O guarda-costas observava Gisele pensativa, desligando o microfone e perguntando em voz alta se ela continuaria com as perguntas.Nanda não era tola.Se perguntasse sobre o vídeo enviado para o seu celular e, depois, sobre o aborto espontâneo anterior, Nanda poderia começar a suspeitar e perceber que era Gisele quem planejava tudo por trás.Já era bom o que Nanda tinha falado até ali. A partir de agora, deveriam priorizar o cenário geral, era essencial não deixar Nanda perceber que a amnésia era fingida...Pensando nisso, Gisele franzia as sobrancelhas delicadas e balançava a cabeça para o guarda-costas.- Copie tudo isso para mim.- Claro, Gisele.- Venham comigo para salvar a Sra. Lopes. - Gisele olhou para alguns guardas disfarçados de funcionários e ordenou.- Sim. - Os guardas prontamente ajustaram suas posturas e seguiram Gisele em direção ao banheiro.Gisele corria para o banheiro, fingindo urgência, e batia incessantemente na porta.- Mãe, mãe? Você está aí? Mãe? - Ela batia na
- Vou processá-los! Vou fazer com que o restaurante de vocês não possa mais funcionar! O que sofri hoje, vou fazer com que o restaurante pague caro, isso não se resolve apenas com alguns pedidos de desculpa, esperem só! - A expressão de Nanda era feroz e o tom de sua voz, aterrorizante.Gisele observava a cena e, de repente, sentiu uma certa admiração por Nanda, que estava completamente encharcada, tremendo de frio e numa situação ridícula e desgrenhada, mas ainda assim tinha energia para ficar ali repreendendo e xingando. Não seria mais sensato trocar de roupa e evitar um resfriado antes de continuar responsabilizando o restaurante?Gisele, resignada, ouvia as acusações severas de Nanda, e o gerente do restaurante não parava de se desculpar. Ela franzia suas delicadas sobrancelhas, ela havia planejado tudo isso e não podia deixar que essas pessoas continuassem sendo repreendidas.Gisele rapidamente interveio para ajudar o gerente:- Mãe, acho que não devemos fazer alarde sobre isso. E
Ele atravessou a rua e parou na frente dela.- Como você veio parar aqui?Gisele não esperava que Felipe aparecesse ali.- O espetáculo acabou?- Sim. - Gisele assentiu, em seguida, rapidamente passou o pendrive que estava em sua bolsa para ele. - Um presente para o Sr. Felipe.Felipe sorriu levemente, claramente ciente do que o pendrive representava.Gisele, observando seu sorriso, expressou com um ar de confusão:- Por que você está rindo? Você disse que estava ansioso pela minha atuação e até comprou o restaurante inteiro, substituiu os garçons e funcionários por pessoas de confiança, então, claro que eu tinha que te dar um grande presente como agradecimento.- Pessoas de confiança? - Felipe murmurou essas palavras com os lábios finos, erguendo as sobrancelhas em questionamento.Gisele ficou surpresa. Ela havia realmente dito "pessoas de confiança"?Ela tossiu um pouco, envergonhada, e explicou:- Foi um lapso de língua, mas de qualquer forma, este grande presente certamente será út
Ao chegar nesse ponto, Gisele pausou por alguns segundos.Ela apertava os punhos tão firmemente que, ao falar novamente, disse:- Mas eu não vou deixá-la escapar. Tudo o que ela fez comigo no passado, eu não esqueci nada. A vida ou morte da Estella, no final das contas, não tem nada a ver comigo. Estou aqui apenas para retribuir o favor que você me fez ontem à noite, Sr. Felipe. Quanto ao verdadeiro culpado por trás do assassinato da Estella, cabe a você, Sr. Felipe, descobrir.Para ele, a vida ou morte de Estella não importava, ele investigava o caso porque alguém tinha colocado a culpa em Gisele. Estella era apenas um instrumento, algo usado para colocá-la em apuros.Quanto à Nanda, todas as contas seriam acertadas, cedo ou tarde.Felipe segurou a mão de Gisele, conduzindo ela através da rua movimentada.Gisele tentou se soltar, mas ele a segurava firmemente.Ela olhou ao redor, preocupada que alguém pudesse estar registrando tudo aquilo, mordeu o lábio inferior e não tentou mais se
