– Sia não está grávida! – Sebastian Black afirmou. - Com certeza não de mim! – O que quer dizer? – Siena Robins sentiu uma pontada de esperança, mas se conteve. De forma alguma poderia começar a pular de alegria na frente de todas as pessoas. Ela sabia que seria patético, e sabia mais ainda que Sebastian Black não iria gostar. – Eu não durmo com a Sia tem muito tempo, Pax, e mesmo que... Siena Robins franziu a testa. Não havia como compreender aquilo de outra maneira. – Mesmo que? Que o que, Sebastian? Diga de uma vez! O homem parecia desconfortável em falar aquelas palavras na frente de todas as pessoas. – Nós vamos conversar depois. Agora não é a hora. Siena Robins sentiu aquela esperança indo embora outra vez... Por que tanta demora? Por que ele não podia contar ali mesmo? Siena Robins só precisava saber a verdade, não importava qual fosse. – Para que? Eu estou cansada, Sebastian. – Cansada do que? Siena Robins não deixou as lágrimas escaparem, mas o semblante de tristeza
Sebastian Black odiava aquele contato, odiava ainda mais ser tocado, mas Sia Campbell estava tonta, e se ela estivesse realmente gravida... O pensamento deixava Sebastian Black com raiva. Não que ele estivesse com ciúmes, mas aquela mulher jurava pelos quatro cantos do mundo que o amava tanto e que jamais se envolveria com outro homem, e no entanto, agora esperava um filho de outro. Sebastian Black sentia os dedos da Sia tocarem o pescoço, e cada calafrio parecia a pior sensação. Era sempre ruim quando ela tocava nele, e o Sebastian a segurou pelos pulsos, rompendo aquele contato irritante. Sia com certeza não era como a Pax. Não. A Pax tinha um toque suave e calmo que o fazia se sentir seguro. E aquilo tornava tudo muito mais estranho, por que a verdadeira Pax sempre causou repulsa e desespero. Sebastian sempre se lembrava da forma como a Pax costumava ser invasiva, e passar a mão nele sempre que estava sem camisa. Aquela mulher era sempre tão ousada que jamais diriam que nunca tinh
Siena Robins tentou decifrar a expressão no rosto do Sebastian Black, mas aquilo parecia tão impossível. Na verdade, tudo na vida dela parecia impossível naquele momento. Os pés dela estavam se movendo lentamente mais uma vez, e lá estava a dama de branco, tão graciosa quanto um anjo. As feições avermelhadas e delicadas de uma verdadeira princesa que passava por seu martírio pessoal. Os olhos dela estavam tão perdidos, como procurassem o nada, mas não para Sebastian. Não... Sebastian Black interpretava de outra maneira. – Esperando alguém? Siena Robins olhou para ele. Aquele característico olhar tão triste de desolação e desespero. – Ninguém. Quem eu estaria esperando nessa festa, considerando que todos me odeiam na cidade. Sebastian Black exibiu sua postura seria e rígida, como se somente a menção do nome de alguém incomodasse como facadas no peito. O homem pigarreou. – Não sei. Talvez o seu ex noivo? Siena Robins sentiu o corpo inteiro estremecer. – Oh, eu posso garantir que ele
Sebastian Black olhou para a mesa. Os dedos cheios de anéis caros segurava a bolsa com gelo para os pés da esposa, mas ela não estava mais ali. Na verdade, todos os lugares onde deveriam ter pessoas sentadas estavam completamente vazios. Um calafrio percorreu a espinha do Sebastian com grande brutalidade. Os olhos dele passaram a vasculhar por qualquer lugar que pudesse encontrar a esposa, mas não a viu. Não viu nada além de um grupo de pessoas aglomeradas em um grande circulo. Um círculo... Uma aglomeração...merda! Sebastian andou rápido, em direção as pessoas que falavam alto e brigavam com algo no meio deles. Os braços fortes do Sebastian Black abriram caminho entre a multidão rapidamente. A visão que chegou as olhos dele pareciam quase inacreditáveis. Os olhos dele encontraram o rosto da esposa primeiro. Uma criança na frente dela, de olhos assustados que buscava algum refúgio, uma mulher grávida que praticamente se debruçava no chão, deixando a barriga avantajada em risco ao ag
