Acordei com o despertador quase “dando cria” de tanto apitar. Levantei e fui tomar um banho gelado pra eu acordar. Saí e me arrumei pra ir pro colégio. Me olhei no espelho e eu tava horrível! E com uma dor de cabeça enorme.
Passei maquiagem, mas nem isso resolveu a minha cara de ressaca. Desci e tinha um bilhete da minha mãe avisando que teve que ir mais cedo pro trabalho. Só peguei uma maçã e fui pro colégio. Era perto, então fui andando.
Quando cheguei lá parecia que a escola toda tava olhando pra mim. Na verdade, a maioria das pessoas tavam.
Ótimo. Ele tinha contado pra meio mundo. Fingi que não liguei e fui até o meu armário.
– Não achei que você me largaria lá. - Falaram do meu lado quando eu fechei o armário.
– Eu achei que você tinha ido embora com alguém. - Era a Charlie.
– Lembra que combinamos de ir juntas, e que eu dormiria na sua casa?
– Foi mal. Esqueci. Mas dormiu onde?
– Na porta da minha casa, já que eu não tinha chave. - Ela disse nervosa e eu ri fraco.
– Foi mal mesmo. Eu esqueci.
– Se tivesse ido embora com alguém que prestasse pelo menos…
– Hey! - Ela riu fraco. Fomos andando até a sala.
– Porra… com tanta gente naquela festa, tu foi embora com o Andrew, Lily?
– Foi a unica carona que apareceu.
– Transaram?
– Não! Lógico que não.
– Tão falando uma coisa aí.
– Que eu aliviei?
– É…
– Nunca tinha reparado como essa parede é bonita.
– Não acredito que você fez isso! - Abri a boca pra falar algo mas desisti. Enfim, ficamos conversando até o professor entrar na sala e m****r todo mundo fazer silencio. As aulas passaram rápido demais. Talvez porque eu dormi em todas elas.
Fui pro intervalo com a Charlie e as vadias da escola tavam me olhando torto. Sentamos numa mesa e ficamos conversando. Quer dizer, a Charlie não parava de reclamar do irmão dela e eu só escutava. Até que a Rebeca e os 2 capachos dela chegam.
– Sabe onde tá o Andrew, Lily?
– Eu não. Por que saberia?
– Já que é tão íntima dele, achei que saberia.
– Pelo menos eu sei o nome dele. Não sou que nem você que dá pra qualquer um. - Disse e sorri irônica. Ela me olhou com raiva e saiu pisando firme. - Um dia eu arranco a cabeça dela fora.
– Sua vontade e a da metade do colégio. - Charlie disse e ri fraco. Olhei pra vadia de novo e ela tava quase se abrindo pro capitão do time ali mesmo.
– Que moral ela pensa que tem pra falar de mim?
– Nenhuma. - As aulas passaram devagar demais. Minha mãe me mandou uma mensagem falando que ia passar pra me buscar porque iriamos almoçar juntas e depois que acabou a aula, fiquei esperando ela do lado de fora do colégio. Ela chegou depois de séculos e eu entrei no carro.
– Demorei? - Achei que eu ia virar uma planta aqui. Pensei.
– Um pouco. Mas, pra que é esse almoço?
– Como assim?
– Eu te conheço. Você só sai pra almoçar comigo quando tem algo pra me contar. - Ela abriu a boca algumas vezes mas desistiu de falar alguma coisa. - Então?
– Quando chegar lá a gente conversa.
– Nossa. Tudo bem. - Chegamos no tal restaurante. Minha mãe enrolou bastante até que eu cansei. - Não vai me contar o que aconteceu?
– Eu vou ter que viajar. - Isso tá ficando bom.
– Ah… pra onde?
– Alemanha. - Melhor ainda.
– Vai ficar quanto tempo lá?
– Então, eu não sei quando eu volto. Por isso e por eu te conhecer bem, eu tomei uma decisão.
– Eu vou junto? - Perguntei sorrindo.
– Não… - Esquecem o "isso tá ficando bom". - Eu já falei com o seu pai e você vai morar com ele.
– O que?! Mas mãe, eu não falo com ele faz mais de 2 anos!
– Eu sei disso. Mas o que você espera que eu faça?
– Eu espero que você me leve junto. Que tal?
– Pode esquecer, Lilian. Não vou te levar.