Felipe ouvia a fala de Gisele e sorria sutilmente, ao ponto de retorquir:- Então, você sabe o que é sentir que sua vida está prestes a cair nas mãos de outra pessoa?Ela era a vida dele.Gisele ficou atônita, sem saber o que responder. Se virou para olhar pela janela, evitando o olhar dele.- Felipe. - Ela chamou seu nome baixinho. - Eu não sou a sua vida, minha vida é minha. A Gisele que vivia por você, morreu.No momento em que Gisele terminava de falar, de repente, um forte impacto veio de trás com um estrondo ensurdecedor. Antes mesmo de poder reagir, o veículo foi brutalmente atingido por um caminhão...Gisele gritou assustada.Ao mesmo tempo, ele estendeu os braços para trazê-la para perto, protegendo ela com seu corpo e braços.No segundo seguinte, o carro capotou!A velocidade era tamanha que mal deu tempo para qualquer reação!Ao redor, havia um silêncio sepulcral, Gisele sentia sua cabeça zunindo, como se tivesse ficado surda, incapaz de ouvir qualquer coisa.De repente, out
- Sua perna consegue se mover? - Ele perguntou a ela.Gisele acenou com a cabeça.Então, ele franziu a testa, suportando a dor, e falou novamente:- Saia daqui.Ele estava muito calmo, estendendo a mão para empurrar Gisele em direção à janela que já estava quebrada.- Felipe...- Obedeça! - A voz dele era tão autoritária.Gisele sabia que ele devia estar ferido, ela não podia ajudar ficando dentro do carro, a única opção era sair e depois pensar em uma maneira de resgatá-lo!Gisele apertou os dentes e usou toda a sua força para se arrastar em direção à janela quebrada do carro.Felipe levantou a mão, empurrando os pés dela, ajudando ela a sair com sucesso pela janela.Quando Gisele chegou à janela, as pessoas lá fora rapidamente a puxaram, arrastando ela para fora do carro.Nesse momento, Francisco, que estava no assento do motorista, também tinha quebrado a janela de vidro e escapado.- Gisele, e o Sr. Felipe? - Francisco também estava gravemente ferido, mal conseguia ficar de pé.Gis
A voz mal havia cessado quando Francisco, segurando Gisele, se apressou em direção à zona segura...Gisele olhava para Felipe dentro do carro, seu rosto estava pálido, as lágrimas escorriamincessantemente...- Não pode ser, Felipe, você não pode morrer! Eu te odeio tanto, ainda não tive a chance de me vingar, como você pode morrer? Ainda não tive a chance de devolver toda a dor que sofri, você não pode morrer! Felipe, saia daí!Felipe olhou para Gisele naquele momento e sorriu.A mulher dele estava desesperada.Gisele já não conseguia se manter em pé, ela tentava se libertar do controle de Francisco, querendo correr para salvar Felipe, mas era tarde demais!De repente, as chamas irromperam!- Felipe Lopes!Gisele olhava atônita para o veículo em chamas, suas pernas fraquejaram, e ela caiu sentada no chão...- Não... - Gisele olhava para as chamas que surgiam, balançando a cabeça incessantemente. - Não...- Sr. Felipe... - A voz de Francisco também tremia, já em lágrimas desordenadas, c
Ele já estava tão ferido, como conseguia arrastar seu corpo machucado até ela e com que força levantava ela do chão?- Felipe Lopes! - Gisele imediatamente estendeu a mão para segurá-lo.- Boba. - Seus olhos eram tão profundos, cheios de compaixão. - Eu não morro tão facilmente.Quando ele terminou de falar, sob o sol escaldante, desmaiou de exaustão...Logo, a ambulância chegou e os dois foram levados ao hospital.No momento do acidente, Gisele estava bem protegida, sofrendo apenas arranhões minúsculos.A notícia do acidente de carro de Gisele e Felipe rapidamente se espalhou pela internet.Ao saberem, Diana e Joaquim correram para o hospital.- Mana! - Joaquim, assobiando, correu em sua direção gesticulando. Ele olhou para Gisele, sentada fora do corredor, e correu até ela, preocupado e ansioso. - Mana, você está bem? Está machucada?Gisele viu Joaquim, não falou nada, apenas balançou a cabeça.- Gisele, ainda bem que você está bem. Você tem noção de como eu e Joaquim ficamos preocup