Rebecca abre lentamente os olhos, sua visão ainda turva. Seu rosto lateja de dor, e lágrimas escorrem de seus olhos. Ela sente a mão do estranho deslizando por seu corpo, e um calafrio percorre sua espinha. Num ato de desespero, ela se arrasta pelo chão, afastando-se das mãos ameaçadoras do homem sinistro.— Ainda bem que você acordou. Não tenho interesse em brincar com mulheres inconscientes. — Vocifera, sua voz ecoando ameaçadoramente no ambiente. — Como alguém poderia querer se livrar de uma mulher tão incrivelmente bela e cativante como você? — Indaga, segurando-a pelos pés e arrastando-a em sua direção.— Não! Não me toque. — Grita, sapateando e acertando o rosto dele com os pés. Com esforço, ela se apoia no sofá e tenta se levantar, mas sente seus cabelos sendo brutalmente agarrados e violentamente jogada novamente ao chão.— Quanto mais você resistir, mais dolorosa será sua situação. — O homem ameaça, dominando-a. — Você é uma mulher atraente e mulheres grávidas têm seu próprio
No hospital, o choro incessante das mulheres ecoa pelo ambiente enquanto absorvem as palavras de Richard. Ele suspira e passa a mão pelos cabelos, sentindo seus próprios batimentos cardíacos acelerados.— Fiquem calmas. — Pede, olhando para suas amigas. — Rebecca e os bebês estão bem. — Sua voz trêmula e os olhos marejados refletem o medo que o consome.O clima de comoção no ambiente se faz presente, as mulheres abraçam seus maridos, tentando encontrar conforto naqueles momentos de desespero. Toda a situação é extremamente dramática, e a incerteza paira no ar, como uma sombra ameaçadora, enquanto esperam por mais notícias. Cada segundo parece uma eternidade.— Richard, por que você fez isso? — Questiona Luiza, enxugando as lágrimas. — Por que mentiu?— Entrei em pânico ao vê-lo. Vocês não ouviram aquele áudio, mas eu ouvi. É assustador. Vocês sabem que Alex não ficará muito tempo preso. Precisamos garantir a segurança de Rebecca e dos bebês.Luiza senta-se incrédula, com aquelas palavr
Na casa de Nicole, Peter está sentado no sofá, observando atentamente o surto dela. Era um cenário que já se repetira inúmeras vezes, sempre que as coisas fugiam de seu controle. No entanto, ele aprendeu que o melhor caminho era manter distância, evitando tornar-se alvo da fúria dela. Desde os primeiros dias ao seu lado, Peter compreendeu o quão desequilibrada Nicole podia ser e que a obediência às suas ordens era a melhor estratégia para evitar as consequências severas que ela e sua família poderiam impor. Com um taco de golfe, Nicole desferia golpes devastadores na enorme televisão da sala, despejando sua frustração em cada pancada.— Me explica isso, Peter. Como seis homens, seis, deixaram aquela idiota escapar? — Pergunta, sua voz ecoando entre os destroços da sala.— Pelo que entendi, quando o Natan chegou, apenas um deles estava no apartamento. — Responde, observando Nicole destroçar a televisão e rezando para que, dessa vez, sua fúria não se voltasse contra ele.— Maldito Natan,
Rebecca passou aquela noite em claro, seus pensamentos completamente tumultuados, e a dor que seu corpo suportava era apenas uma sombra diante da tormenta emocional que a assolava. No silêncio sufocante do quarto, ela toma finalmente a decisão que vinha recusando nos últimos dias. Com as mãos acariciando sua barriga, lágrimas escorrendo sem controle de seus olhos, ela sabe que não pode mais adiar o que precisa fazer. Quando Richard entra no quarto para examiná-la, ele é surpreendido pela visão de Rebecca, vestida e com um olhar vago, sentada na cama.— Você demorou hoje. — Comenta, observando-o com olhos distantes. — Para onde devo ir? — Pergunta, desviando o olhar para o chão.— Do que você está falando? — Indaga, confuso e preocupado— Vocês não passaram a semana inteira me dizendo que eu deveria ir embora? Estou pronta para isso! Qual é o meu destino? — Pergunta, com um olhar que esconde uma mistura de emoções incompreensíveis.— Eu não sei, Ryan estava cuidando de tudo. Ele estará
