Seis anos se passaram desde que tinham passado pela experiência de ficar um curto período de tempo separados, nesse tempo não se separaram mais, eram unha e carne, tudo o que iam fazer faziam juntos, agora Evan com 20 anos e Daniel com 18 eram jovens que se metiam muito em confusões.
Evan não quis sair de casa durante a faculdade, escolheu uma próximo a sua casa, assim poderia ir e vir sem precisar se afastar de Daniel.
Ele ainda era um poço de confusão, e nessa confusão de não saber compreender seus sentimentos ele acabava deprimindo Daniel.
Há semelhança entre o passado e o presente, aquela sensação de já ter vivido aqueles momentos, era assim que o sábado começava n casa dos Foster, Alice com sua saia rodada até os pés, uma cinta com fivelas bem grandes dava destaque ao conjunto de verão que usava, o senhor Richard com seu terno impecável, passava a seriedade do mestre do lar, porém era ele apenas o segundo no comando, quem ditava as regras era sempre Alice, contudo na visão de Evan o diferencial eram seus quatro irmãos mais novos, dois deles tinham acabado de chegar, um ano apenas na presença deles, ao seu lado Daniel, esse por sua vez dono de um sorriso maroto, e de uma mão bem suada que lhe segurava as suas.Eles queriam conta
A felicidade dos Foster era nítido, o sorriso deles, as conversas animadas, as crianças correndo pela casa, e claro os irmãos mais velhos jogados no sofá da sala de estar, assim foi o domingo deles, passou tão rápido, que logo começavam uma nova semana, para os pais uma semana cheia de contratos e reuniões no escritório de advocacia que comandavam, para as crianças inúmeras atividades escolares, para Evan, trabalhos da faculdade, ele sinceramente amava o assunto que estava estudando, queria ser bom naquilo que havia escolhido como carreira, Daniel no último ano escolar, tinha que se preocupar com a escola e com sua gangue de serpentes, uma vida dupla, mas ele se sentia bem defendendo outras pessoas, nenhuma injustiça lhe passava batida.
Evan estava agora na enfermaria, não podia ser colocado junto com os outros, ainda não tinha sido julgado, não tinha antecedentes criminal, sua ficha foi analisada de “cabo a rabo” não tinha nada no passado dele com o irmão que poderia indicar aquele surto de violência absurda.Seus pais, Alice e Richard simplesmente se esqueceram dele ali, não ligaram, não ofereceram um advogado, nada foi feito, diante dos olhos de todos ele era o culpado, quem pegou o caso para investigar estava mais preocupado em terminar com aquilo do que procurar provas, a casa ficou sendo analisada e só tinha DNA e digitais dos moradores da casa, nada fora do normal. Perto das vinte e duas horas da noite Evan, recebeu Taylor, o advogado lhe mostrou o vídeo da câmera de segurança encontrada na casa dos Garden.— Alice veio aqui a tarde, ela não sabia dessas provas, veio me ofender dentre outras coisas, me pergunto se mesmo com essas provas algum deles irá acreditar na minha palavra. — murmurou baixo olhando para o vídeo a sua frente onde aparecia a pessoa de preto.— Alguém da sua família possui características parecidas com a da pessoa misteriosa do vídeo Evan? — Taylor perguntou calmo enquanto analisava as expressõeNo Passado
Enquanto Evan tinha sua primeira noite de sono bem dormida, Daniel recebia a notícia de que pela manhã já poderia ir pra casa.Ele se sentiu aliviado por isso, estava detestando estar ali isolado do mundo.Ele tinha uma lembrança forte de ver Evan com o taco de baseball nas mãos e isso perturbava sua mente, ele ainda amava muito Evan, ele ainda sentia seu coração acelerado ao se lembrar do mais velho, contudo, tinha também a lembrança e as palavras ácidas de seus pais. — “papai e mamãe estão contra ele, acho que nunca os vi dessa forma
Como são os dramas familiares, e é complicado de fato, a família Foster, tinha acabado de cair em uma armadilha, aquilo afetou a todos de forma tão dolorosa que independente do resultado do julgamento, eles teriam para sempre aquele espaço entre eles.Daniel, a principal vítima de tudo aquilo agora se via sozinho dentro daquele quarto, a porta trancada, sons abafados, ele tinha como companhia apenas sua mente barulhenta.Com muita dificuldade o jovem se levantou da cama e foi até a mochila de Evan, assim que pegou uma de suas alças a levou para cama, a luz fraca do abajur estava acesa.Ele procurou em todas as folhas rabiscadas do seu fichário, nas notas espalhadas pelos livros grossos, até que em um bloco com folhas brancas, no meio delas estava um rabisco, com a data daquela semana.Cada linha que ele leu foi o motivo de suas lágrimas rolarem por toda sua face." Querido Daniel"Não faz muito tempo que estamos juntos, uma
Foi em uma manhã fria, um temporal se aproximava, o vento cortante e afoito vinha abrindo caminho para a chuva, essa chegaria em breve, sem dar espaço para nada.Sair com escolta da ala da enfermaria parecia ser o começo do fim, os insultos, as ameaças, Evan sentiu medo, e qualidade um na situação dele sentiria, que animal tentaria contra o próprio irmão afinal?Foi mantido segredo de Evan que cinco minutos antes do julgamento ele conversaria com Daniel, então ele não sabia o motivo de estar indo para uma sala privada.Tratado como um criminoso qualquer, suas mãos algemadas a mesa, um guarda o olhava com desprezo, o que ele poderia esperar a seguir, seria no mínimo mais acusações.Sua vida toda passava como um filme em sua cabeça, todas as vezes que brigou com Daniel por coisas bobas, todas as vezes que assumiu a culpa no lugar de Daniel, e princ
Alice, estava ao lado da cama falando com uma enfermeira, o assunto parecia estranho a quem ouvia, algo como pós traumático, Richard preocupado na porta, e pela janela, podia ver os outros membros da família, estavam preocupados, mas com quem exatamente, esse questionamento partia de Evan, a única pessoa que lhe importava estava ao seu lado segurando suas mãos, os cabelos claros, compridos abaixo dos ombros, a face calma.— Que bom que acordou, estávamos preocupados com você. — A voz de Daniel lhe tirava do devaneio.— Estou livre? — Pergunta parecia ser tão tola quanto o julgamento.— Está sim, logo vamos para casa, o pesadelo acabou Evan. — Daniel falou calmo segurando as mãos de Evan.— Pesadelos... — murmurou pensativo. — revivi todos que tive desde a infantil naquele lugar.Alice escutava a conversa dos rapazes de maneira disfarçada, a movimentação no corredor também parecia que não ajudaria em nada.Era hora de se sentir grato e