- Cacete!Ao pensar nisso, Felipe praguejou baixo, com força, bateu a porta do carro e acendeu um cigarro.Francisco, ao ver essa cena, ficou assustado demais para falar. Ele raramente via o Sr. Felipe fumando, exceto por um período, há um ano, quando Gisele faleceu, onde se podia dizer que ele estava constantemente entre fumo e bebida, um retrato de desolação e decadência. Mas agora, por causa daquela mulher, ele acendia um cigarro novamente.- Verifique. Eu preciso saber onde ela está!Não podia perder sua mulher novamente.- Sim. - Francisco respondeu.Dez minutos depois, ele tinha as últimas notícias sobre Gisele.- Sr. Felipe, vinte minutos atrás, a Srta. Gisele foi para a cidade pequena com flores.- Cidade pequena com flores? - Felipe murmurou com os lábios apertados, falando devagar.- Sim. - Francisco assentiu.Felipe ordenou friamente:- Compre a passagem.- Sr. Felipe, não há mais trens para a cidade pequena com flores esta noite.- Há trens para cidades próximas? - Ele perg
- A pequena cidade com flores se desenvolveu graças ao turismo. Para chegar às pequenas cidades não desenvolvidas ao redor, é essencial passar por aqui. Serve como um ponto de trânsito, e muitos pequenos comerciantes vêm para a cidade com flores para fazer negócios. À noite, tranque as janelas, é preciso ter muito cuidado com a segurança! - Tomás aconselhou Gisele, colocando a segurança em primeiro lugar.- Tudo bem, eu vou lembrar do que você disse!- Mantenha contato comigo a qualquer momento! Eu vou segurar as pontas aqui no grupo! - Se não fosse pelo fato de Gisele não ter muita confiança no grupo, Tomás definitivamente teria ido com ela.- Entendido.Depois que a ligação foi encerrada, Gisele se lavou e logo adormeceu.Mas ela não teve uma noite tranquila.Ela sonhou que estava de volta ao incêndio de um ano atrás, o fogo consumindo ela, a dor penetrante se espalhando por todo o seu corpo...De repente, um relâmpago cortou o céu seguido por um trovão estrondoso.Ela acordou em um
Seu dorso colidiu com o chão, as pernas foram atingidas pela queda de um criado-mudo, os braços arranhados por cacos de vidro e o sangue começou a cair. A intensa sensação de dor a fez ficar ainda mais alerta. Ela mordeu o lábio inferior com força e estendeu a mão para agarrar o canto da mesa, tentando se levantar.Então, vieram mais alguns estrondos!De repente, o alarme do hotel soou e as vozes ansiosas dos funcionários foram ouvidas:- Por favor, todos os hóspedes devem usar a escada de emergência para ir até a área de lazer no sexto andar, não levem nenhum objeto de valor, e se apressem!A voz repetitiva dos funcionários de repente parou! Desta vez, a energia realmente foi cortada!Gisele suportou a dor, aos poucos se levantando, caminhando com dificuldade em direção à porta. Ela segurou firmemente a maçaneta, usando toda sua força para abrir a porta!Um estrondo, o vento estava tão forte que a porta se fechou com um golpe!Os vidros no final do corredor também foram estilhaçados,
- Por que você está usando óculos escuros? - Gisele perguntava, montada em suas costas, confusa.- Não é óbvio? Para evitar causar um alvoroço. Você sabe, tenho tantos fãs, seria um problema se bloqueássemos o caminho.Gisele ficou sem palavras e murmurou:- Mas com óculos escuros, você chama ainda mais atenção...Óscar ficou perplexo, incapaz de rebater, já que Gisele estava absolutamente certa.- Então, me ajude a tirar. Não é conveniente com você nas minhas costas.- Claro. - Gisele respondeu prontamente, estendendo a mão que não estava ferida para gentilmente remover os óculos que repousavam sobre seu nariz proeminente.Esse simples gesto fez Óscar desacelerar um pouco, seu coração começou a bater de forma inexplicável e desordenada, talvez por estar carregando ela até o sexto andar?Ao chegarem ao sexto andar, vários viajantes com ferimentos superficiais estavam sendo atendidos com curativos simples, enquanto alguns funcionários distribuíam água e biscoitos, contando o número de p
