- como você descobriu? - perguntei confusa- sempre me pareceu estranho o fato de você sempre querer lidar com tudo sozinha, além de outras coisas… - ele sorria - que coisas?- quando o Dimitri me contou o que aconteceu em Paris, você não sentir medo e saber exatamente o que fazer - meu avô era policial… - respondi tentando justificar- sim, mas para isso vocês teriam que morar juntos. Me passou pela cabeça somente duas coisas, ou você perdeu seus pais ou por algum motivo você não poderia ficar com eles…- ué eles poderiam não querer ficar comigo - me sentei ao lado dele- não! Você não me parece alguém que teria sido abandonada pelos pais- como você poderia saber!??- porque eu fui! Eu fui fruto de uma relação extraconjugal e durante anos eu não tive contato com meu pai e minha mãe não gostava de olhar pra mim - Gabriel olhava para o nada com um olhar sombrio- sinto muito por isso! - respondi pegando as mãos deles, como forma de consolo- não se preocupe, já passei dessa fase! -
Assim que chegamos na casa do Ethan eu comecei a sentir o peso de tudo que estava acontecendo nas minhas costas, eu tentava entender tudo aqui que estava acontecendo, mas era difícil. Durante toda a minha adolescência eu jurei nunca me envolver com esse tipo de pessoa, eu passava muito tempo sozinha devido o trabalha dos meus pais.-Droga, o que eu posso fazer agora? Falei comigo mesma enquanto sentava na cama, meu corpo todo doía da viagem do tribunal até a casa, fiquei tensa o caminho todo, eu podia imaginar o que estava por vir, meu pai só se envolveria em casos extremos, depois que me mudei mantínhamos o mínimo de contato.Balancei a cabeça e decidi ir tomar banho para tentar relaxar e dormir, quando sai do banheiro vi que alguém estava sentado na minha cama, me assustei e tentei adaptar minha visão e reconheci imediatamente aquela figura, era o Ethan, com a camisa aberta, sentado olhando para o nada, quando ele percebeu a minha presença, suspirou e se levantou.- Não consigo ent
Eu me sentia cada vez mais confusa e precisava fazer alguma coisa com a minha vida, já não podia mais aguentar a pressão e de viver com medo constante do que poderia acontecer comigo ou com os meus filhos, eu sei que esse não era um bom momento para estar grávida, mas não acho que isso é um tipo de coisa que escolhemos ou até mesmo decidimos. A cada dia que passava eu me sentia mais presa e pressionada, já que agora além do Ethan tinha os meus pais que ficavam constantemente me cobrando atitudes e pior ainda uma decisão, por mais que eu odiasse admitir ficar ao lado do Ethan parecida ser o mais seguro, mas a realidade era que eu não confiava nele e me sentia mal por estar ali, era como se eu estivesse ocupando um lugar onde eu não pertencia ou pior que eu roubara, porque eu sabia que no fundo quem deveria estar ali era a Catherine. Por mais que eu tentasse eu não consegui senti raiva dela, eu sabia que não era recíproco e que ela me odiava e eu também me odiaria se fosse obrigada a a
Tentei acostumar minha vista a escuridão, vi uma figura entrar no meu quarto, me sentei e tentei ouvir alguma coisa, eu ainda estava um pouco confusa porque tinha acabado de levantar, foi quando senti um choque físico de algo batendo contra o meu rosto, senti o gosto de sangue e meu corpo foi jogado no chão força, meu primeiro instinto foi proteger minha barriga do que viria a seguir.Meu corpo doía e ia para trás a cada chute que eu levava, eu tentava falar mais não conseguia por conta do soco que eu havia levado minutos antes, como isso poderia estar acontecendo de novo? Deus será que eu não tinha sofrido o bastante com tudo isso? Eu tentava proteger minha barriga a todo custo, ele parou por alguns minutos e eu tentei me arrastar para debaixo da cama e ele me arrastou pelas minhas roupas sem dó, eu tentei gritar, mas a casa parecia estar em silência, ninguém podia me ouvir, será que era tudo aquilo um sonho, eu rezava para isso- Que pena que eu tenho que acabar com você, recebi ord