Na manhã seguinte, Alex é acordado por uma enxaqueca pulsante, um lembrete implacável da noite anterior, uma noite vazia e dolorosa onde a bebida apenas ampliou sua solidão. Ele se levanta do sofá, senta-se e encara mais uma vez a pequena caixa sobre a mesa. As mãos encontram seu rosto e ele solta suspiros profundos, encarando a dura realidade que o envolve.Determinado a não perder mais tempo, Alex reúne seus pertences entregues pelo advogado e coloca o celular para carregar. Ao se aproximar da mesa, seus olhos são atraídos mais uma vez para os sapatinhos brancos, uma visão que o oprime com uma tristeza dilacerante. Com as mãos trêmulas, ele pega o envelope que descansa ao lado da caixa e se acomoda no chão, recostado no sofá, pronto para mergulhar na leitura da carta. A tristeza o envolve de maneira intransigente, como uma sombra que não o deixa escapar, uma presença angustiante em sua vida solitária.“Oi, papai, estávamos te esperando para te contar que na mamãe agora batem três cor
Após aquela tarde, Alex aguardou pacientemente pela confirmação de suas suspeitas, mantendo-se imerso em seus negócios e usando sua habilidade e dedicação para reconduzir o grupo Wealth ao topo do mercado financeiro. Rebecca, por sua vez, passava cada vez mais tempo isolada, apenas na companhia dos filhos, uma vez que Susan retornara para sua própria casa. As visitas de amigos tornaram-se raras, pois todos compartilhavam o receio de que Alex estivesse monitorando seus movimentos.Um mês depois, Alex coloca seu plano em prática. Durante a noite, ele toca a campainha da casa de Ryan e entra assim que a porta é aberta, encontrando todos os seus amigos reunidos na sala de jantar.— Onde ela está? — Questiona, surpreendendo-os. — Onde vocês esconderam a Rebecca?— Alex, saia da minha casa, agora. Seu doente, quem você pensa que é? Saia imediatamente. — Ordena Ryan, levantando-se, sua voz trêmula com uma mistura de sentimentos.— Por que diabos eu sairia? Onde ela está, Ryan? O que vocês est
Naquele momento, o olhar azul de Alex transformou-se em escuridão profunda. Ele suspira, fixando as câmeras, e, apesar do nervosismo que o envolve, mantém a compostura com maestria. Seus olhos, exalam uma frieza que arrepia a espinha de todos, deixando uma sensação desconcertante no ar.— Boa tarde a todos. — Inicia a coletiva com voz firme e autoritária. — Quase oito meses se passaram desde aquela noite que virou minha vida de cabeça para baixo, uma noite em que eu sequer estava em Boston. Fiquei quase quatro meses atrás das grades, meu império sofreu um colapso e vi um excesso de dinheiro escorrer pelos dedos. Reconstruir o que foi perdido foi uma jornada árdua, mas agora que as peças estão no lugar, é hora de abordar a base da questão. Está coletiva é dedicada completamente à mulher que transformou meu mundo em uma confusão. Tudo o que fiz ao longo dos anos foi amá-la, mas agora me vejo arrastado para um processo onde sou acusado de conspirar para o assassinato de minha ex-esposa e
Alguns dias depois, Rebecca voltou para Seattle, enfrentando um dos momentos mais difíceis de sua vida. Uma parte de seu coração clama que algo está errado, enquanto as ameaças públicas de Alex a fazem temer. Mesmo que isso signifique continuar a mentir sobre a existência dos filhos, seu lado racional prevalece. Ela suspira, com o coração batendo forte, e toca a campainha.— O que você está fazendo aqui? — Pergunta Samantha, surpresa ao abrir a porta.— Sei que meu rosto é o último que você quer ver, mas não tenho mais para onde correr. — Diz Rebecca, com os olhos marejados, segurando as lágrimas.— Por favor, entre. — Samantha abre a porta mais amplamente, abrindo espaço para que Rebecca entre. — Rosa, faça um café para nós.— Samantha, eu sei que não mereço o seu perdão pelo que aconteceu no passado e eu só quero me desculpar por tudo o que…— Não foi você quem fez, foi ele. — Interrompe, sua expressão mostrando compaixão. — Você não precisa pedir desculpas pelos erros dele.— Não fo