Depois de algum tempo andando pelo hospital consegui ajuda e quando voltei ao quarto estavam a Dra Solano e o Gabriel me esperando.- onde diabos você estava? - ele perguntou me puxando pelo braço me colocando sentada na camaEu fiquei em silêncio e olhei para a Dra- quando eu vou sair?Ela sorriu e olhou para o Gabriel- achamos melhor te internar em um outro tipo de hospital?- ah vocês acham melhor? E com base em que você acha isso? Por acaso você tem especialização em outra coisa? Porque pelo que eu estou percebendo nem o seu trabalho você está fazendo bem! - como você ousa?!?- Chega Emy! Eu disse que iria cuidar de você e é isso que eu vou fazer!- ah tomando decisões por mim sem me consultar? Eu não pedi ajuda nenhuma com isso! Aliás pelo que eu me lembre eu nem te conheço o suficiente para você achar que pode tomar decisões por mim!Ele me olhava espantado, era hora de tomar as rédeas! Depois de tudo que eu passei eu não iria mais ser submissa a ninguém!- eu achei que seria
- como você aguentou tudo?!? - Gabriel me perguntou com os olhos arregalados - nem eu sei, naquele momento eu só pensava em lutar pela minha vida! - respondi sinceramente - e parece que vou ter que fazer isso de novo - eu não vejo outra maneira de vencermos esse julgamento a não ser falando tudo o que aconteceu com você! - Christian falava enquanto sentava ao meu lado me abraçando - não!!! Eu não quero que ninguém saiba de nada!- Emy, as pessoas precisam saber quem são essas pessoas! Outras pessoas podem estar correndo risco! Se eles fizeram isso com você quem dirá com outras pessoas!!! - disse Christian- não! Eles fizeram isso porque não gostam de mim! Eu tenho certeza que não fariam com outras pessoas - eles tem que pagar por tudo que fizeram com você! - Christian falava com raiva- não por favor!- ei, você não precisa ter medo! Eu vou te proteger! - disse Gabriel segurando as minhas mãos - não é isso, só não quero que ninguém saiba!- tudo bem! Vamos fazer o seguinte: se e
Eu fiquei alguns dias no hospital, eu não aguentava mais ter que sair e entrar em hospitais por conta de apenas uma pessoa: Ethan Graham!Eu recebia diversas mensagens da minhas amigas Rose e Jenny perguntando como eu estava e eu sempre dizia que eu estava bem, não podia contar nada para elas, tinha medo do que podia acontecer.Faltavam poucos dias para a primeira audiência, eu estava ansiosa pelo fim de tudo aquilo, eu sabia que as coisas estavam piores do que eu imaginava, desde que eu contei tudo para o Christian e Gabriel as coisas tomaram proporções que eu não imaginava, eu sentia medo não só por mim, mas por todos os envolvidos.No dia do primeiro julgamento eu estava ansiosa, eu não sabia o que me esperava! Eu me sentei na mesa junto com Peter e Christian e na outra mesa estavam Ethan e seus advogados, eu respirei fundo e tudo começou.Muitos fatos foram revelados apenas estavam os advogados e os clientes, era algo extremamente fechado e reservado como eu imaginava que seria.-
- como você descobriu? - perguntei confusa- sempre me pareceu estranho o fato de você sempre querer lidar com tudo sozinha, além de outras coisas… - ele sorria - que coisas?- quando o Dimitri me contou o que aconteceu em Paris, você não sentir medo e saber exatamente o que fazer - meu avô era policial… - respondi tentando justificar- sim, mas para isso vocês teriam que morar juntos. Me passou pela cabeça somente duas coisas, ou você perdeu seus pais ou por algum motivo você não poderia ficar com eles…- ué eles poderiam não querer ficar comigo - me sentei ao lado dele- não! Você não me parece alguém que teria sido abandonada pelos pais- como você poderia saber!??- porque eu fui! Eu fui fruto de uma relação extraconjugal e durante anos eu não tive contato com meu pai e minha mãe não gostava de olhar pra mim - Gabriel olhava para o nada com um olhar sombrio- sinto muito por isso! - respondi pegando as mãos deles, como forma de consolo- não se preocupe, já passei dessa fase! -
