava fraca e olhei para ela. Ela estava com medo. No fundo sabia que talvez eu não conseguisse fazer nada. “Eu tentei, tentei mesmo, mas eles disseram que não iriam vê-la por que ela não estava com chip… que por lei só poderiam atender quem estava legalmente usando o chip. Sei que falhei com ela”.“Você não fez isso. Nosso sistema sim”, respondi calmamente. Era um dos que precisava ser abolido e garantirei que fosse. Não importaria com
'Eu vou ficar bem. Concentre-se no que está fazendo, Companheira, eu cuido do restante’. Sua voz era baixa e me senti um pouco mais calma depois de sua garantia. Voltei para a cama e ao trabalho, literalmente pescando os fragmentos da próxima bala. Eram balas estranhas, diferentes de todas as que já tinha visto antes. Elas pareciam se abrir com o impacto e liberar pequenos resíduos de veneno dentro do corpo.Estava trabalhando em um dos que estavam em sua barriga e acabei fazendo uma pausa quando encontrei um pedaço de vidro alojado em seu ureter. Pude ouvir a comoção lá embaixo, isso não me ajudava a pensar no que fazer, meu próprio coração batendo forte quando percebi que precisaria cortar e reconstruir o ureter... Eu também precisaria de luz, mas teria que me virar.Olhei para sua forma inconsciente. Estava fazendo isso sem avaliações, esperando que ela estivesse em sintonia com seu lobo para poder sobreviver. Seu batimento cardíaco permanecia regular, embora fraco, e espe
ZADE. Havia muitos deles, e eles sabiam que eu estava vindo. Era um plano que foi inteligentemente pensado, que nem eu consegui interceptar. Uma raiva como nunca senti, queimava através de mim enquanto eu os derrubava sem piedade. Tinha alguns cortes e consegui desviar das balas, mas não importava, aceitava a dor de bom grado, usando-a para alimentar minha vingança ao cortar outro homem que caiu como se não fosse nada mais do que um pedaço de manteiga.“Você tem sido um espinho em nosso caminho por muito tempo, mas finalmente alcançamos você e sua preciosa namoradinha”. Um dos homens rosnou enquanto se lançava sobre mim. Havia algo no ar que era tão fraco que nem percebemos, coberto de poeira que foi o que me atrasou. Eles ficaram mais espertos.O objetivo de se livrar de nós era mais claro do que nunca. Nos queriam mortos, era isso que desejavam e que era o objetivo de vida deles. “Primeiro você, depois ela!”, ele grunhiu."Toque nela e você morrerá". Eu rosnei, meus ol
Deusa, ela estava segura. Pressionei meu rosto em seu cabelo, tentando me acalmar. Ela poderia ter morrido, que merda. “Estou bem…”, ela respirou, “mas você não está!”.Fechei os olhos, inalando o cheiro de seus cabelos, a mistura de seus aromas naturais e seu xampu acalmando a sede de sangue. “Precisamos sair daqui. Temos que movê-la, de qualquer maneira”, disse, recuando e olhando para Ada. Seu batimento cardíaco estava mais forte. Olhei para os cadáveres no chão, dei um passo para trás. Vou ter que incendiar este lugar, há muitos cadáveres aqui.“Ela ainda está fraca”, disse Valerie. Adriana olhou para Valerie. “Precisamos ir embora. Obrigada pelo que fez até agora. Como ela está?", ela perguntou, inclinando-se contra a parede, tentando manter o equilíbrio. Valerie se virou para a cama, libertando-se suavemente do meu aperto, tentando não tropeçar enquanto se afastava de mim, o que eu não queria que ela fizesse. Ela olhou para a mulher, levantando a camisa que colocou
ZADE. "Sinto muito por ter arrastado você para isso". “Você alugou este imóvel em seu nome?”. Eu perguntei. Ela balançou a cabeça. “Eu invadi… estava vazio. Eu estava dormindo aqui porque não tinha outro lugar para ir”. Adriana falava com culpa enquanto tentava andar, mas ela estava em um estado muito ruim.“Somos uma equipe”, respondeu Valerie, arrumando uma camisa que vestiu em Ada. “Tudo bem, senhoras, vamos. Eu carrego Ada, Val, se você puder, ajude a Adriana. Eu apenas preciso queimar essa merda de lugar. Você tem algo que precisa levar?”, perguntei, olhando para Adriana. “Há uma grande bolsa de ginástica debaixo da cama. Apenas isso”.Eu me agachei e tirei a bolsa enquanto Valerie pegava seus suprimentos médicos e ajudava Adriana a colocar o braço em volta de seus ombros, segurando sua cintura. “Não imaginei que nosso primeiro encontro seria assim”, Adriana disse abrindo a sacola. Valerie riu. “É memorável, pelo menos”. “Zade isso!...”.“Não vou levar nada comi