Na creche, Igor estava sentado ao lado de Amanda.Depois de alguns minutos, Igor finalmente não resistiu e disse:- Amanda, em alguns dias, talvez eu tenha que mudar de escola.Amanda franziu a pequena testa e perguntou com sua voz infantil:- Por quê?- Porque minha família é muito pobre e é muito caro estudar aqui - Igor respondeu com sinceridade.Amanda fechou os lábios e fixou os olhos em Igor, dizendo:- Meu pai tem muito dinheiro. Posso pedir para ele para pagar sua mensalidade.Os olhos de Igor se arregalaram e um brilho cruzou seu olhar.- Sério?Amanda assentiu seriamente com a cabeça.- Meu pai me ama muito. Se eu falar com ele, tenho certeza de que ele vai te ajudar.No começo, Igor achou que era uma boa ideia, que não apenas permitiria que ele continuasse estudando com Amanda, mas também aliviaria o fardo financeiro de seus pais. Mas então ele pensou, "Sou um homem. Se fizer isso, não estarei dependendo de uma mulher? Não, isso não pode acontecer."- Esqueça, não seria cert
"Amor, já cheguei. Pode descer."Ao receber esta mensagem, Úrsula rapidamente arrumou sua mochila e correu para o andar térreo do escritório. Assim que saiu do prédio, viu o homem em pé ao lado do carro, esperando pacientemente por ela. Ela se aproximou dele e disse sorrindo:- Não precisa ficar esperando do lado de fora, da próxima vez é só você ficar no carro. Está tão quente hoje, não é?Abelardo abraçou Úrsula pela cintura e beijou sua testa, não resistindo a um momento de ternura com ela. Ele fitou o rosto dela, e ela falou, envergonhada:- Estamos na porta da empresa, melhor entrar no carro.Sensível à timidez dela, Abelardo não insistiu. Abriu a porta do carro para ela e a acompanhou até o banco do passageiro. Fechou a porta e circulou o veículo para entrar também. Olhando para o homem bem-apessoado, Úrsula sentiu um breve instante de deslumbramento. Às vezes, ela imaginava que Abelardo era como os protagonistas de novelas: gentil, cavalheiro e extremamente carinhoso. "Como um
Antes que Abelardo pudesse começar a se explicar, outra mensagem chegou em seu celular. Ainda era da "Fadinha"."Ei, você está aí? Está chovendo aqui, pode vir me buscar?”Abelardo não respondeu. Úrsula lançou um olhar para o céu claro lá fora.- Chovendo? Pergunte a ela onde está chovendo.Abelardo entregou o celular para Úrsula e se levantou, abraçando a cintura macia de sua esposa, e sorriu.- Querida, por que você não responde ela?O rosto de Úrsula se inflou, visivelmente irritada.- Abelardo!- Estou aqui, meu amor.- Quem é essa mulher? - Úrsula o encarou.Abelardo respondeu, sorrindo:- Amor, eu realmente não a conheço. Talvez seja alguma colega de trabalho, mas eu realmente não me lembro.Úrsula o encarou, meio convencida.- Sério? Tem muitas jovens bonitas na sua empresa atrás de você?Observando a irritação dela, o humor de Abelardo inexplicavelmente melhorou.- De fato, há muitas jovens bonitas me perseguindo.- Abelardo! - Úrsula estava quase chorando.Ele rapidamente a co
Na mesa de almoço da Mansão Souza.Depois de apenas algumas garfadas, Amanda deixou a mesa para brincar. Sua comida estava ficando fria, então Lucas não pôde deixar de repreendê-la. Fingindo tristeza, Amanda agarrou a mão de Rita e se escondeu atrás dela, lançando um olhar choroso para Lucas.Como sempre, Rita assumiu o papel da boa moça e recolocou Amanda em sua cadeira.- Coma rápido, ou você não vai crescer. E se você não crescer, Igor vai te chamar de baixinha. Você quer ser chamada de baixinha?Ao ouvir isso, Amanda imediatamente pegou seu garfo e começou a comer sua refeição.- Eu não quero ser baixinha.- Coma mais devagar.Rita serviu um pedaço de carne para a filha. Sentado à sua frente, Lucas franziu a testa:- E o meu?Rita lhe lançou um olhar reprovador, mas ainda assim lhe serviu um pedaço de carne, dizendo brincalhona:- Toma, amigo Lucas, um grande pedaço de carne para você.A família estava reunida em alegria na mesa de almoço. George e seus amigos haviam saído para via