Assim que chegamos na casa do Ethan eu comecei a sentir o peso de tudo que estava acontecendo nas minhas costas, eu tentava entender tudo aqui que estava acontecendo, mas era difícil. Durante toda a minha adolescência eu jurei nunca me envolver com esse tipo de pessoa, eu passava muito tempo sozinha devido o trabalha dos meus pais.-Droga, o que eu posso fazer agora? Falei comigo mesma enquanto sentava na cama, meu corpo todo doía da viagem do tribunal até a casa, fiquei tensa o caminho todo, eu podia imaginar o que estava por vir, meu pai só se envolveria em casos extremos, depois que me mudei mantínhamos o mínimo de contato.Balancei a cabeça e decidi ir tomar banho para tentar relaxar e dormir, quando sai do banheiro vi que alguém estava sentado na minha cama, me assustei e tentei adaptar minha visão e reconheci imediatamente aquela figura, era o Ethan, com a camisa aberta, sentado olhando para o nada, quando ele percebeu a minha presença, suspirou e se levantou.- Não consigo ent
Eu me sentia cada vez mais confusa e precisava fazer alguma coisa com a minha vida, já não podia mais aguentar a pressão e de viver com medo constante do que poderia acontecer comigo ou com os meus filhos, eu sei que esse não era um bom momento para estar grávida, mas não acho que isso é um tipo de coisa que escolhemos ou até mesmo decidimos. A cada dia que passava eu me sentia mais presa e pressionada, já que agora além do Ethan tinha os meus pais que ficavam constantemente me cobrando atitudes e pior ainda uma decisão, por mais que eu odiasse admitir ficar ao lado do Ethan parecida ser o mais seguro, mas a realidade era que eu não confiava nele e me sentia mal por estar ali, era como se eu estivesse ocupando um lugar onde eu não pertencia ou pior que eu roubara, porque eu sabia que no fundo quem deveria estar ali era a Catherine. Por mais que eu tentasse eu não consegui senti raiva dela, eu sabia que não era recíproco e que ela me odiava e eu também me odiaria se fosse obrigada a a
Tentei acostumar minha vista a escuridão, vi uma figura entrar no meu quarto, me sentei e tentei ouvir alguma coisa, eu ainda estava um pouco confusa porque tinha acabado de levantar, foi quando senti um choque físico de algo batendo contra o meu rosto, senti o gosto de sangue e meu corpo foi jogado no chão força, meu primeiro instinto foi proteger minha barriga do que viria a seguir.Meu corpo doía e ia para trás a cada chute que eu levava, eu tentava falar mais não conseguia por conta do soco que eu havia levado minutos antes, como isso poderia estar acontecendo de novo? Deus será que eu não tinha sofrido o bastante com tudo isso? Eu tentava proteger minha barriga a todo custo, ele parou por alguns minutos e eu tentei me arrastar para debaixo da cama e ele me arrastou pelas minhas roupas sem dó, eu tentei gritar, mas a casa parecia estar em silência, ninguém podia me ouvir, será que era tudo aquilo um sonho, eu rezava para isso- Que pena que eu tenho que acabar com você, recebi ord
Ouvia um barulho que me incomodava, eu não conseguia desligar ou até mesmo fazer com que ele parasse, eu tentava me mexer e não conseguia por mais que eu tentasse meu corpo não me obedecia.Deus será que eu morri? Conseguia ouvir vozes e gritos de horror, senti meu corpo sendo levado, eu não entendia como eu podia estar consciente depois de tudo que eu tinha passado, eu sentia tanta dor que a cada passo que aquela pessoa dava segurando o meu corpo, era como se um osso meu se quebrasse e até mesmo minha pele se abrisse ainda mais, eu não era a melhor pessoa do mundo, mas o que eu poderia ter feito de diferente que tinha o poder de mudar meu destino é evitar passar por tudo isso?Lembro que quando era pequena, minha avó sempre me dizia que passamos e carregamos somente aquilo que conseguimos e podemos lidar, então como era possível tudo isso acontecer? Por mais que eu tentasse enxergar a situação de uma forma diferente, tudo parecia diferente agora, eu não sabia o porque de tudo isso? O