- Tia, você se esforça tanto, cuidando das coisas da Entretenimento Botelho e ainda precisa visitar o Joaquim depois do trabalho. Eu e meu irmão realmente lhe damos trabalho. - Gisele falou com um ar de culpa fingida e, em seguida, fez uma reverência. - Obrigada, tia.- O que é isso, querida! Já disse antes, somos uma família! - Diana, com uma hipocrisia palpável, imediatamente avançou para ajudar Gisele a se erguer.Gisele olhou para a falsa Diana à sua frente, se sentindo nauseada.Ela realmente deveria agradecer a Diana, por em apenas dois dias, ter colocado a Entretenimento Botelho em tal estado de desordem. Nesse ritmo, a empresa correria o risco de fechar as portas!Gisele não mostrou nenhuma insatisfação em seu rosto e continuou sorrindo para Diana.Naquela tarde, como no dia anterior, Diana procurou todas as desculpas possíveis para impedir que Gisele se envolvesse.Gisele não disse muito, apenas se sentou em um sofá ao lado, lendo os e-mails e os documentos que Felipe lhe envi
- E então? Você está realmente esperando que ela recupere a memória? - Felipe falou com um tom carregado de significado.Diana ficou momentaneamente surpresa e sua expressão rapidamente escureceu.- Independente de Gisele recuperar a memória ou não, como tia, só espero que ela esteja segura e bem.- É mesmo? - Felipe soltou uma risada leve. - Então você é uma tia muito competente.A ironia estava clara em suas palavras.Gisele, contendo um sorriso, olhou para Felipe com uma expressão mais séria e puxou levemente a barra de sua roupa.- Como você pode falar assim com a tia? Ela é minha parente mais velha, e sua também. Você não deveria falar dessa maneira... - A voz de Gisele era suave e delicada, exatamente como costumava ser.Ouvindo Gisele defendê-la, Diana rapidamente entrou na conversa:- Não se preocupe, Gisele, eu entendo. O Sr. Felipe sempre foi assim, eu não vou ficar chateada.Gisele, visivelmente desconfortável, assentiu e então olhou novamente para Felipe, dizendo:- Viu, co
- Tenho medo que você fique com fome. - Felipe disse, com os lábios levemente entreabertos, pronunciando apenas essa frase.Gisele piscou.- Então você comprou uma mesa inteira de lanches?Não era à toa que ele havia trocado de carro. Em um carro comum, realmente não haveria espaço para tudo!- São todos lanches que você já comeu. - Ele afirmou com convicção.Gisele olhou para a mesa e, de fato, como ele disse, todos eram lanches que ela havia comido antes.Ela sabia muito bem que a memória dele era impressionante.- Então, porque você não sabe o que eu realmente gosto, você comprou todos os lanches que se lembra de me ver comendo?- Sim. - Felipe parecia um pouco desconfortável.Era a primeira vez que ele fazia algo do tipo. Para ele, parecia quase ridículo, mas ele fez mesmo assim, por ela.Gisele, observando seu esforço desajeitado para agradá-la, mal podia acreditar que isso era algo que Felipe faria.Por algum motivo, ela se sentiu tocada.Mas então, ela sorriu amargamente.Então
Na manhã seguinte. Gisele descia de elevador para o térreo. Assim que chegou ao térreo, um dos empregados imediatamente lhe entregou uma caixa de madeira para comida, cumprimentando ela respeitosamente:- Srta. Gisele, bom dia.Gisele olhou para a caixa que o empregado lhe entregava, um tanto surpresa.Ela reconheceu, era uma caixa de doces da S pastelaria.- De onde veio isso?O empregado sorriu e disse:- Foi o Sr. Felipe que trouxe para Montanha da Cidade L esta manhã, ele me disse para entregá-la pessoalmente a você quando acordasse.De repente, a conversa de ontem no carro ecoou em seus ouvidos."Primeiro me diga, o que você gosta de comer?""Os doces da S pastelaria.""Certo."Então ele realmente foi até Cidade K comprar os doces?Essa viagem de ida e volta levaria várias horas. Ele tinha saído da Montanha da Cidade L de madrugada?- Ele que comprou? - Gisele perguntou.O empregado acenou com a cabeça prontamente.- Quando terminamos o trabalho ontem, já era quase meia-noite, ne