Siena Robins deixou a sala, mesmo quando o Sebastian Black tentou segura-la pelo braço. Mesmo quando ele pediu que ela ficasse. Mesmo quando ele gritou pelo nome dela. Mas Siena nunca poderia responder a aquele nome, e na verdade, havia se esquecido completamente de que se chamava Pax agora. Sebastian Black ficou para trás. O olhar julgador dele para aquelas pessoas. No fundo, todo mundo sabia a verdade, até mesmo ele imaginava o que tinha acontecido, e também esperava que as pessoas não fossem honestas. O homem grande se abaixou até estar próximo ao pequeno garotinho em pé, com seu olhar assustado no meio do salão. Todas aquelas pessoas o deixava desesperado, mas o pandemônio estava formado, e não havia escolha. Não tinha como escapar. Sebastian Black, mesmo ajoelhado, tinha o triplo do tamanho da criança. Ao tocar os ombros do garoto, o corpo frágil e pequeno estremeceu como um convulsivo. Mas o homem rígido ainda olhava para ele, com a mesma severidade que fazia com uma pessoa ad
– Por favor, Sebastian, você não pode acreditar nisso! Sebastian? – Ipisilon! – Senhor? – O segurança praticamente correu até ele. – Leva a senhorita embora! – Sebastian nem mesmo olhou para a mulher quando deu a ordem. – Mas Sebastian, eu não quero ir. Ainda não acabou aqui. Eu quero estar do seu lado. Sebastian Black ainda não tinha coragem o bastante para olhar para aquela mulher. Tantos anos em que ela se sacrificou apenas para ajuda-lo, e agora, ele não sabia o que fazer. Sia Campbell já tinha sido uma mulher doce e carinhosa no passado, mas agora estava transformada. Sia se quebrou, e se corrompeu, e Sebastian, mais que ninguém podia entender aquilo. Agora, não havia castigo que parecesse justo o bastante. O que ele deveria fazer com ela? – Isso não é um pedido, e eu não te dei opções. Sia Campbell balançou a cabeça. Aquele sinal de derrota tinha um gosto tão amargo, e fazia a mulher se lembrar de quando não tinha absolutamente nenhuma vontade para nada. Tudo na vida da S
Sebastian Black estava sendo seguido enquanto andava até o lado de fora do salão. Os olhos dele percorreram por todos os lugares, mas não havia qualquer sinal da Pax naquela festa, no jardim. O homem tocou a testa que doía com a maldição de noite que deveria ter sido gloriosa. Ele sabia que deveria ter acreditado nela. Sebastian sabia que não tinha como fingir tanta ternura por alguém, mas mesmo assim preferiu duvidar. – Encontrem ela! – A ordem foi dada, e rapidamente cumprida. Todos os homens estavam correndo ao redor, procurando pela esposa do Sebastian Black, mas ele não. Sebastian se sentou no jardim... aquela maldita angústia estava começando a doer mais uma vez. Como ele odiava sentir dor. Como ele odiava sentir que estava vivo como nunca mais tinha sentido. Sebastian esperou, e esperou, mas não tinha notícias da esposa. Aquilo estava começando a deixa-lo mais aflito. Como era possível que três homens não conseguissem encontrar uma mulher pequena e frágil? Uma mulher doente?
Duas horas passaram como pássaros voando em alta velocidade sobe o céu nublado. Estava tão quente naquele dia, e agora, Sebastian Black amaldiçoava o tempo. Sebastian amaldiçoava a Sia Campbell. Sebastian amaldiçoava a si mesmo. Tantos lugares por onde ele procurou e andou, gritando pelo nome da esposa, mas sem saber que Siena Robins nunca responderia por Pax. Na verdade, a moça costumava sempre se esquecer de que aquele era o seu nome, e aquilo nunca parecia algo bom. Dáda parecia desconfiar dela em muitos momentos. Sebastian bateu na porta da casa pequena. Se a Pax já se abrigou naquele lugar uma vez, talvez ela esteja ali agora. – Vocês viram a minha esposa? O homem ainda fechava a calça. Estava em uma sessão de sexo com sua namorada mais velha, porém, Sebastian não notaria aquilo naquele momento. O homem estava tão aflito que um raio poderia cair diante dele, e ainda assim, Sebastian não o veria diante dos olhos atordoados. Tantas vezes em que ele praguejou aquele nome e a odio