Mas Amadeu não estava nem um pouco nervoso. Ele se posicionou atrás dela, se inclinou e a abraçou, apontando com seus dedos longos para um erro no caderno de exercícios dela, dizendo:- Você errou aqui, a resposta deveria ser X elevado à quarta potência.Amanda rapidamente riscou a resposta errada e a substituiu, explicando:- Eu estava tão nervosa que errei o cálculo.Amadeu baixou a cabeça para olhar o pequeno crânio dela, com um leve sorriso nos olhos.- Você está fazendo um problema de álgebra, por que está nervosa?Amanda baixou o rosto, que estava ardendo de calor.- Eu não sabia que você apareceria atrás de mim de repente.Amadeu hesitou por um momento, então disse:- Arrume suas coisas, vou te levar de volta para a escola.Amanda rapidamente fechou seus livros e cadernos, colocando tudo na mochila. Gustavo arqueou uma sobrancelha:- Amanda, você vai embora? Venha brincar novamente da próxima vez. Ah, eu e o Amadeu temos uma audiência amanhã às dez da manhã, se você tiver tempo,
Amadeu podia entender seus sentimentos, mas falou com a frieza objetiva da lei:- Eu prometo a você que não permitirei uma sentença leve para o réu. Posso garantir uma pena de dez anos.Mas quanto a algo mais severo, como prisão perpétua, ele talvez não tivesse tanta certeza. Lourenço Cabral apenas assentiu, dizendo com um nó na garganta:- Sr. Amadeu, eu realmente agradeço. Com suas palavras, me sinto aliviado.Gustavo se aproximou, deu um tapinha no ombro de Lourenço e disse:- Lourenço, fique tranquilo. Esse Sr. Amadeu aqui, durante sua graduação na universidade, foi o estudante mais brilhante do departamento de direito. Os casos em que ele atuou até agora não tiveram uma única derrota. Mesmo que você não confie em mim, deve confiar nele. Volte para casa e aguarde a data do julgamento, nós vamos notificar você e sua filha.Lourenço, sem saber o que dizer, tinha os olhos cheios de gratidão:- Obrigado, muito obrigado mesmo. Vocês estão lutando tanto em nosso caso e cobrando tão pouco
Depois da chegada de Amadeu e Catarina, Lívia piscou para eles com um convite caloroso:- Amadeu, Catarina, que tal estudarmos juntos? Eu e a Amanda estamos com algumas dificuldades nos estudos, e ela gostaria de pedir a ajuda de vocês.Catarina, evidentemente, não estava contente e respondeu:- Não acho que isso seja apropriado. Estudar na biblioteca é melhor com menos pessoas. Quatro pessoas estudando juntas podem acabar fazendo uma reunião social.Lívia, com um sorriso no rosto mas pensando astutamente, disse: "Essa mulher é bastante astuta!"- Como assim uma reunião social? Não temos nem chá aqui! Você não quer nos ajudar nos estudos?Com essa réplica de Lívia, Catarina ficou sem palavras. Vendo que ela não respondeu, Lívia se levantou rapidamente e colocou Amadeu ao lado de Amanda. A grande mente por trás disso tudo, puxando Catarina para sentar ao seu lado, disse:- Amadeu, Amanda está com dificuldades em matemática, pode ensinar um pouco para ela? Eu tenho algumas dúvidas sobre
O tom de Amadeu estava claramente cheio de frieza e provocação. Ainda assim, Amanda corou com suas palavras. As delicadas mãos pálidas da menina seguraram a camisa dele. Ela ficou nas pontas dos pés, aproximou seus lábios macios e beijou o queixo atraente do homem. Um beijo rápido como um toque de libélula, servindo como prova de que ela gostava dele.- Isso é suficiente? - Indagou ela.Ela não poderia ir além, ela ainda era uma menina, afinal, e mantinha a modéstia. Amadeu, porém, de repente segurou seus braços, levantando eles acima de sua cabeça, e a pressionou contra a estante de madeira atrás dela, olhando a garota com olhos afiados como os de uma águia.- Você sabe o que é a afeição entre adultos? - Ele perguntava, ainda frio e impassível.O homem então baixou a cabeça e beijou seus lábios.Amanda, assustada, começou a se debater instintivamente, mas o homem era muito dominador e avançou ainda mais no beijo. Os lábios de Amanda estavam quentes e doloridos.Catarina, parada não mu