– E por que não? Eu prometo que não te dar trabalho.
– Que nem da ultima vez? - Na ultima vez tínhamos ido pra Itália. Eu acabei brigando com a minha mãe e fui numa festa com um menino que conheci no hotel. O problema é que tinha bebida e a maioria era menor de idade.
Conclusão, minha mãe foi me buscar na delegacia. Mas voltando…
– Isso não vai acontecer de novo. E o que eu vou fazer em Lastdille? Não tem nada lá! Aliás, lá nem parece que ainda é os Estados Unidos.
– Não exagera. E se conforme então. Você embarca semana que vem. - Bufei e larguei o prato. Ela terminou de comer e me deixou em casa. Tomei um banho e deitei na cama, me enfiando debaixo do cobertor. Meu celular começou a tocar e eu atendi.
*Ligação on*
– Que é?
– Nossa. Pra que todo esse estresse? - Era a Charlie.
– Eu vou me mudar.
– Pra onde?
– Vou morar com o meu pai.
– Tá brincando né?
– Olha, eu queria mesmo tá brincando.
– A gente não vai mais se ver?
– Lógico que vamos. Eu vou precisar visitar minha mãe.
– Precisamos ir em alguma festa. Alias, vai ser sua ultima aqui.
– Sábado na casa do Matt?
– Pode ser. Espero que o Nathan não esteja lá.
– Por que?
– Ele vai querer que eu fique com ele.
– Pelo amor de Deus, não.
– Lógico que não. Ficou doida? Lily, vou ter que sair.
– Ok. Vai lá.
*Ligação off*
A semana passou rápido. Eu me recusei a arrumar minhas coisas e minha mãe fez esse favor pra mim. Ok né. A festa na casa do Matt foi um saco. E quando a Charlie bebe ela fica mais sensível do que é. O que resultou ela numa noite inteira chorando no meu ouvido falando que não ia mais me ver, que ia sentir saudades e me abraçando. Meu voo era de manhã, e eu nem tinha dormido a noite.Minha mãe passou na casa da Charlie umas 10h00 pra me levar pro aeroporto.– Eu te ligo, ok? - Ela falou antes de eu embarcar.– Ah, claro.– Vocês vão se dar bem.– Não te garanto nada.– Vê se se esforça, pelo menos.– Posso tentar. - Mentira. Ela sorriu. Nos despedimos e eu embarquei. Dormi o voo inteiro. Cheguei lá já era de tarde.– Oi querida.– Oi pai.– Eu tava com sa
– Eu e o Ryan vamos sair na sexta. - Katy disse.– Hm. Boa sorte.– Obrigada. Mas e você e o bonitão ali?– Bom, eu inventei uma desculpa tosca de que não conhecia a cidade e blahblah e ele acreditou. Ele vai “me mostrar a cidade” amanhã de tarde.– Bom, já vou te avisando. Vocês só vão ficar se você agarrar ele.– Por que?– Ele é daqueles certinhos sabe? Ele não trai a namorada. - Bufei.– Sempre tem a primeira vez. - Disse e sorri. Ela sorriu de volta.– Vai fazer o que pra ele ficar contigo?– Vou pelas beiradas.– E se ele falar pro seu irmão?– O Ryan não sabe que eu sei que o Derek tem namorada. E eu nem sei a cara dela.– Ela é nojenta. - Ela disse sentando na carteira e eu sentei do seu lado.– Im
Entrei e casa e fui subir as escadas pra ir pro meu quarto.– Lilian. – Meus pais tinham algum problema. Sério. Só eles me chamavam assim. Qual o problema em falar “Lily”?– Eu.– Onde você tava?– Eu falei pro Ryan pra onde eu ia.– Seu irmão foi na pista de skate e você não tava lá. – Ah é... acho que a gente começou a beber e depois foi pra uma pracinha. Uma coisa assim.– Ah.– Sair só de final de semana.– Que mal tem eu sair nos dias normais?– Acho que o cheiro que tá saindo da sua boca já diz. – Londres, i miss you. E eu não tava com bafo de bebida...Subi, finalmente, pro meu quarto e tomei banho. Deitei na minha cama e liguei o note pra falar com a Charlie.Contei tudo pra ela sobre hoje, inclusive sobre o Derek.“
