Sebastian Black andou até a sua mansão. Ele estava muito cansado. Todos estavam. Sua aparência não era boa. Não até que ele colocasse os olhos na linda figura que lia, em baixo de uma arvore. Os sons do vento foram a única coisa que ele conseguiu escutar no mundo que parecia completamente parado. Era como se só existisse os três naquele planeta. Apenas ele, Zozo e Pax. Sua Pax. Mas ninguém. O sorriso deixou os lábios da mulher, e ela juntou as mãos em uma palma gloriosa que se seguiu por outra, e outra. Zozo estava fazendo um bom progresso. Desde que sua mãe foi assassinada por ordem da Pax e do barão, aquela menina jamais quis aprender qualquer coisa. Para que serviria, se acabaria parando na cama do barão, como tantas outras. Zozo foi treinada e preparada para servir, e nada mais. Mas agora ela estava aprendendo a ler. Zozo estava fazendo coisas que se recusou por tanto tempo, e que ninguém no mundo jamais foi capaz de convence-la. O coração do Sebastian Black se aqueceu, e era um
Siena Robins ainda estava na cozinha, ensinando a sua nova amiga a como preparar as refeições. Os funcionários tinham que admitir: aquela mulher podia até ser o diabo no passado, mas tinha seu charme. E agora que ela parecia ser tão boa, não havia motivos para continuar a cultivar seus ódios enraizados que cresciam como ervas daninhas. Todos eles decidiram deixar morrer. Ninguém deveria alimentar ou dar água para que aquela planta do ódio voltasse a crescer com toda a sua força e esplendor de destruição. Siena Robins sentiu mãos fortes a tocando por trás. Um beijo quente atingiu sua nuca fina. Um contato como aquele teria enchido completamente o coração da mulher de medo, mas agora, ela tinha um claro e grande sorriso nos lábios pequenos cor de cereja. Sebastian segurou nas mãos pequenas e a girou em um único rodopio. Um beijo na boca e o mundo girava. Eram só os dois ali, naquele momento. Mas ainda havia suspiros ao redor. Suspiros irritantes e estranhos. Suspiros de pessoas que ob
– Pax? Pax, acorde! – Tapas e mais tapas fracos no rosto. Siena abriu os olhos devagar. As lembranças começavam a surgir em sua mente, mas elas eram terríveis. As lembranças doíam a cabeça, doíam coração e doíam na alma. Uma lágrima solitária escapou, antes mesmo que ela pudesse abrir os olhos. Aquela visão, ainda na casa. Oh, ela se lembrava bem da sensação. Cada detalhe dela. – O que... Acho que eu tive um sonho terrível. – Siena Robins revelou, ao encarar o semblante de preocupação que olhava para ela também. Sebastian Black tinha os olhos aflitos, mas o rosto tão frio quanto sempre. Um certo alívio se apoderou dele, e por quase um segundo inteiro ele cogitou sorrir. Mas Siena Robins piscou e tudo desapareceu como o vento em um dia quente. – Você precisa se alimentar melhor. Vou mandar que chamem um médico. – Sebastian tinha a voz fria, mas verdadeiramente preocupado com ela. – Enquanto isso, acho melhor que você vá para o quarto! – Aquilo nem mesmo parecia um pedido. Siena Ro
– Eu já sei de tudo! – Sebastian, eu sinto muito. – Por quanto tempo você achou que esconderia isso de mim? Siena Robins sentiu uma dor imensa invadindo cada pedaço do seu corpo. Suas mãos tremiam tanto que ela mal conseguia segurar qualquer objeto entre os dedos. Pela primeira vez em toda sua vida, ela desejou beber alguma coisa. Qualquer coisa. – Eu só queria que você tivesse confiado em mim o bastante. – Os olhos dele eram tão bravos. Parecia conter um furacão dentro da imensidão azul do mar. Seu semblante era uma grande confusão. Sebastian Black não sabia o que fazer diante de tudo aquilo. O desmaio foi apenas uma confirmação do que ele não sabia. Mas ele tentou. Sebastian tentou tanto, tanto, acreditar que era uma grande mentira. Os olhos da Siena Robins estavam tão molhados naquele momento. Siena estava sentada na cama, por cima das próprias pernas. Seu rosto estava um caos, e ela agradeceu por não usar maquiagens, ou estaria um mar de borrões pretos em seu rosto. A antiga P