Amanda estava ligeiramente deitada no balcão do bar, seus dedos trêmulos atendiam ao chamado de Amadeu pelo telefone. - É você, Amadeu? - Perguntou Amanda, com a voz embriagada em um tom alto e arrogante. Do outro lado da linha, Amadeu, ouvindo a voz estranha de Amanda e os barulhos ensurdecedores ao fundo, logo associou a um bar.- Onde você está? - Perguntou Amadeu, franzindo a testa. - Não te interessa! Apenas te digo que, a partir de hoje, eu não gosto mais de você! Escuta bem, Amadeu, a partir de agora, eu te odeio para sempre! - Afirmou Amanda. Puras bobagens.Lívia, ao lado, ria alto, dando um joinha para ela.- Isso aí! Deixa o Amadeu se danar! - Exclamou Lívia. - Isso! Que se dane! - Murmurou Amanda. Amanda se encontrava em um estado tão embriagado que sua mente girava vertiginosamente. Com dificuldade, ela tentava segurar o celular, mas acabou o deixando cair desajeitadamente sobre o balcão. - Amadeu, não quero gostar de você nunca mais. - Murmurou Amanda, se deitando
Durante a infância, sempre que Amanda caía, seu pai, Rita e até mesmo seu avô, se uniam para acalentar seus machucados com sopros suaves, uma tradição afetuosa que simbolizava o amor que permeava sua família. Contudo, em meio a esse afeto coletivo, se destacava a figura de Amadeu, único a se manter distante.Ela se sentia cada vez mais injustiçada.Amadeu, ao ver ela com os olhos vermelhos, pensou que ela estivesse prestes a chorar de dor, então a abraçou e soprou levemente sua testa.- Ainda dói? - Perguntou Amadeu. - Me dê um beijo. - Pediu Amanda. Ela segurava a camisa de Amadeu com suas mãozinhas, fazendo birra e olhando para cima com seus olhos brilhantes e úmidos, amolecendo instantaneamente coração dele, tornando impossível o sentimento de indiferença. Amadeu se inclinou e deu um beijo em sua testa. Então, ela disse: - Me beije de novo.Amadeu ficou surpreso com a audácia dela quando estava bêbada.Se ele não a beijasse, ela iria continuar se esfregando nele de forma irritante
Quando Amanda despertou no dia seguinte, já passavam das três da tarde. Acordando com uma dor de cabeça insuportável, como se alguém tivesse desferido um golpe com um tubo de aço na parte de trás de sua cabeça, e sua cabeça parecia que ia explodir. Com esforço, ela abriu os olhos, se apoiando na maciez da cama para se levantarEla de repente percebeu que estava na casa de Amadeu e que a cama em que estava deitada era a cama de Amadeu. Sua mente estava brevemente em branco. Ela se lembrou apenas de ter bebido no bar com Lívia na noite anterior, depois perdeu a consciência. Não se recordava de ter tido forças para ir até a casa de Amadeu. Sentindo o cheiro de álcool em seu corpo, ela se sentiu repugnada. Ela estava prestes a sair da cama quando a porta do quarto se abriu. Era Amadeu. - Você já acordou? - Perguntou Amadeu. Por um momento, Amanda não sabia como o enfrentar e ficou parada lá. - Como vim parar na sua casa? - Perguntou Amanda. Quando ela mencionou isso, Amadeu franz
- Eu não estou com a Catarina. - Explicou Amadeu. - Então por que você a beijou? - Questionou Amanda. - Eu também não esperava que ela me beijasse de repente. - Respondeu Amadeu. Amanda levantou seu rosto magoado e o olhou fixamente.- Então você poderia ter a afastado, por que não a afastou? - Questionou Amanda. - Eu a afastei, mas ela já tinha me beijado. - Respondeu Amadeu. Amanda não tinha argumentos contra a lógica de Amadeu, mas ainda assim, ela se sentia desconfortável. Amadeu olhou para o rosto confuso dela e de repente, envolveu sua cintura com uma mão e segurou a nuca dela com a outra, baixando a cabeça e beijando seus lábios.Um beijo dominador e carinhoso, corou seu rosto, a fazendo ofegar.Os dedos longos do homem se entrelaçam em seus cabelos. - Agora está bom? - Indagou Amadeu, a olhando fixamente. Amanda, mordiscando seus lábios inchados, olhou para ele com seus grandes olhos redondos.- Amadeu, você quer dizer que agora quer ser meu namorado? - Perguntou Amanda