Anteriormente …

- Senhor Han! Temos um problema …

- A Senhorita Eui sumiu.

- O quê?! Como isso …

- Sr. Han???

Agora …

- Não fique aí parado seu lerdo. Ligue agora para o médico dele. - A Sra. Guang segura seu patrão pelo braço o impedindo de cair e o sentando na poltrona que estava próxima a ele,vendo seu rosto pálido e sua respiração ofegante.

Logo MeiMei chega com um copo de água com açúcar esticando a mão na direção do pai de Eui, porém quem pega o copo é sua tia que de tão nervosa dá uma boa golada na água e depois oferece ao chefe ainda transtornado com a notícia que acabou de receber, mas vendo o segurança se aproximar …

- Você, seu incompetente filho da put*, vai me dizer direitinho o que aconteceu. Vamos estou esperando.

- Na verdade eu não sei nem o que ou quem me atingiu, só me lembro de ter acordado em cima de uma maca na enfermaria da faculdade da Srta. Eui. - o segurança responde meio atordoado.

- Mas e os outros dois seguranças? - MeiMei questiona

- O que estava comigo precisou ser hospitalizado, e o Choi não sei nem dele e nem do carro. Desculpe Senhor!- o segurança se curva na direção do chefe.

- Senhor Kwon, não quero nem saber como, mas vai ter que encontrar a minha filha, quero ela em casa sã e salva e ainda hoje. Entendeu? - Han Sang-do se mostra furioso tentando se levantar da poltrona, entretanto uma tontura repentina o impede fazendo-o se sentar novamente ouvindo a campainha tocar e a Sra. Guang passar a frente de uma das empregadas.

Logo a governanta dedicada estava na frente da porta e quando abre vê o velho médico da família o Sr. Dong Sun, respirando aliviada indicando o caminho onde o seu chefe estava com cara de poucos amigos.

- E então Senhor Han, o que houve? Está cuidando da sua pressão? Pelo jeito não, olhe isso … 16 por 10. Assim seu coração não aguenta. - o médico olha para o “esfigmomâmetro” com cara de espanto.

- Acontece Doutor que o Sr.Han recebeu uma péssima notícia, de que a Eui simplesmente sumiu.

- Como assim sumiu? Com o tanto de seguranças que a cercam duvido. Ela deve estar pregando uma peça no senhor, não fique tão estressado, vou passar um medicamento e junto com descanso vai melhorar. Sra. Guang, certifique-se de que seu patrão tome todos os remédios na hora certa, ok? - o médico guarda suas coisas em uma maleta e prescrevendo uma receita, em seguida entregando para a governanta que permanece de pé ao lado da sobrinha que observava toda situação em silêncio, mas no fim ela não suporta e …

- Desculpe Doutor! Mas a minha amiga não é de”pregar peça” em ninguém. Eu sei que está tentando amenizar a situação e isso é muito válido, entretanto o fato é que não sabemos onde ela esta e se está bem, portanto não seja imprudente em suas palavras. Por Favor!

- Ora! Mas quem é você para me repreender ? Sua ….

- Já chega! Doutor Dong, eu agradeço pelos seus serviços, vou providenciar os medicamentos que receitou e ficarei bem, não é? Então … Acho que sabe onde fica a saída. E você MeiMei não quero olhar para sua cara tão cedo. Sr. Kwon, por que ainda não reuniu uma equipe para procurar Eui? - Sang-do diz firme tomando as rédias da situação novamente e depois encara sua governanta que entende o recado e sai indo em direção da cozinha.

- Senhor Han, acho que deveria informa-lo que dei queixa na delegacia da cidade sobre o desaparecimento do carro, pois pensei que se acharmos o carro poderíamos ter alguma pista da Srta. Eui. - o segurança diz sem graça vendo seu chefe respirar fundo.

- Tudo bem Sr. Kwon! Agora vai fazer o que eu te mandei.

