— Seu irmão é meu bom amigo, ele também me ajudou muito. Fazer isso por ele é o mínimo , e também não foi tão difícil, simplesmente ninguém havia feito antes. Eu só estava no lugar certo na hora certa. — Jaqueline não considerava que tinha feito algo digno de mérito.Isabelly sorriu:— Jaqueline, não seja tão modesta, de qualquer forma, desta vez, meu irmão com certeza vai te amar ainda mais.O sorriso no rosto de Jaqueline subitamente congelou, e ela olhou para Isabelly atônita.Quando Isabelly terminou de falar, seus lábios se apertaram e sua expressão também congelou, um lampejo de pânico passou por seus olhos."Droga, falei demais."No corredor, George estava prestes a virar a esquina para entrar no quarto do hospital quando de repente parou, como se tivesse sido atingido por um raio.Ele rapidamente recuou, se virou e encostou as costas na parede.A porta do quarto estava ao lado, mas ele não ousava entrar.Sua respiração se tornou ofegante."Maldita Isabelly, o que ela estava pen
— Isso é bom. — Continuou Isabelly. — Mas eu tenho uma condição: entre mim e meu irmão no seu coração, eu definitivamente tenho que ser a primeira. Sou sua melhor amiga, sem igual.Jaqueline, visivelmente confusa, respondeu:— Mas Isabelly, eu tenho outros amigos também, uma delas é a Hebe Cardoso, com quem mantenho muitos anos de amizade e que também considero uma grande amiga.Ela não poderia simplesmente esquecer suas antigas amizades por causa de novos amigos.— Hebe Cardoso?Ao ouvir esse nome, Isabelly franziu a testa:— Quem é ela? Que coincidência, ela também era uma Cardoso.— Sim, ela tem o mesmo sobrenome que você, também é uma Cardoso.Na verdade, o sobrenome Cardoso não era tão comum, e ela acabou conhecendo três amigos com esse sobrenome, uma coincidência de probabilidade tão pequena.— Há quanto tempo vocês se conhecem? — Perguntou Isabelly.— Há mais de dez anos. — Respondeu Jaqueline.— Dez anos? — Isabelly expressou choque. — Tanto tempo assim, como eu poderia competi
Isabelly se animou de imediato, como uma criança que se acalma facilmente.— Viu só, irmão? Você ouviu? Você estava me repreendendo, e a Jaqueline nem sequer está irritada comigo. Você que está interferindo demais.Ao ver George franzir a testa, Jaqueline se apressou em intervir:— Por favor, parem de brigar, especialmente por minha causa. Isso realmente me deixa triste.Percebendo a expressão de desconforto em Jaqueline, os irmãos imediatamente se silenciaram.Com a cessação da discussão, Jaqueline pôde finalmente relaxar. Ela ergueu a cabeça e notou o curativo na testa de George, que já havia sido tratado.— George, você se machucou em algum outro lugar?Quando ela chegou à Mansão dos Cardoso naquele dia, a testa de George já exibia a ferida, e ela não sabia se ele havia sido agredido de outra forma pelo pai antes disso.— Não se preocupe, Jaqueline. — Disse Isabelly. — A pele do meu irmão é realmente grossa.George queria rebater Isabelly, mas, com Jaqueline presente, se conteve par
No quarto do hospital, restavam apenas os dois, e George exibiu um sorriso constrangido.— Jaqueline, você não precisa se preocupar com Isabelly, ela nunca pensa antes de falar.Jaqueline respondeu:— Não tem problema, eu até aprecio isso nela, ela não tem más intenções.Jaqueline se levantou da cama e se inclinou para calçar os sapatos.George se aproximou imediatamente e se agachou:— Me deixe ajudá-la.Ele se ajoelhou, segurou o tornozelo dela e pegou um dos sapatos. Jaqueline, instintivamente, tentou recuar.Percebendo isso, George olhou para cima e disse:— Me permita fazer isso, você está com hipoglicemia e pode sentir tontura em breve, o que não é bom para o bebê.Após dizer isso, ele abaixou a cabeça e cuidadosamente colocou o pé dela dentro do sapato. Ele estava apenas ajudando ela a calçar os sapatos, com movimentos gentis e cuidadosos.Jaqueline olhou para baixo e observou George a calçando, seus olhos se turvaram por um momento. Aquela cena era muito familiar e, de repen