O casal nem mesmo fez sexo durante a manhã. Sebastian Black levantou da cama muito cedo. Cedo demais. Muito antes que a Pax estivesse acordada. Era como tentar fugir de uma realidade que ele precisava enfrentar, mas não queria. Não, ele não podia se tornar um viúvo outra vez. Sebastian jamais aguentaria suportar todas as lamentações que havia recebido aos montes de cartas, preso em uma cadeia injusta. Sebastian Black não podia mais suportar as lembrasse de como a Pax contou tão vividamente sobre a morte de sua esposa, embora nunca tenha realmente assumido que ela tenha feito aquilo. Era uma cena tão perfeita. Mãe e filha saiam de casa. A esposa do Sebastian Black a muito, havia deixado de visitar o marido na prisão. Desde que ele havia sido preso por ser encontrado na cama com uma garota menor de idade, sua esposa, Ketryn, jamais voltou a olhar para ele. Aquilo era impensável, inaceitável, e não houve um só instante em que ela parou para ouvir a verdadeira história sobre aquela noite
Siena Robins vestiu uma roupa simples outra vez. Talvez agora ela não precisasse mais fingir. Agora ela podia simplesmente se enterrar na cama, sempre que tinha as malditas dores do remédio. Mas não naquele momento. Siena tinha algo mais urgente do que agonizar em cima de uma cama confortável. A mulher se cobriu com um casaco. Estava muito frio aonde ela morava, e o lado de fora ainda era atingida por fortes chuvas que apagavam tudo ao redor. O solo, as plantações, os animais, tudo parecia tentar fugir da água brutal que caia do céu como em um dilúvio, mas não Siena. Siena Robins simplesmente colocou seus pés para fora, e esperou que o casaco fosse o bastante para protege-la da água gelada. O frio... Siena Robins sabia que não deveria estar no meio de tanto frio, mas o que precisava fazer era tão urgente que não podia esperar até que o mundo não parecesse mais estar desabando. Siena bateu na porta várias vezes. Parecia ter tanta pressa de que não fosse vista entrando naquela casa, o
Bruce Jacobs parecia tão transformado. Aquele homem sempre sido lindo, mas agora, Siena Robins já não achava mais que ele fosse tão atraente quanto se lembrava. Na verdade, a comparação do Bruce contra o Sebastian parecia quase ridícula, quase a beira do absurdo. Era claro que o Sebastian Black era como um Deus do amor, enquanto Bruce Jacobs era o seu escudeiro fiel. Mas não havia nada de fiel no Bruce, e a Siena tratou de corrigir isso nos pensamentos também. – A pergunta que eu me faço é: como você tem conseguido enrolar ele por tento tempo? Siena Robins distorceu o rosto. Era sempre comum que ela estivesse triste, preocupada, doente, ou qualquer outra coisa, mas confusa. Não, não fazia parte do repertório frequente da Siena nos últimos meses. – Do que você está falando? – Você me entendeu muito bem! Siena Robins ergueu a cabeça. Bruce Jacobs jamais voltaria a vê-la chorando outra vez. Não por ele, e não por causa dele. Não, não, não! – Não, eu não entendi. Você precisa ser mais
– Algum problema aqui? – Sebastian Black perguntou. Havia uma cena peculiar naquele cômodo. Uma mulher cobria a boca com as duas mãos, e um rapaz tentava não vomitar em si mesmo novamente. Sebastian Black olhou para tudo aquilo, e ainda se esforçava para compreender algo, mas tudo parecia estranho. – Está tudo bem. Não se preocupe! – Bruce Jacobs revelou.Mas Siena Robins tremia de medo. A forma como o marido olhava para ela, parecia uma indicação de que talvez ele soubesse de tudo. Sebastian deveria saber, e era isso. Agora seria o melhor momento para dizer a verdade. Siena respirou fundo e abriu a boca. – Sebastian, é que... O homem parecia o mais atencioso. Seus lábios formavam uma linda que ponderava entre o riso e a preocupação. Siena era sempre uma bela imagem para ele, mas agora, havia se tornado o maior motivo dos tormentos. Os pesadelos... Todos eles voltaram com intensidade. Todos! – Pode me dizer. Eu vou tentar entender o que você veio fazer nesta casa, a uma hora dessa