Depois disso Han Sang-do caminha lentamente para seu quarto afim de descansar um pouco enquanto esperava por notícias, hoje ele não voltaria mais a sua empresa naquele dia

(…)

    Eui mesmo receosa sobe nas costas de Go-Won que se põe logo a caminhar adentrando a pequena floresta que apesar de monótona e tranquila durante o dia, a noite era um breu total, com sons estranhos de alguns bichos como por exemplo a coruja que não parava de piar, o vento forte que batia nas árvores as fazendo se balançarem e ressoar outro som sinistro e incomum aos seus ouvidos e foi então que a moça assustada cruza seus braços e ponta dos pés ao redor do corpo de Suga se aconchegando um pouco mais, encostando seu rosto entre o ombro e o pescoço do rapaz de pele quase pálida sentindo o cheiro gostoso que ele exalava e o quentinho de suas costas se esquecendo por alguns minutos da situação que passou até ali e pensando que dos sete homens que conheceu naquele dia fatídico “Ele” foi quem mais a deixou intrigada e curiosa, então no auge dos seus pensamentos ela resolve perguntar …

- Por que foi você quem veio veio atrás de mim? - Eui levanta a cabeça olhando para o rosto de Go-Won que sem olhar pra ela responde …

- Foi só por isso mesmo? - Eui ainda o fita, mas dessa vez um pouco mais triste.

- Acho que a minha gentileza entre aspas fez com que você esquecesse da sua situação aqui, então deixa eu te lembrar … Go-Won pára no meio da floresta soltando a moça no chão e depois se abaixa colocando a lanterna entre seus rostos continuando a falar … - Você é só mais um negócio para mim e meus companheiros, somos criminosos e perigosos, sequestramos pessoas é isso que fazemos e eu sou o torturador sanguinário do grupo, apenas cumpro a minha missão sem piedade, sem compaixão, sem sentimentos. Você entendeu agora vadi*? - o belo rapaz de cabelos médios cortado em camadas com franja partida ao meio manda a realidade na cara de sua sequestrada, focando sua lanterna no rosto ruborizado de Eui segurando firme seu queixo.

- Sim entendi! - Eui o fita com seus grandes olhos chorosos, seu coração estava acelerado e naquele momento ela não sabia se era por medo ou por senti-lo tão perto de si olhando para os lábios rosados e bem desenhados do rapaz vendo o mesmo solta-la rapidamente se colocando a caminhar a deixando para trás ainda sentada sobre algumas folhas secas que haviam por ali.

- Levante-se logo e venha. Garota Irritante! - Go-Won diz parando e a olhando de canto depois percebendo que Eui estava a segui-lo respira fundo ao mesmo tempo que fecha seus olhos por alguns segundos tentando negar para si mesmo que aquela garota mexia com ele, que ela fazia seu coração palpitar como nunca aconteceu antes.

Enquanto isso na mansão...

      Os outros cinco criminosos voltavam para dentro da casa quando o líder Se-Hoon percebe Young deitado confortavelmente numa rede que ficava entre dois coqueiros na área perto da piscina...

- O que faz aí?

- Trabalhando para variar.- o Hacker responde mostrando seu notebook

- E por acaso você não viu que a Eui fugiu? - Hyuk o questiona

- Sim, eu a vi passar por aqui correndo, pular aqueles arbustos, ficar parada por alguns segundos olhando para o muro alto até perceber o pequeno portão e finalmente conseguir fugir.

- E por que não a impediu? - Chae cerra o cenho

- Por que meu caro Chae, tanto eu quanto você e  todos aqui sabemos que essa “fuga” não ia dar em nada e na verdade até cogitei a ideia de ir atrás dela, mas quando vi que o Go-Won ia fazer isso deixei pra lá. Afinal o meu trabalho neste momento é mais importante. - Young explica com um sorriso despreocupado voltando a olhar a tela de seu notebook.