Ouvia um barulho que me incomodava, eu não conseguia desligar ou até mesmo fazer com que ele parasse, eu tentava me mexer e não conseguia por mais que eu tentasse meu corpo não me obedecia.Deus será que eu morri? Conseguia ouvir vozes e gritos de horror, senti meu corpo sendo levado, eu não entendia como eu podia estar consciente depois de tudo que eu tinha passado, eu sentia tanta dor que a cada passo que aquela pessoa dava segurando o meu corpo, era como se um osso meu se quebrasse e até mesmo minha pele se abrisse ainda mais, eu não era a melhor pessoa do mundo, mas o que eu poderia ter feito de diferente que tinha o poder de mudar meu destino é evitar passar por tudo isso?Lembro que quando era pequena, minha avó sempre me dizia que passamos e carregamos somente aquilo que conseguimos e podemos lidar, então como era possível tudo isso acontecer? Por mais que eu tentasse enxergar a situação de uma forma diferente, tudo parecia diferente agora, eu não sabia o porque de tudo isso? O
Após meu despertar, ouve um grande movimento dentro do meu quarto, os médicos e enfermeiros não conseguiam entender como eu tinha acordado, eu estava em coma há dois meses, na minha cabeça parecia que eu estava há apenas algumas horas, eu precisei ver o calendário para comprovar aquilo.Minha memória estava fragmentada e voltando aos poucos, devido aos ferimentos que eu tive na cabeça, isso me fez esquecer de algumas coisas e talvez levasse um tempo para elas voltassem ou talvez nunca mais voltassem, nada era comum no meu caso, após a visita de vários médicos e enfermeiros, tentei tomar coragem para perguntar algo que meu coração precisava saber?- E meu bebê?Houve um silêncio e todos se olharam, o Gabriel se aproximou dos médicos e falou alguma coisa, todos saíram e só ficaram no quarto meu pai, o Gabriel e o Ethan, eles se aproximaram da minha cama e eu olhava para todos sem receber uma resposta- Pai? - ele me olhou e uma lágrima caiu - Eu sinto muito queridaMeu mundo naquele mom
Pedi a ajuda de Dimitri, não podia envolver o Gabriel nisso, me afastei com a desculpa de que precisava de um tempo, era óbvio que ele sabia o que eu iria fazer, mas ele não me impediu e ele nem conseguiria fazer isso.Após muitas pesquisas descobri que de fato eles tinham algo em comum, era óbvio que os dois trabalhavam para o governo e que algo os unia, mas o que?Eu não podia perguntar diretamente até porque eles não iriam falar, mas eu precisava saber o que os unia? Seria algum tipo de trabalho? Eu não conseguia imaginar os dois trabalhando juntos.Se passavam os dias e nada, eu não conseguia descobrir quem fez aquilo comigo e muito menos sobre meus pais e o Ethan além dessa ligação do trabalho.A cada dia eu me sentia mais frustada, eu tinha dado entrada na papelada de divórcio e diferente da outra vez eu exigi meus direitos e o Ethan em nenhum momento de opôs a nada, eu iria usar aquele dinheiro para investigar o que eles escondiam.Meu telefone tocou e eu atendi prontamente era
- Eu não entendo…- Eu não o culpo e você também não deveria, imagina ser coagido e ter que conviver com a filha da pessoa que você mais odeia? Eu parei para pensar e agora tudo fazia sentido, inclusive o comportamento do Ethan e a forma como ele me tratava, eu não sei se eu faria diferente no lugar dele - Seu pai tentou te proteger e o Ethan proteger seu avô e a família, infelizmente a prejudicada nesse caso foi você, porque assim como seu pai o Ethan criou inimigos ao longo da sua jornada e eles na primeira oportunidade te capturaram sem saber sequer da sua existência e qual seu papel na vida dele, aquele episódio do cárcere foi apenas pura falta de sorte, porque o objetivo deles era torturar a Catherine e não você! Era óbvio que eles queriam atingir o Ethan e uma esposa de conveniência não iria causar o estrago necessário entende?- E como você pode me afirmar isso com tanta segurança? - perguntei desconfiada- Porque foi eu quem mandou que capturassem a CatherineEu me levantei,