Na manhã seguinte, quando Amélia saiu do quarto, se esticando em seu pijama fofo, viu uma mulher linda sentada à mesa do café da manhã, vestindo um roupão de seda azul.- Jéssica?Ouvindo seu nome, Jéssica, que estava comendo o café da manhã feito por Tiago, lançou um olhar frio e desdenhoso para Amélia.- Amélia, você já é tão velha, ainda rouba pijamas de criança? – Jéssica disse alfinetando-a.Ouvindo isso, Amélia olhou instintivamente para o próprio pijama. Se comparada com Jéssica, ela realmente se sentia inferior. Amélia, um tanto constrangida, tocou o pescoço. Tiago trouxe o café da manhã de Amélia da cozinha e, com suas mãos grandes, envolveu os ombros frágeis da garota e a fez sentar à mesa.- Vamos comer.Assim que Tiago abriu a panela, um aroma delicioso de caldo de galinha encheu o ar.Os olhos de Jéssica lançaram um olhar rápido na direção da panela.- Nossa, caldo de galinha logo cedo? Está criando ela como um "porco"?Amélia ficou um pouco envergonhada com o comentário
As pequenas mãos de Amélia queriam imediatamente desabotoar a camisa de Tiago para examinar os ferimentos de bala em seu peito e ombro. Mas Tiago agarrou suas mãos inquietas e perguntou:- Jéssica acabou de te contar isso?Amélia tinha os olhos ligeiramente avermelhados. Seu olhar inadvertidamente pousou na garganta de Tiago, e ela acenou com a cabeça vigorosamente.Ela havia atirado duas vezes em Tiago, uma no peito esquerdo e outra no ombro direito. Se Tiago não fosse tão sortudo, ela provavelmente nunca mais o veria. "Como eu pude atirar tão perto do coração?", ela pensava. Com ambas as mãos, Tiago segurava a mão pequena dela e acariciava sua cabeça. Ele baixou o rosto e encostou sua testa na dela, murmurando:- Naquela hora, você estava sendo controlada por Vasco. Não foi sua culpa, você não pode se culpar.- Mas, controlada ou não, eu atirei em você. Isso é um fato. Por que você nunca me contou sobre isso? - Amélia inalou profundamente.- Para quê? Se eu te contasse, você chorari
Na cidade S, a mansão da Baía Rasa estava às escuras.Lucas havia passado quase vinte horas no avião antes de finalmente chegar em casa, apenas para encontrar a casa vazia.Após entrar na mansão e acender as luzes, ele mal colocou a mala no chão e foi até a janela panorâmica para ligar para Rita. Fez três ligações consecutivas e ninguém atendeu. Lucas começou a se preocupar, mas então pensou que Amanda e Plínio também não estavam em casa. Talvez Rita tivesse levado as crianças e os empregados de volta à Mansão dos Souza.Ele ligou para a Mansão dos Souza, e Leila atendeu.- Alô, Leila. Acabei de voltar de uma viagem de negócios. Rita e as crianças estão aí? – Lucas perguntou.- Sr. Lucas, as crianças estão aqui sim. Há alguns dias, a Sra. Souza trouxe as crianças de volta, dizendo que queria que passassem algum tempo com o avô, mas ela mesma ficou apenas uma noite e voltou para a Mansão da Baía Rasa.Lucas franziu levemente a testa. Rita havia levado as crianças para casa enquanto ele
Rita parecia ter percebido. "O problema entre Miguel e Sofia é ainda maior do que o problema entre Lucas e eu." - Você e Miguel, realmente pensam em se separar? – Rita perguntou. - Sei que talvez nunca encontre alguém melhor, mas com Miguel, é isso. Conheci ele quando tinha dezoito anos, ele financiou minha faculdade. Naquele ano, eu me tornei uma entre suas muitas amantes. - Sob o efeito do álcool, Sofia virou lentamente o rosto para olhar para Rita. Havia um brilho tênue de lágrimas em seus olhos deslumbrantes, mas Sofia sorria.- Rita, nós não somos iguais. O que você tem com Lucas é amor. Mesmo se Lucas fizer algo para te magoar, vocês podem consertar juntos; vocês são casados. Mas eu e Miguel nunca tivemos um relacionamento convencional. Esses oito anos foram realmente exaustivos para mim. Ele me dizia constantemente que era apenas uma transação.Rita consolou:- Mas naquela vez em que Lucas e Miguel estavam jogando cartas, parece que ouvi Miguel dizer que ia te reconquistar. Is
