A porta abriu fazendo um barulho maior que o normal e o Zac olhou pra lá. A pessoa, que eu não consegui ver quem era porque ele tava na minha frente, pegou o Zac pelo pescoço e o jogou do outro lado da quadra. Era o Ryan.
Ele começou a socar a cara do Zac. E eu não conseguia me mover. Eu paralisei. O Zac já tava inconsciente e o Ryan continuava batendo nele. Corri até lá.
– Para, Ryan. – Ele não me ouviu. Segurei o braço dele. – Para. Ele não tá mais consciente. – Ele parou e veio até mim, me abraçando. Encostei a minha cabeça no peitoral dele e chorei mais ainda.
– Calma. Tá tudo bem agora. – Ele dizia pra mim. – Vem, vamos sair daqui. – A gente tava saindo da quadra quando a diretora chega.
– O que tá acontece
– Será?– Claro. Quem não gosta de você? – Ele disse sorrindo e olhando pra mim. Sorri de volta. – A gente só vai passar na minha vó pra deixar isso e a gente já volta ok? – Assenti. Chegamos na casa da vó dele. Ele mal tinha aberto a porta e veio um ser pequenino agarrando a perna dele.– Meu Deus. To sendo atacado! – Ele disse e a criança riu. – A vovó tá em casa?– Tá na cozinha. – A menininha falou. – Quem é ela? É sua namorada? – Ele riu e se abaixou ficando do tamanho dela.– Não. É uma amiga minha. Ainda. – Ele disse baixo o “ainda” pra ela, mas mesmo assim eu ouvi. – O nome dela é Lily. Essa é minha prima, Laura.– Oi. – Disse pra ela, que afundou o rosto no pescoço dele com vergonha. Derek riu e eu ri jun
Escola. De novo. Pelo menos essa é a ultima semana de aula. Vamos entrar em recesso no final dessa semana.Isso é a única coisa que me anima. Porém, apesar das férias, minha mãe ligou ontem dizendo que é pra eu embarcar dia 21.- Eu não vou! – Berrei e me tranquei no quarto quando meu pai me falou.- Lily, você tem que ir. – Ele falou com a maior paciência do mundo do outro lado da porta.- Eu não quero ir. – Disse mais baixo que da outra vez.- Eu sei que não. E nem eu quero que você vá. Mas você sabe que ela tem a sua guarda. Se você não for...- Ela liga pra policia. – Eu o interrompi. – Eu sei, pai. – Não falei mais nada e ele também não. Ficamos um bom tempo assim.- Vem jantar. – Ele disse quando eu já achava que tava sozinha.Depois disso n
Sentei e esperei ele voltar. Ele tava voltando com a cabeça baixa. Me levantei e fui até ele.- Tá tudo bem? – Perguntei. Já imaginava o que ela falou pra ele.- Tá sim.- Tava falando o que com ela?- Nada de mais. – Continuei olhando pra ele. Então realmente ele vai ser pai e não vai me contar? – O que as meninas queriam contigo?- Nada de mais também. – Disse séria.- To vendo pela sua cara.- Posso dizer a mesma coisa em relação a você. – Ele revirou os olhos e não me respondeu. Voltamos pra mesa e ficamos o resto do intervalo em silencio. Deu o sinal e eu fui pra sala com a Katy.- Eae, o que deu? – Ela me perguntou quando nos afastamos.- Pela cara dele depois que eles conversaram, parece que sim. Mas ele não me contou e eu também não falei nada.- Vocês tem
~Lily on~Eu ainda não acredito que ele não ia me contar. Tava agora no meu quarto e fazendo a ultima coisa que eu pensei que faria por um garoto. Chorando. Alguém bateu na porta.- Sai!- Lily, deixa eu entrar. – É, era ele.- Vai embora! – Ele tentou girar a maçaneta e abrir a porta, mas eu tinha trancado.- Abre a porta. Por favor.- Não.- Deixa de ser infantil. Você nem deixou eu falar!- Então fala!- Eu ia te contar. Eu juro que ia. Mas eu não sabia como. – Ele ficou quieto. – Eu não imaginava que você ia saber por outra pessoa sem ser eu. – Levantei e fui até a porta, mas não abri. – Eu to falando sério. – Abri a porta e ele olhou pra mim. – Acreditam em mim? – Mordi a parte de dentro da bochecha.- Você ia mesmo?- Claro que eu ia. – Abrac
