Joaquim ergueu a mão, tremendo enquanto gesticulava:- Irmã, o bebê no ventre dela era meu, era meu!Joaquim batia em si mesmo com força. Gisele mal conseguia segurá-lo, quase sendo arrastada para o chão!- Eu deveria ter deixado os negócios da Vinícola Júnior de lado e acompanhado ela nas montanhas por alguns dias. Tínhamos combinado isso, combinado de ir juntos para as montanhas e encontrar a oportunidade certa para tornar nosso relacionamento público, mas por causa desse pedido de milhões de reais, tive que ficar na Cidade L. Ela disse que entendia, mas eu podia ver, ela estava desapontada, agora eu nem sei como encará-la, como vou olhar para ela quando ela acordar?- Joaquim... - Gisele não sabia como consolar Joaquim.Ninguém sente a dor do outro, é impossível entender completamente esse sofrimento.- Irmã! - A expressão de Joaquim mudou brevemente, ele enxugou as lágrimas do rosto. - Eles já prenderam os criminosos?- Já coletamos amostras de DNA, logo os encontraremos. - Gisele
Sofia não falou, Joaquim desanimado baixou a cabeça, relutante em deixar de olhar para ela várias vezes antes de partir.Depois que Joaquim partiu, Gisele observou Sofia na cama do hospital, notando suas bochechas pálidas e seus olhos desfocados, como se pudesse ver suas intenções. Gisele franziu a testa e se sentou na cadeira ao lado da cama. Após um longo momento, sua voz suave ecoou:- Eu também já senti esse desespero e impotência, pensei em suicídio, mas uma noite, parece que entendi. Se eu simplesmente cometesse suicídio, estaria deixando tudo fácil demais para aqueles que me machucaram. Eu ainda não me vinguei, ainda não vi os malfeitores serem punidos pela lei. Por que eu deveria acabar comigo mesma e deixar que eles continuem vivendo felizes? As pessoas que se importam comigo ficariam muito tristes.Anteriormente, ela também havia pensado em desistir de si mesma, sofrendo bullying e sendo torturada pelo amor.Embora ela não tivesse passado pelo mesmo que Sofia, a essência da d
A brisa noturna soprava, trazendo consigo um calor abafado, e a intensidade do clima quente era notável.No jardim central do hospital, Joaquim estava sentado em um banco, fumando silenciosamente. Quando o cigarro terminou e ele se preparou para pegar outro da carteira, descobriu que ela estava vazia, enquanto o cinzeiro acima da lixeira ao lado já estava cheio de bitucas.Joaquim, irritado, passou a mão pelos cabelos. Nesse momento, um cigarro foi estendido diante dele. Ao ver Felipe, ele imediatamente se levantou, gesticulando:- Sr. Felipe.Então, Joaquim aceitou o cigarro oferecido e acenou com a cabeça.- Você tem algo a dizer. - Felipe, parado ao seu lado, falou com uma certeza absoluta.Joaquim parou de fumar, meio surpreso. Sabendo que Felipe não dominava a linguagem de sinais, tirou o celular do bolso e digitou no bloco de notas: “Sr. Felipe, por que essa pergunta tão repentina?”- Você sabe muito bem. - Felipe respondeu friamente, com os lábios finos se entreabrindo.Joaquim,
- Você ainda discorda. - Felipe falou.Joaquim assentiu, continuando a digitar no bloco de notas:"Eu definitivamente não vou concordar. Não posso permitir que meu casamento se torne um sacrifício por interesses. Eu também quero me casar com uma mulher que amo e viver com ela pelo resto da vida, especialmente porque Sofia já estava grávida. Eu falei para minha tia sobre a gravidez de Sofia e que ela estava disposta a deixar o mundo do entretenimento assim que terminasse o filme que estava fazendo. Esperávamos anunciar publicamente depois disso e pedi que minha tia não me pressionasse mais para casar com a filha do dono do X Grupo de Transporte. No entanto, minha tia disse que Sofia não só estava negligenciando sua carreira, mas também queria se casar com um homem rico, buscando um atalho para entrar no círculo dos ricos. Minha tia também comentou que, sendo uma gravidez fora do casamento, isso mostrava que Sofia não se valorizava e, estando no mundo do entretenimento, ninguém sabia de
