Khrona, 1722.
♤Afonso Sartori♤
Eu sabia que tinha algo de errado acontecendo embaixo do meu nariz e eu não estava dando crédito. Um informante que coloquei na cola de Layla e Ivy me contou que elas tem ido a reuniões justamente dos agitadores humanos que provavelmente querem atrapalhar meus planos.
Eu sabia que Ivy ia ser um atrapalho nos meus planos. James já estava ciente da participação de Ivy em tudo. Inclusive que ela conseguiu arrastar Vicente pra tudo isso. Eu só não quero a morte deles. Isso eu não permitirei.
Sigo com alguns vampiros até o local que eu há um tempo sabia que era o centro das conspirações contra nós. Eu tinha tudo em mente. Layla já estava muito fraca e colocá-la contra seus amigos, que na história toda são os mocinhos, iria enfraquecê-la duas vezes mais.
E o circo estava armado. Ivy era minha cartada final. Com uma frase sussurrada eu fiz Ivy f
Khrona, 1722.Bônus 》John Sartori《Eu já não quero mais me vingar do meu irmão idiota. Eu já não quero mais tomar Layla dele só pra vê-lo sofrer. Isso tudo mudou por duas coisas. A primeira foi a conversa que tive com Lavigne, a puta da minha ex.Flashback on:Sempre quando preciso pensar me dirijo até o riacho que minha mãe adorava. Era o nosso lugar predileto. Parece que esse lugar fez questão de eternizar o cheiro dela. Enquanto jogo pedras dentro da água, sinto alguém se aproximando. Pelo cheiro, conhecidíssimo por sinal, sei quem se aproxima.-O que quer, Lavigne?-Pergunto impaciente.-Já deixei claro que não quero conversar com você em hipótese nenhuma.-Não vim atrás de você, John.-Ela senta ao meu lado e olha para a mesma direção que eu.-Apesar de saber que te encontraria aqui. Esse é o seu lugar favorito pra pensar
Khrona, 1722.☆Layla Dominic☆Forço meus olhos a se abrirem, mas eles não me obedecem. Sinto meu corpo pesado, muito pesado. É como se eu estivesse dormindo em pé...Tudo dói. As lembranças começam a invadir meus pensamentos e sinto vontade de chorar. Na verdade eu o faço.Como eles podem ter feito isso comigo? Por quê?Eles deveriam ser aqueles que me protegeriam, que me ajudariam apesar de toda dificuldade. E olha o que me fizeram? Olha o que a ambição fez com eles?Sinto as lágrimas extremamente quentes descendo em meu rosto. Essa dor estranha, essa fraqueza, não sei... Eu não consigo abrir os olhos. O que está acontecendo comigo?-Não consegue abrir os olhos?Essa voz... Minha mente está tão confusa. Apenas sei que é um homem. Eu tenho que falar algo, pedir ajuda. Tento falar, mas apenas ouço meus resmungos. Eu estou
Khrona, 1722.Bônus ♡Ivy Sartori♡Acordo com alguém gritando meu nome. Espera aí, é o Vicente. Levanto do chão com uma mão na cabeça; estava doendo bastante. Procuro por Vicente na cela, mas não o encontro.-Ivy! Acorda, meu amor!-Percebo que sua voz vem da cela ao lado.-Vicente!-Corro até a grade e estico a mão.-Pensei que... Que meu pai... Afonso...-Shiiii...-Ele segura forte na minha mão.-Precisamos ajudar Layla. Ela vai morrer em breve.Nesse momento o grande portão é aberto e então ele solta a minha mão. Ficamos parados até vermos quem estava nos visitando.-O que faz aqui?-Pergunto ao meu pai.-É uma pena não poder matá-lo, Vicente.-Ele diz me ignorando e dando atenção a Vicente.-Eu acreditava que você era melhor que toda essa escória de vampiros encostados, mas me enganei. Se deixou ser levado pela conversa bonit
