- Puxa, o jantar hoje vai ser animado – eu falo e caminho pelas pessoas correndo de um lado a outro organizando as travessas.
- Declan Campbell virá junto com a esposa e a filha pelo que eu soube – Sarah diz e olha de um lado a outro a travessa a sua frente – O sr. Vince gosta bastante deles.
- Estou percebendo
- E você? – Sarah olha para mim e arqueia uma sobrancelha – Vai sair? Está muito bonita
Olho para baixo e dou de ombros. Coloquei uma saia acima do joelho de cor preta, uma camisa fechada com botões de cor azul e finalizei com botas de cano alto pretas. A maquiagem é inexistente a não ser por protetor labial. Meus cabelos estão soltos, somente com uma tiara dourada de aro fino.
- Eu vou em um jantar com minha irmã, é uma festinha dos professores ou algo assim – eu falo e Sarah sorri pegando algo do balcão e me dando.
Um grande peda
- Mas e então Kathy? Como veio trabalhar justo com o Vince? – Kallie pergunta e ajeita o guardanapo de Lizzie que está no meio dela e de Declan- Ele estava precisando de uma enfermeira particular- E de alguém que me aguentasse – Vince completa e eu sorrio – Sem que pedisse demissão depois de uma semana- Então contratou a pessoa certa – Kallie diz confiante – Reconheço uma pessoa...- Maluca como você? – Declan diz e eu olho surpresa para ele, mas ele só sorri e espeta um pedaço de carne no prato com o garfoKallie bufa, mas pisca um olho quando volta o olhar em minha direção, dou risada e bebo um pouco da água em minha taça.- Acho que tenho que concordar – Sky diz ao meu lado- Com o que? – Kallie pergunta curiosa e ele levanta um ombro- Com o fato de Katherine ser maluca – ele diz
- “Cada história tem um final. Mas, na vida, cada final é um recomeço.”– repito ao mesmo tempo que a mocinha do filme e sorrio quando vejo Íris entrando na sala e fazendo uma careta.- Você vai ficar repetindo essa frase até quando?- Até eu me esquecer ou cansar – eu falo e ela revira os olhos vindo até o sofá onde eu estou jogada.- Posso te pedir um favor?- Depende – eu respondo e ela arqueia uma sobrancelha para mim – O que? Não vou entrar assim tão facilmente – aponto para o anel e ela sorri convencida.- Foi um plano muito bem elaborado- Tão bem elaborado que eu nem entendi – eu falo e ela pisca um olho fingindo guardar um segredo- Logo mais você vai saber – bufo e olho de novo para a televisão, mas Íris volta a falar – Queria que viesse comigo todos
Etiqueto mais uma caixinha de remédio e coloco em cima da mesa da biblioteca. Olho para o relógio e vejo que já passa das cinco horas. Checo o celular e coloco a hora em outro potinho de remédio.- Kathy? – Marina coloca a cabeça para dentro da biblioteca e eu sorrio chamando-a – Trouxe biscoitos quentinhos- Sério? – olho para o prato e vejo cookies de chocolate ainda se quebrando por conta da temperatura – Você é um anjo- Claro que sim – ela diz rindo, mas depois para olhando para o meu rosto – O que aconteceu com você?- Corda de violão- Você toca violão? – Marina pergunta surpresa e eu dou risada- Não, esse é o problema – termino de etiquetar e pego o prato com cookies colocando-os em um guardanapo – Vou levar isso para casa- Você já vai? – Marina pergunta e peg
- Deixar a bolinha no meio dos copos é ganhar também – Vince tenta me convencer e eu balanço a cabeça negando- Não, isso é roubar – pego a bolinha e começo a mirar em um dos copos – A regra é clara, acertar a bolinha dentro do copo e não fora- Chata- Resmungão – jogo a bolinha e ela cai dentro de um dos copos, sorrio e me viro para um Vince emburrado – Se você reclamasse menos e jogasse mais, talvez poderia ganhar.- Vou continuar reclamando- Porque não consegue controlar a boca? – eu falo e ele se vira para mim com uma careta- Fique quieta estou tentando me concentrarFico calada e o deixo mirar, um minuto depois a bolinha sai voando e se encaixa em um copo. Ele dá risada e bate palmas alegre.- Viu? Eu disse que você conseguiria- Eu sou ótimo nesse jogo- Também
O parque de diversões estava completamente cheio, com crianças correndo de um lado a outro rindo de tudo o que viam ou faziam. O ar gelado pelo visto não era nenhum empecilho para elas.O casaco que Sarah me deu era de crochet, e estava meio gasto, mas servia para conter o calor. Pelo menos eu não viraria picolé no meio do parque. Isso seria o contrário de diversão.- Senti falta disso – Vince diz se sentando em um dos banquinhos de madeira no meio do parque- Dos brinquedos? – Sky pergunta e eu sorrio ao mesmo tempo em que falo- Das crianças gritando?Vince nos mostra uma careta e nos dois rimos da sua expressão- Vocês são horríveis- Não diga isso precipitadamente – eu falo com cinismo e ganho outra careta de Vince- Porque não fazem algo que preste? Tipo, me trazer pipoca quentinha?Dou de ombros e me a
- Você vai voltar a tempo para a aula, não é?- Acho que sim – eu falo e termino de calçar as botas – Mas você pode ir sem mim, não vou ficar chateada- Engraçadinha, só vou com você- Droga, lá se vai o meu planoÍris sorri e já ia falando mais alguma coisa quando o meu celular vibra com uma nova mensagem. Ela pega e arqueia uma sobrancelha quando olha a mensagem- O que? É o Vince? – eu pergunto preocupada, mas ela balança a cabeça me entregando o celular. Olho para a tela e vejo um número desconhecido, mas quando olho a mensagem sei quem é – É o Liam- O professor gatinho ficou realmente preocupado, não é? – Íris pergunta com um olhar malicioso e eu bufo- Grande coisa- Você não está interessada?- Não – eu falo r
O quarto era aconchegante, quentinho, elegante, e tudo o que há de melhor. Tinha até uma lareira acesa que me fazia parecer estar em um lugar completamente fora da terra.Então porque diabos eu não conseguia dormir?Suspiro irritada me virando de lado de novo e vejo o clarão de outro relâmpago lá fora. Fecho os olhos e tento me concentrar, mas só o que eu consigo é ficar ainda mais irritada.Me levanto de uma vez e calço as botas ignorando quão ridícula eu devo estar parecendo. De casaco de linho que bate no meio das coxas parecendo um vestido curto e botas com salto.Abro a porta e faço uma careta quando range um pouquinho, vou na ponta dos pés até a escada e começo a descer em direção a biblioteca. Entro e encosto a porta, sorrindo vou até uma das prateleiras e pego um dos livros que eu tinha começado a ler. Olho par
- Pintura? – eu pergunto apavorada e Íris acena animada para o estúdio – Eu passo- Não, você me deu um cano ontem, e só tem essas aulas em dias de domingo- Íris, escuta – eu pego o seu braço com delicadeza e falo o mais simples possível – Quando eu era pequena, digamos com quinze anos....- Isso não se configura pequena- Dane-se, quando eu era menor, a professora mandava desenhar e sabe o que eu fazia?- Saia correndo?- Isso foi mais tarde – eu falo e Íris começa a rir – Eu desenhava sempre a mesma coisa, uma flor bem feia- O que isso tem a ver com....- E na hora de pintar eu sempre pintava fora da flor – eu falo por sobre a voz dela e ela revira os olhos – Eu sou horrível nisso Íris- É só um experimento, talvez você goste de desenhar e não saiba ainda