- O que foi? - Óscar se virou para olhar para Gisele.- Tome cuidado...- Relaxa, eu sou o Óscar Azevedo! - Dizendo isso, Óscar fez um gesto de "OK" para Gisele.- Os meus óculos escuros, guarde eles para mim, depois eu venho pegar com você! Fica aqui descansando!- Tudo bem. - Gisele concordou imediatamente.Em seguida, Óscar se juntou rapidamente ao grupo, seguindo os locais para ajudar no resgate.Não se sabe quanto tempo passou, o vento forte gradualmente cessou, as ruas estavam inundadas, a água corria sem parar em direção aos lugares mais baixos com velocidade extrema.A chuva continuava caindo, sem mostrar sinais de enfraquecimento.Olhando para baixo através da janela cheia de chuva, a água já estava tão alta quanto dois andares, muitas casas estavam seriamente danificadas.Devido ao cansaço, Gisele estava meio sonolenta.De repente, uma mulher na área de lazer começou a gritar:- Olhem! Uma criança, uma criança está sendo levada pela água!- É mesmo uma criança! Não tem ningué
Os passageiros se esforçavam para lançar a corda em sua direção.Uma vez...Duas vezes...Três vezes...Incontáveis tentativas foram necessárias até que ela finalmente conseguiu alcançar a corda com dificuldade.- Siga minha mão, suba devagar, vou amarrar a corda em você! - Gisele encorajava.Entre soluços, a menina gritava:- Irmã, eu não tenho mais forças...- Você consegue! Eu acredito em você! Não podemos desistir até o último momento!Gisele sentia suas próprias forças se esvaindo, mas precisava manter a menina esperançosa. A salvação estava à frente, elas ficariam bem!A menina assentiu, se agarrando ao braço de Gisele, diminuindo a distância entre elas aos poucos.Com esforço, Gisele e a menina conseguiram amarrar a corda corretamente.Então, Gisele instruiu:- Escute, segure nesta corda com todas as suas forças, não a solte por nada, entendeu?- Sim. - A menina assentiu obedientemente, demonstrando bravura apesar do medo.Gisele, com dificuldade, levantou o braço ferido, sinali
Gisele ficou surpresa, não esperava que ele dissesse isso. Ela levantou a cabeça para olhá-lo.Ele deu uma risada leve e retrucou:- Se você morresse, como iria se vingar de mim?Gisele franziu as sobrancelhas delicadas, realmente não era hora de ficar irritada. Ela apertou os lábios e estendeu os braços para abraçá-lo.Felipe sentiu a força vindo de sua cintura enquanto nadava com Gisele em direção ao barco de resgate. Cada movimento puxava a ferida em suas costas, mas ele suportou a dor e a levou até o barco de resgate, ajudando com os socorristas a colocá-la a bordo...Felipe subiu a bordo com os braços e imediatamente checou os braços de Gisele. Ela tinha ficado muito tempo na água e suas mãos estavam começando a embranquecer.- Caixa de primeiros socorros.Ele viu alguns ferimentos em seus braços começando a se deteriorar, franzindo a testa em dor, com o coração apertado de preocupação.Rapidamente, um dos socorristas passou a caixa de primeiros socorros para ele.Felipe pegou a c
- Felipe, acorda! Felipe, se você morrer, como vou me vingar? Acorda, por favor!Ela tentou manter distância dele, não queria que ele pagasse com a vida por ela! Esse preço era muito alto, algo que Gisele definitivamente não desejava!Gisele não sabia quantas vezes o chamou, sua voz melodiosa estava um pouco rouca, mas ele não mostrava sinais de despertar.O sangue de suas feridas simplesmente não parava, a gaze já estava completamente encharcada de vermelho, ficando um pouco pesada, o sangue escorria pelos dedos de Gisele...Tudo era tão horrível....Vinte minutos depois, eles chegaram ao hospital.- Rápido, doutor! Enfermeira! - Gritavam os socorristas.- Temos um ferido grave aqui, levem ele imediatamente para a sala de emergência! Depressa! - Um homem organizando o local correu até lá primeiro e, ao ver Felipe deitado na maca, sua expressão mudou drasticamente. - Sr. Felipe?Rapidamente, Felipe foi colocado na maca de emergência e vários voluntários a empurraram em direção à sala