Joaquim observou a silhueta de Felipe se afastando e, em seguida, olhou para o maço de cigarros no banco. Ele pegou os cigarros e sorriu. Às vezes, tinha que admitir: homens entendem homens. Fumar realmente podia aliviar o estresse.Por volta das sete da noite, Joaquim, livre do cheiro de cigarro, entrou no quarto do hospital onde Sofia estava. Graças à orientação de Gisele, Sofia não estava mais tão silenciosa como antes. Ela estava sorrindo e acenava com a cabeça, falando algumas palavras.Joaquim olhou para Sofia, surpreso.- Sofia, você já jantou? - Ele rapidamente se aproximou dela, sorrindo enquanto gesticulava.Sofia acenou com a cabeça.- Eu acabei de comer. E você, descansou bem? Por que parece tão cansado? - Ela olhou para Joaquim, com preocupação em sua voz.- Agora que você perguntou, estou bem, nem um pouco cansado. Hoje à noite, ainda planejo ficar acordado com você para contar as estrelas e olhar a lua.Sofia seguiu o olhar de Joaquim e se virou para a janela.- A lua ho
Um palpite que acertou em cheio. Felipe assentiu com a cabeça, confirmando a resposta.Gisele mostrou uma ligeira mudança em sua expressão, apertando as mãos com força, enquanto um lampejo de ódio e raiva passava pelo fundo de seus olhos claros. Sofia sofreu tanto dano e tudo novamente estava ligado a Diana!- Por quê? Por que ela faria isso? Sofia nunca a ofendeu, ela não tem razão para fazer tal coisa.- Ela quer que Joaquim case com a filha do dono do X Grupo de Transporte. - Felipe respondeu sucintamente.- X Grupo de Transporte? Seria o maior X Grupo de Transporte da Cidade L?Gisele tinha ouvido falar que a filha mais nova do dono do X Grupo de Transporte, que era surda-muda, tinha tido algum contato com Joaquim em uma festa.- Sim. - Felipe confirmou e então explicou brevemente. - Segundo Joaquim, Diana disse que, se ele não terminasse com Sofia, ela mesma tomaria providências.- Mas por quê? Por que ela faria isso? Só porque Joaquim se recusa a casar com a filha do dono do X Gr
Felipe olhou para baixo, observando a pessoa em seus braços, um sorriso indulgente surgiu em seus lábios. Ter Gisele assim com ele era uma coisa maravilhosamente boa.Gisele chutava o cobertor enquanto dormia. Ela sempre teve um sono inquieto. Ele riu e estendeu a mão para cobri-la novamente. Parecia que teria que ajustar o cobertor várias vezes naquela noite, como se estivesse cuidando de uma criança.O sorriso em seus lábios se aprofundou enquanto ele afastava os cabelos que caíam no rosto dela. Sim, ela era como uma criança. Sua menina sempre seria uma criança para ele....No dia seguinte, o som insistente do toque de um celular ecoou. Gisele tinha o costume de ficar na cama até mais tarde, aquele dia não foi exceção. Ela se cobriu com o cobertor e se virou para dormir novamente, mas o toque continuava.Finalmente, incomodada, ela estendeu a mão para pegar o celular na mesa de cabeceira. Era uma chamada de Tomás. Gisele pressionou o botão de atender e se deitou novamente, falan
Nanda e Sofia não tinham nenhum relacionamento, não poderia ser possível que alguém atacasse Sofia a pedido! Seria apenas uma coincidência? Contrataram o mesmo grupo de pessoas por acaso?Gisele realmente não conseguia entender.Ela olhou para o relógio, se levantou para se arrumar e se preparou para dirigir até a Entretenimento Botelho.No entanto, assim que pegou a marmita que a empregada lhe entregou e estava saindo pelo portão da mansão, Rui imediatamente saiu do carro e abriu a porta do banco de trás.- Srta. Gisele, por favor, entre no carro!Gisele hesitou por um momento e sorriu, dizendo:- Rui, eu posso dirigir sozinha.- Srta. Gisele, foi o Sr. Felipe quem pediu para que eu a levasse até a Entretenimento Botelho. Ele não se sente tranquilo com você indo sozinha. Com mais uma pessoa é mais seguro, eu não tenho muitas habilidades, mas dirigir com certeza é uma delas! - Rui assegurou, batendo no peito.Gisele não quis recusar e apenas assentiu com a cabeça, se sentando no carro