– Oi gente.– Oi. – Eles responderam.– Quem é essa? – A loira ridícula disse no ouvido do Derek, mas eu ouvi. Ele falou algo pra ela. Certeza que falou que eu era a irmã do Ryan.– Sou Ellen. – Ela disse com aquela voz irritante.– Lily.– Nome de criança. – Ela disse pra mim.– Pelo menos não tenho voz de traveco. – Os meninos e a Katy riram e ela ficou com cara de irritada.– Dá um pouco? – A Katy disse se referindo ao chocolate e eu dei um pedaço pra ela.– Pega leve com a Ellen tá? – Ryan pediu pra mim disfarçadamente.– Oushe. Eu não fiz nada.– Não é nem pra pensar em fazer.– Vocês falaram alguma coisa de mim pra ela?– O Derek só disse que ia dar uma de guia turístico con
– É, Katy, eu sobrei. – Já tinha chego em casa e tomado banho. Agora tava deitada na cama falando com a Katy sobre o meu fracasso na “missão” de hoje.– Mas ela foi fazer o que lá?– Fuder comigo! – Disse irritada já. – E acho que eles nem chegaram ainda.– Acho que eles vão na festa de hoje.– Festa? Mas aqui não tem festa.– As vezes tem na casa de alguém. – Que lindo. O Ryan mentiu pra mim. – Seu irmão vai.– Como você sabe?– Ele me falou hoje. Eu vou com ele.– Onde é essa tal festa? – Ela me passou o endereço e o horário. – Te vejo lá, Katy.– Ok, Lily.*Ligação off*Escutei pessoas falando no andar de baixo e fui até a escada. Aquela escrota tava aqui junto o Derek. Bufei
Dei um passo pra trás e ele veio junto. A boca dele parecia que tava me chamando. Era perfeita. Segurei seu rosto e o beijei. Ele segurou na minha cintura e me puxou mais pra si, fazendo carinho nas minhas costas e na minha cintura. Paramos o beijo por falta de ar e ele começou a distribuir selinhos pelo meu pescoço.(...)Ouvi um barulho e acordei. Tentei dormir de novo, mas o barulho não parava. Era alguém batendo na porta.– Lily, abre a porta! – Era o Ryan.– Espera. – Me espreguicei e bati em alguma coisa.– Ai! – Olhei pro lado. Eu. Só. Faço. Merda.– Lily? – Ele olhou em volta. – Isso só pode ser brincadeira.– Eu vou mofar aqui na porta. – Olhei pro Derek e ele olhou de volta.– Vai pro banheiro que eu vou vestir alguma coisa e abrir a porta.– E como eu vou sair da sua casa depois
~Derek on~Ouvi uma voz que parecia tá longe e depois levei um tapa no meio da cara. Legal acordar assim... bacana. Mais bacana ainda foi quando me dei conta do que eu tinha feito. Olhei pro lado.– Lily? – Olhei pra cima ainda deitado. – Isso só pode ser brincadeira.– Eu vou mofar aqui na porta. – O Ryan berrou do outro lado da porta e eu e ela nos entreolhamos.– Vai pro banheiro que eu vou vestir alguma coisa e abrir a porta.– E como eu vou sair da sua casa depois? – Perguntei.– Só faz o que eu to falando. Isso depois a gente vê.– A Ellen vai me matar. – Percebi ela me olhando com raiva.– Tá brincando que você vai contar pra ela?– Ah, foda-se a Ellen. Se ela ficar sabendo, o Ryan vai ficar sabendo também. E eu tenho amor pela minha vida.– Lily? – Ryan gritou na porta de
~Lily on~Saí da casa da Katy e fui pra casa o mais devagar possível. Não era possível que ele tinha contado ao Ryan.Aquele menino é burro?Cheguei em casa e entrei.– O pai tá em casa?– Você ficou louca?! E não, ele não tá.– Fiquei louca por que?– Não se faça de sonsa, Lily. To falando de ontem.– O que você fez?– Falei com ele, lógico.– Eu acho que você deve parar de se intrometer na minha vida, como se eu ainda fosse criança.– Eu sou irmão.– Foda-se que você é meu irmão! Nem meu pai você é! Vai cuidar da sua vida e me deixa em paz! – Disse e subi as escadas, indo pro meu quarto. Quero saber o que ele “falou” com o Derek. Sim, entre aspas. Porque eu tenho certeza que n&atil