— Não, eu não estou te evitando, só estou menstruada, não é nada sério, e ainda fiz você vir até aqui à toa, me sinto um pouco mal por isso. Ela sabia que Roberto era muito ocupado e, normalmente, tentava não incomodá-lo. Ela era bem comportada e quieta. Eles ainda estão nos primeiros anos de casamento e, durante esse tempo juntos, Jaqueline estava aprendendo a ser uma boa esposa, se esforçando para tratar Roberto como seu marido e interagir com ele de maneira natural, como um casal. Mas, de certa forma, ela ainda sentia que isso era um pouco surreal. Diante de Roberto, ela ainda tinha a sensação de que ele era algo inalcançável. Era como se uma garota comum estivesse apaixonada por um ídolo distante, pensando nele dia e noite. Então, um dia, ela se casou repentinamente com esse ídolo. Eles se tornaram marido e mulher, e seu coração ficou agitado e confuso, sem saber como agir ao redor dele, cuidadosa com cada movimento, com medo de desagradá-lo. — Por que você se sentiri
Seu olhar distante carregava um misto de melancolia e tristeza, e suas mãos apertavam os lençóis com força, enquanto os cantos de seus olhos estavam levemente avermelhados. Ao ver o olhar de Jaqueline, George pareceu compreender a causa de seu devaneio. Ele baixou levemente os cílios, e seus olhos escureceram por um momento antes de ele erguer novamente a cabeça, exibindo um sorriso.— Pronto. — Disse George, se levantando e estendendo a mão para ela. — Vamos.Jaqueline voltou a si e olhou para ele, confusa:— Fazer o quê?George explicou: — Vou te ajudar a andar. E se você cair? — Explicou George, falando de maneira natural, como se conversasse com uma boa amiga, sem formalidades ou segundas intenções.— Ah. — Jaqueline compreendeu, se recordando involuntariamente de Roberto e se sentindo frustrada por isso. Ela tentou expulsar o nome de Roberto de sua mente e deu a mão a George.George ajudou Jaqueline a se levantar da cama, segurando seu braço enquanto a conduzia para fora do qu
— Porque eu compreendo profundamente como você se sente: toda a família te despreza, você não possui posição alguma em casa, nem nas festas de Ano Novo ou em outros feriados alguém te convida, você é praticamente uma exilada. Por isso, você se agarrou ao Roberto, se casar com ele era sua única saída para elevar sua posição social, até mesmo para se vingar da família Neves!Tudo sobre Ângela estava completamente exposto diante dos olhos do homem, nada permanecia oculto.— Quem é você, afinal? — Indagou Ângela, cerrando os dentes seriamente.O homem sorriu e revelou:— Eu sou o filho bastardo que seu pai teve fora do casamento, sou seu irmão.Ângela, chocada, exclamou:— O que você disse?— Eu disse que somos iguais, ambos desprezados. Nosso pai teve um caso, me concebeu e depois me abandonou. Somos ambos filhos da família Neves, por que só eu deveria sofrer e viver afastado? Portanto, compartilhamos o mesmo objetivo. Então, eu te consigo um coração e, quando eu precisar de você, você ta
George levou Jaqueline de volta ao apartamento dela. Jaqueline serviu a ele um copo de água e disse: — George, obrigada por me trazer em casa. — Não foi nada, já liguei para alguém trazer seu carro de volta, deve chegar em breve. — Tudo bem, obrigada. — Agradeceu Jaqueline novamente. — Não precisa ser tão formal comigo, sou eu quem devo agradecer. — George olhou para ela intensamente. — Se não fosse por você, eu provavelmente estaria no hospital agora. — Foi sem esforço. — Disse Jaqueline modestamente. — Não, não foi sem esforço. — O olhar de George aqueceu um pouco. — Você se esforçou muito, estando grávida e ainda passando a noite em claro por minha causa... Realmente me sinto culpado, preferiria ter apanhado. Se algo acontecesse a Jaqueline por isso, ele se sentiria culpado pelo resto da vida. — Não fale assim. — Disse Jaqueline, gentil e calmamente. — Somos amigos, não precisa ser tão formal. — O que eu posso fazer para retribuir? Diga, e eu farei. — George esta