- E o que você está fazendo aí de tão importante que até se esqueceu que sem sequestrada não tem “trabalho”? - Wo-Jee estica o pescoço para olhar a tela do Notebook do amigo

- Hackeando os computadores da policia do bairro da Eui e da especializada, então assim que eles receberem a queixa do desparecimento da nossa linda vítima aparecerá em detalhes aqui pra mim.

- Como sempre o seu trabalho é excepcional e apesar de jovem você é muito talentoso. Continue o excelente trabalho Young. E quanto a Eui, não se preocupe Wo-Jee, o Go-Won vai trazê-la de volta com certeza. - o líder diz confiante

- E por falar no diabo … - San diz apontando para o pequeno portão o mesmo que a bela moça tinha saído anteriormente.

     E vendo que apenas Go-Won passa pelo portão, Se-Hoon o encara fazendo uma expressão tipo “ Cadê ela?” E o rapaz com cara de poucos amigos apenas faz um gesto com a cabeça entrando na casa, desacelerando os passos quando vê Eui desabar no chão do belo jardim já dentro do quintal ouvindo o líder dar a ordem para que o mais novo fosse socorrer a moça se virando um pouco para olhar o tatuado correr para atender o comando de seu líder, cerrando os punhos quando observa Wo-Jee pegar Eui em seus braços sendo obrigado a dar espaço para o mesmo passar percebendo a expressão preocupada do amigo indo em direção ao quarto reservado para ela, vendo sua “vítima” passar por ele desacordada com os pés machucados ainda que estivessem enfaixados com o pedaço da camiseta dele era possível ver algumas manchas de sangue, suas roupas estavam sujas, e seu rosto pálido como papel.

      Então Go-Won começa a pensar que realmente ele exagerou com a moça que de tão frágil mais parecia uma boneca de porcelana, ou um cristal delicado, mas ao mesmo tempo dizia para si que não tinha direito de ter aquele tipo de pensamento, afinal tudo fazia parte da sua missão … Ser aquele que ameaçava, que torturava, sempre frio e calculista foi o que ele aprendeu com o decorrer dos anos com seu “trabalho” pelo menos até conhecê-la. Go-Won estava confuso e distraído com seus pensamentos quando alguém toca seu ombro …

- Vai ficar tudo bem com ela não se preocupe.

- Por que não vai se Fod*r? - o marrento diz ainda de cara fechada saindo em seguida deixando Young ali parado de braços cruzados com um leve sorriso no rosto.

      Logo Wo-Jee chega ao quarto de Eui a deitando na cama com cuidado ouvindo os passos apressados de Chae que se aproxima com uma maleta de primeiros-socorros

- Nossa Eui, você está em estado deplorável. - Chae faz uma careta

Na sequência Chae se vira para Wo-Jee pedindo para que ele trouxesse uma bacia com água morna e uma toalha limpa e assim ele faz, alguns minutos depois ele chega com tudo o que foi lhe pedido.

- Feche a porta e me ajude a tirar essas roupas sujas dela. - Chae dá a ordem vendo Wo-Jee corar e perguntar …

- Quer tirar as roupas dela?

- Precisamos limpa-la e fazer curativos, mas se não quiser posso fazer sozinho.

- Não, tô de boa! Vou ajudar – Wo-Jee responde se colocando perto da moça ainda desacordada

Instantes mais tarde os dois já tinham retirado quase toda roupa de S/n a deixando apenas com a lingerie preta de renda que usava, então “Jee” começa a passar a toalha molhada pelo corpo semi-nu de Eui na intenção de limpa-la notando o belo corpo cheio de curvas e esbelto que a moça escondia por baixo daquelas roupas largas e casuais sentindo seu rosto ruborizar e seu corpo esquentar e naquele momento pensamentos bem pervertidos tomaram conta da mente dele que não disfarça soltando um sorriso bem safado sendo interrompido pela voz de Chae que ecoou no ouvido do menor o fazendo encará-lo …

- Hmm … Vou buscar uma roupa limpa para ela– Wo-Jee coloca a toalha que usava ao lado da bacia de água e abrindo o closet olhando as roupas que ali estavam, vê uma pilha de camisetas escolhendo uma preta com estilo “hip hop oversized streetwear” entregando-a na mão de Chae e depois segue caminhando para a porta escutando o mais velho reclamar …

- Ow! Não vai me ajudar a vesti-la?