Khrona, 1722.Bônus ♡Ivy Sartori♡Eu sabia de um atalho para chegar do lado de fora. Com o resto de força que tenho, toda canalizada para as pernas, sei que passarei desapercebida e conseguirei alcançar a saída. Vamos lá, Ivy. Você consegue.Corri como uma louca desviando das paredes e dos vampiros que pairavam nos ambientes. Layla estava muito pesada e eu já consigo sentir meus passos diminuindo. Paro ao chegar depois do jardim principal. Vejo que alguns vampiros começam a sair do castelo.–Droga! Eles já perceberam.Ajeito Layla nas minhas costas e corro um pouco mais. Paro quando chego exatamente no local que eu queria. Desço Layla das minhas costas e caio no chão. Ela também cai, só que sentada.–Layla, siga por aquele atalho que eu lhe ensinei na primeira vez quefomos à cidade. Você lembra?–Ela assente levemente entorpecida.–Você vai encontra
Khrona, 1722.☆Layla Dominic☆Eu não sabia o que fazer. Eu estou muito cansada e acho que não conseguirei prosseguir. Ainda estou nesse pequeno túnel e não cheguei ao outro lado. Que outro lado será esse?Avisto uma luz um pouco distante e isso me deu forças pra continuar. Com lágrimas caindo, consigo sair desse túnel estreito e escuro. Estou dentro de uma densa floresta; densa e estranha. Já anoiteceu e eu não aguento mais. Procuro um canto, deito e adormeço.Desperto com algumas vozes ao meu redor. Abro os olhos levemente incomodada com a claridade e então vejo algumas mulheres a minha volta.–É ela, sim.Meu corpo está dolorido, minha cabeça dói e meus olhos automaticamente se fecharam. Estou fraca. Sinto que vou apagar novamente e então o faço.Abro os olhos mais uma vez vagarosamente. Só que dessa vez estou deitada em um tipo de cam
Khrona, 1722☆Layla Dominic☆–Que bom que me reconhece assim, filha.–Ela me encara sorrindo e de olhos fechados.–Eu sabia que irias sofrer, mas não imaginei que seria tanto...–Por que não evitou que me enganassem?–Porque isso te faria mais forte.–Ela toca em meus cabelos.–Eu queria que Afonso te protegesse e te ajudasse, mas meu erro foi deixar que ele nascesse no meio da espécie mais cruel do mundo sobrenatural. E também vi o quanto ele tentou lutar contra o que sente por você, Layla.Lágrimas quentes banham o meu rosto e ela as enxuga. Uma por uma, com um amor estranho.–Ele te ama, só que a sua vontade de ser livre da maldade da sua espécie é bem maior. Por isso teremos que ser radicais com Khrona.–Como assim?–Sua frase me faz ficar atenta.–Sei que muitos al
Khrona, 1722.♤Afonso Sartori♤Eu estou enlouquecendo. Vasculhei tudo que tinha de lugar e não a encontro. Os vários vampiros que procuraram voltaram para mim sem nada. Retornei para o castelo sentindo meu peito se estilhaçar. Da porta, um dos vampiros corre em minha direção.–Seu pai deu uma surra de quase matar a sua irmã. Ele está furioso!Nem termino de ouvir tudo, pois em instantes chego na porta do quarto de Ivy. Nem me dou o trabalho de bater, entro sem cerimônias.–Ivy!–Corro até perto do seu corpo machucado estirado sobre a cama.–Não acredito que ele te deixou assim. Vou matá-lo!–Não, Afonso.–Sua voz sai arrastada.–Não faça nada contra ele. Sei que Layla tratá justiça para todos nós. Não a procure mais. Deixe-a cumprir sua missão, irmão.–Não me peças tal coisa, Ivy.–Suspiro alisando seu cabelo.–Eu estou destruído. Sinto falta
Khrona, 1722.♤Afonso Sartori♤Continuo observando minha irmã que ainda nos olha cautelosa. Ivy sempre foi assim quando o assunto sou eu. Acredito que sempre dei muitos motivos pra ela ter um pé atrás comigo.–Vamos fazer assim: eu vou atrás da Layla e vocês me dão cobertura. Dependendo do que ela me disser, eu revelo pra vocês o plano para ajudá-la. Sei que se forem vocês a ir atrás dela ela pode revidar e isso pode ficar pior.–Ivy sugere se ajeitando na cama.–Eu vejo como ela está e se a mesma aceita nossa ajuda, e vocês me dão toda cobertura possível. O que me dizem?–Tudo bem.–Suspiro pesadamente.–Se eu for atrás dela talvez ela me receba com ataques físicos. Você, como ajudou-a a fugir, pode ser recebida da melhor forma. Só diga quando irá atrás dela e nós te ajudaremos.–Preciso esperar meu corpo se curar de todo veneno que entrou em contato comigo. Vamos ter nos