Depois das compras, Úrsula também tinha voltado para casa.Assim que chegou, trocou seus sapatos por chinelos no armário perto da entrada. Colocando a sacola de presentes que havia comprado atrás de si, ela se abaixou ligeiramente para espiar a sala.Abelardo e Igor estavam na sala de estar; Abelardo estava ocupado com seu laptop, enquanto Igor brincava com seus brinquedos ao lado.- Cheguei.Úrsula colocou rapidamente a sacola dentro de sua própria bolsa. Abelardo levantou a cabeça e se aproximou:- E então, comprou algo interessante hoje?- Não, não vi nada que gostasse.Abelardo sabia que ela diria isso. Desde que Úrsula começou a viver com ele, ela sempre foi frugal. Raramente comprava roupas novas e sempre dizia que as que tinha eram suficientes. Ela nunca comprava joias ou colares. Às vezes, Abelardo queria dizer a ela que não precisava economizar tanto. Abelardo acariciou o braço dela.- Você está cansada? São cinco horas. Se sente e descanse um pouco, vou preparar o jantar.Úr
Na manhã seguinte, durante o café da manhã, Úrsula recebeu um convite para uma reunião de colegas de ensino fundamental, organizada pelo monitor da turma e marcada para o meio-dia daquele dia. Úrsula mantinha contato com aqueles colegas, mas não estava disposta a ir, até que alguém a marcou numa mensagem do grupo.Mordiscando um pedaço de pão, ela abriu o chat e viu a mensagem. Algum rapaz curioso da turma havia marcado ela e dito:"Úrsula você vem ou não? Me lembro da vez em que você achou que Tobias gostava de você. Foi uma verdadeira comédia na sala de aula.”Outro colega logo acrescentou:"É verdade, eu me lembro muito bem disso. Agora Tobias já está casado com outra pessoa. Alguém sabe como está a Úrsula?”As insinuações eram claras: parecia que todos acreditavam que Úrsula ainda guardava sentimentos por Tobias. Isso a fez sentir uma onda de embaraço. Naquela época, ela era muito jovem e não entendia o que era gostar de alguém ou o que era amor. Era apenas um capricho adolescente
Assim que Úrsula e Igor entraram na sala reservada, todos na mesa voltaram seus olhares para eles. Durante seus anos de ensino médio, Úrsula nunca fora de uma família abastada. Além disso, gostava de passear no sol, o que fazia sua pele não ser tão clara como agora. Mesmo com um rosto delicado e animado, sua pele mais escura a tornava menos deslumbrante. Nos três anos após seu casamento com Abelardo, ela se cuidou muito bem. Sua pele melhorou e até sua forma física se tornou mais atraente. Talvez isso fosse o resultado do amor recíproco.Entre os antigos colegas de classe, muitos rapazes comentaram, sorrindo:- Úrsula está cada vez mais bonita!- Úrsula, este é seu filho? Ele já parece tão crescido!Ela apresentou Igor com um sorriso sutil:- Este é meu filho Igor, ele tem três anos.- Três anos? Você se casou bem cedo, não?Sem esconder nada, Úrsula respondeu:- Sim, me casei logo após a faculdade.Não muito depois de Úrsula se sentar, a esposa de Tobias entrou com ele. Vestida de for
Úrsula foi conduzida até o carro por Abelardo sob os olhares invejosos da multidão.Em mais de vinte anos de vida, Úrsula nunca havia andado em um carro tão luxuoso. A última vez que andou em algo parecido, foi o Maybach do marido de Rita.Mas aquele era o carro de outra pessoa. Agora, ela estava supostamente no carro do seu marido. Bartolomeu e Igor estavam sentados na frente. Bartolomeu dirigia, e Igor, como um pequeno adulto, estava confortavelmente acomodado no assento do passageiro.Enquanto isso, no banco de trás, Úrsula ainda não havia se recuperado da surpresa. Até que Abelardo a chamou:- Querida?Úrsula parou por um momento, então rapidamente se virou e perguntou:- Abelardo, você assaltou um banco ou algo assim?Abelardo estava sem palavras.Bartolomeu, que dirigia na frente, também ouviu. "Parece que a senhora realmente não tem ideia da fortuna do chefe. É apenas um Rolls-Royce, o que, na garagem de Abelardo, nem é o melhor carro. Ele escolheu este hoje para não ostentar d