- É melhor não, Chae! É melhor não. - Wo-Jee diz e continua seu caminho para fora do quarto enquanto o mais velho termina de enfaixar o pé esquerdo de Eui dizendo para si mesmo olhando para bela moça deitada a sua frente …

Alguns momentos mais tarde Chae termina tudo o que estava fazendo e por fim cobre Eui com um edredom macio e quentinho saindo na sequência do quarto deixando que ela descansasse indo direto para sala de reuniões onde Se-Hoon repreendia com Veemência o “torturador sem coração” do grupo que retruca…

- Eu só estava cumprindo com a minha parte da missão. Ou será que não sou pago mais para torturar nossas vítimas e sim para tratá-las bem? Por que se for a segunda opção estou fora. - Go-won b**e na mesa irritado se levantando e saindo.

- Mas você exagerou de verdade dessa vez, Go-Won. - Wo-Jee coloca a mão no peito do amigo o impedindo de sair e o mesmo olhando para mão de Wo-Jee e depois o encara

- Ficou com dó? Cuide dela você então. Agora sai da minha frente.

- Opa! Talvez seja isso mesmo que eu faça. Valeu a dica amigão! - wo-Jee sorri enquanto Go-Won segue furioso

- Não o provoque, Wo-Jee.- Se-Hoon chama atenção do mais novo

- Bom, é melhor todos nós irmos descansar tivemos um dia cheio hoje e isso foi só o começo. Então, boa noite para vocês! - Chae observa Hyuk, Wo-Jee e Sanse levantarem e sairem ficando apenas ele e Se-Hoon que pergunta pela vítima da vez.

- Ela está melhor, apenas com alguns hematomas e os pés machucados, inclusive o esquerdo está com um corte acho que ela correu demais, fora isso nada que uma bela noite de sono não resolva.

- Ótimo! Vamos mantê-la trancada por enquanto e me avise assim que ela melhorar. Por que aí poderei castigá-la pelo que fez hoje. - o líder diz sério

- Tudo bem! Mas … Que tipo de castigo pensa em dar pra ela?

- Hãn … Espere e verás meu caro amigo. Boa Noite!

- Boa Noite!

Dia seguinte …

O Pai de Eui acabou pegando no sono, mas com seu celular a postos se assustando quando escuta o mesmo tocar, olhando no identificador de chamadas, número desconhecido. Mas mesmo assim resolve atender …

- Alô?!

-Sr. Han Sang-do?

- Sim!

- Sou Do-Hun detetive do 18º distrito de Gangnam e estou ligando para avisa-lo que achamos o seu carro, poderia vir até aqui?

- Claro! Mas poderia me adiantar alguma coisa sobre o caso?

- Não podemos falar sobre certos assuntos por telefone por favor venha e esclareceremos tudo.

Enquanto Sang-do se dirigia para delegacia totalmente desenformado e preocupado em outra parte de Seul o líder dos sete criminosos se acomoda no sofá da sala ligando a TV no jornal da manhã quando escuta a seguinte notícia …

“ Foi encontrado hoje pela manhã no fundo do Rio Han um carro da marca Mercedez-Bens Preta ( Genesis G70) de placa XXXX00, e dentro deste carro havia um corpo ainda não identificado. O dono do carro até o momento não foi revelado.”

Ouvindo a notícia Se-Hoon entrelaça seus dedos as colocando entre seu nariz e boca dizendo …

- Agora sim a brincadeira vai começar.