- Eu não to com fome, Ryan.- Tá sim. Para de graça. Vai, abre a boca. – Cara... ele tava tentando dar comida na boca de uma guria de 16 anos. Eu tive que rir.- Acho que eu sou meio grandinha pra isso. – Ele riu fraco ainda segurando o garfo. Abri a boca e comi. Lógico que o resto da panqueca eu comi sozinha.- Tá pronta? – Assenti com a cabeça e fomos pra escola.- Sabe que horas é o meu voo amanhã? – Falei um tempo depois que ele já tava dirigindo. Eu não tinha visto meu pai, então eu não sabia.- As 08h30.- 08h30?! – Praticamente berrei. – Pra que tão cedo assim?- E você vai perguntar pra mim? – Bufei e não falei mais nada. Chegamos na escola e eu entrei, indo pro meu armário.- Oi. – Derek disse me abraçando por trás e me dando um beijo na bochecha. S
- Acorda, princesa. – Derek me acordou.- Que horas são?- 06h30.- Tá muito cedo ainda. - Falei me virando e colocando o cobertor na minha cabeça.- Tá nada. Até você tomar banho e a gente sair daqui...- Você também vai? – Ele assentiu e eu abracei ele. Tomei banho e Derek foi depois de mim. Eu já tinha deixado a roupa separada no dia anterior, obviamente. Tava arrumando meu cabelo quando lembrei de algo. – Derek? – Ele olhou pra mim. – Tu não ia fazer prova hoje?- Eu vou lá com você, invento uma desculpa e faço de tarde. – Dei de ombros e descemos indo em direção a cozinha.- Filha, posso falar com você? – Meu pai perguntou e eu assenti pegando um pedaço de bolo. Fomos pra sala. – Derek dormiu aqui ontem?- Dormiu. – Disse dando de ombros.- Enfim, eu
Os dias que se seguiram foram as mesmas coisas. Minha mãe e Marcus indo trabalhar, a Hanna enchendo o saco de todo mundo, eu só saindo do quarto pra comer e falando com o Derek o dia inteiro pelo skype. Ou pelo menos quase todos os dias.Hoje é véspera de Natal, 18h00, e ele ainda não deu as caras no Skype. Eu já tinha comprado o presente dele.Comprei um perfume. Mas voltando ao assunto, ele sumiu o dia todo. E eu fiquei mofando no quarto.Soube pelo Andrew que ele contou pra Charlie que eu tava na cidade, mas até agora ela não apareceu aqui. E sinceramente, duvido que vá aparecer.20h00.Tenho que me arrumar pro jantar que minha mãe e meu padrasto vão oferecer, e ele ainda não apareceu.Bacana. Espero que me ligue à meia noite. Coloquei um jeans,
– Lily? Eu vou almoçar com a minha mãe, minha vó e tals... Quer ir? – Derek perguntou me acordando.– Aham. – Levantei e fui me arrumar. Coloquei um vestido com um sobretudo por cima e desci.– Pai? A gente vai almoçar na casa do Derek. Mas eu venho pra janta ok? – Ele assentiu e saímos. Entramos no carro. Já tínhamos saído a uns 10 minutos de casa e o Derek começou a rir.– Tá rindo de que?– Tá nervosa? – Ele perguntou e eu me fiz de desentendida. Tipo, a família inteira dele vai tá lá! Entendem?– Não. Pra que eu ia tá nervosa?– Relaxa. – Ele disse e pegou na minha mão ainda dirigindo. Logo chegamos à casa da vó dele. E pelo jeito, tinha muita gente. Saímos do carro e ele abriu a porta da casa. Logo a mãe dele nos viu e ve