Uma hora depois, dentro da Mansão da Baía Rasa.- O que você está fazendo, meu querido? Não quero ficar ajoelhada, minhas pernas doem. – Rita disse embriagada, ajoelhada no teclado.Lucas, ouvindo o que ela dizia, sentia um ímpeto de espancar alguém. O homem tirou o paletó e o jogou casualmente no sofá, desabotoou os punhos da camisa e arregaçou as mangas até os cotovelos. Ao ver o homem arregaçar as mangas, Rita se encolheu de medo.- O que você vai fazer? Vai me bater? Se você me tocar, meu marido vai acabar com você. Pode contar com isso. - Rita se levantou rapidamente do teclado, mas estava tão bêbada que começou a se sentir tonta assim que se ergueu. - Estou tonta.Lucas caminhou até ela e a pegou no colo.Dormente em seus braços, Rita olhou para o belo rosto de Lucas e sorriu idiotamente. Com um dedo fino, ela tocou a bochecha dele e disse devagar:- Você realmente se parece muito com meu marido, eu gosto muito de você. Onde será que ele está para nos pegar no flagra?Lucas hesit
- Te peguei. - Lucas olhou para a mulher descalça à sua frente e pegou um par de chinelos femininos no porta-sapatos e os colocou perto dos pés dela. Rita, por hábito, apoiou a mão no ombro de Lucas e calçou os chinelos, um pouco confusa.- Não tenho um amante escondido, por que você está me acusando? - Dizendo isso, Rita se lembrou da amante que Lucas tinha no exterior. - Lucas, você está mantendo outra mulher lá fora?- O que você disse? - Lucas se levantou, escondendo um sorriso enquanto a observava.Rita mordeu o lábio, um pouco irritada, mas também um pouco temerosa, pois se isso fosse verdade, ela realmente não saberia o que fazer.Reunindo coragem, Rita perguntou:- Quando você estava viajando a negócios, eu te liguei e ouvi a voz de uma mulher. O que era aquilo?- Eu já disse que era a voz da televisão. - Lucas explicou pacientemente.- Não me venha com essa. Você acha que eu não seria capaz de distinguir a voz da TV? Deve ser sua amante escondida. Por que você não pode ser ho
- O rapaz que você trouxe para casa ontem à noite ainda não foi embora.Rita, sentada à mesa do café da manhã, ouviu Lucas dizer isso e, involuntariamente, ela levantou a cabeça e vasculhou a sala. Não era como se ela se importasse com o rapaz, mas seu instinto de sobrevivência falou mais alto!- Onde ele está? – Ela perguntou.- Bem diante dos seus olhos. - Lucas soltou uma frase com ar de leveza.Rita o encarou por um, dois, três segundos. - Por que você está tentando me assustar? Lucas, você é realmente muito malvado. - Ela não pôde evitar uma gargalhada.Mas Lucas ficou sério.- No entanto, isso não pode se repetir. Se eu te pegar novamente à noite bebendo e flertando com outros homens, não sei o que sou capaz de fazer.Dito isso, as longas mãos de Lucas, empunhando uma faca e um garfo prateados, cortaram com determinação o sanduíche em seu prato de café da manhã.- Amor, eu definitivamente não vou beber fora de casa de novo. E sobre ontem, eu estava apenas com a Sofia, não com um
À tarde, quando Rita acordou ainda atordoada, ela pegou o celular e viu que já eram mais de duas da tarde. O sol estava brilhando forte pela janela, e a casa estava silenciosa, exceto pelo ronco do estômago de Rita. Assim, que se levantou, ela viu que Lucas já estava na cozinha preparando algo. Ele estava usando um avental branco e um sorriso no rosto, como se não se lembrasse do acontecido antes de dormirem. Rita correu para abraçá-lo por trás e espiou o que estava na frigideira.- O que você está fazendo? – Ela perguntou.- Arroz frito. – Ele respondeu.- Querido, é almoço ou jantar que você está fazendo? – Ela perguntou novamente.- Viciou em me chamar assim? - Lucas ergueu uma sobrancelha.- Não está feliz que te rejuvenesci com o apelido? – Rita sorriu.- O que você disse agora? - Lucas olhou para ela com um olhar levemente ameaçador em seus olhos.- Eu disse que te chamo de "querido" porque você ainda parece jovem. – Rita sentiu um arrepio na espinha.-Você está errada, minha q