O agente estava se sentindo extremamente culpado, suas palavras, carregadas de choro, ecoaram.Gisele também sentiu seus olhos se encherem de lágrimas e ela lutou para manter a calma, dizendo em voz alta:- Eu sei, estou indo para o hospital agora.Assim que terminou de falar, Gisele desligou o telefone e imediatamente instruiu Rui a dirigir em direção ao Hospital Municipal.Quando Gisele chegou ao hospital, os fãs que já haviam recebido a notícia bloqueavam os arredores, parados nas calçadas próximas, gritando em uníssono o nome de Sofia.- Sofia Almeida! Sofia!Esses gritos coordenados ressoavam ao redor do hospital, mas, infelizmente, Sofia não podia mais ouvi-los.Logo, o celular de Gisele também começou a vibrar, com muitas mensagens chegando, todas sobre Sofia ter pulado do prédio.Gisele chegou ao quarto de hospital onde Sofia estava internada, enquanto a polícia investigava a cena. O corredor estava silencioso, Joaquim, com uma expressão de desolação, estava sentado num canto,
"Minha irmã, obrigada pelos conselhos naquele dia, sou muito grata, verdadeiramente grata a você, mas percebi que nem todos podem ser fortes como você, capazes de emergir do desespero, e eu sou uma dessas pessoas. Escolher este caminho para me entender é a resposta que dou à minha própria vida. Sei que te decepcionei, decepcionei todos vocês, mas não falhei com o meu amor por Joaquim, nunca falhei com este amor, ainda que a realidade seja sempre cruel. Realmente, sinto muito." Uma simples passagem, mas cada frase carregava uma tristeza e dor inexprimíveis.As lágrimas de Gisele, enfim, não foram contidas, enchendo seus olhos e caindo rapidamente...- Presidente Gisele.De repente, Gisele ouviu alguém chamá-la e imediatamente enxugou as lágrimas, ajustando o emocional, se virou para olhar.Ela viu um policial caminhando em sua direção.- Presidente Gisele, olá, já concluímos o depoimento do seu irmão. A análise inicial indica que Sofia cometeu suicídio. Os fãs dela estão agora reunidos
Gisele estava sendo protegida pelos seguranças, seguindo atrás de Felipe. Ela ergueu a cabeça e pôde ver a imponente figura dele à frente, sentindo uma mistura de emoções. Observando a silhueta dele enquanto caminhava para fora do grande portão do hospital e descia os degraus, os jornalistas começaram a se aglomerar, alguns até iniciaram transmissões ao vivo. As perguntas vinham uma atrás da outra, com uma ferocidade angustiante.Os seguranças robustos cercaram Gisele, impedindo que as câmeras a capturassem, pegando apenas seus cabelos longos sendo desarrumados pelo vento...- Usem suas câmeras para filmar quem não deveriam e arcarão com as consequências! - Disse Felipe e, com essas palavras, os jornalistas que empurravam uns aos outros de repente se acalmaram e começaram a afastar as câmeras.Os seguranças formaram um muro humano, mantendo os jornalistas à distância, mas eles não desistiam, esticando os microfones o quanto podiam.- Sr. Felipe, Sofia se jogou do prédio, foi homicídi
Gisele, ao vê-lo, rapidamente gritou:- Joaquim! Joaquim!Mas ele parecia não ouvir, correndo desesperadamente para fora do hospital!Gisele estava preocupada com Joaquim, temendo que ele pudesse fazer algo extremo, e seu rosto mudou de cor.- Detenham-no! - Felipe ordenou. Os seguranças rapidamente alcançaram e pararam Joaquim!Gisele correu até lá, observando Joaquim tentando se soltar dos seguranças, e perguntou em voz alta:- Joaquim, para onde você está indo?Ao ver Gisele, o emocional Joaquim se acalmou um pouco, sem tentar se soltar dos seguranças.Mas ele ainda não respondeu, apenas ficou de cabeça baixa, sem fazer nenhum movimento.Gisele, vendo Joaquim assim, falou:- Ela ainda está no hospital, você a deixaria para ir aonde?Joaquim sabia a quem Gisele se referia.Ao ouvir isso, Joaquim de repente levantou a cabeça para olhá-la, seus olhos estavam vermelhos de lágrimas.Com um olhar de Felipe, os seguranças imediatamente soltaram Joaquim, recuando para os lados.Joaquim olho