43. Em perigo

Max tentou abrir os olhos.

A dor explodiu em sua cabeça, latejante, como se mil navalhas estivessem enterradas em seu crânio. O gosto de sangue impregnava sua boca, a pele ardia onde haviam lhe atingido. A cada respiração, sentia o peito protestar com uma pontada aguda.

Estava escuro, mas ele soube de imediato que estava preso.

As cordas em seus pulsos estavam apertadas demais, cortando sua circulação. Os tornozelos também estavam presos, restringindo qualquer movimento. O cheiro ao redor era fétido — ferrugem, mofo e suor.

Ele tentou se mexer, puxar os braços para se soltar, mas uma fisgada cortante nas costelas o fez engasgar em um grunhido de dor.

Cecília.

O pensamento dela veio como um choque. Ele se lembrou do último momento antes de sair de casa — o jeito como ela o abraçou forte, como se temesse perdê-lo.

E ele, tolo, apenas a beijou rapidamente e disse que voltaria logo.

Agora, ela devia estar sozinha, esperando por ele. Ou pior: podia estar em perigo.

Max sentiu o de
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