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Capítulo-2- Provando O Próprio Veneno.

Pov- Angelique.

Angelique- Meu pai chegou tarde da noite e foi rapidamente dormir , eu não consegui falar com ele por que estava mais apagada que um morto.

Eu estava tão cansada de tudo o que aconteceu na faculdade que eu só queria esquecer e fingir que nada aconteceu , olhei uma última vez para a janela antes de me levantar .

O sol já estava iluminando a fresta da janela então olhei para meu celular vendo que já estava na hora de me arrumar pois iria perder a hora.

Corri para o banheiro tirando meu pijama e entrando dentro do box , hoje parece que irei ter que enfrentar aqueles garotos de novo , suspirei pesadamente só de lembrar no que houve ontem.

Angelique- Já me cansa - olhei para o chão vendo a água ir para o ralo enquanto me lembrava deles - Eu vou viver - era frase que sempre usava para avisar para a minha mãe que iria superar , só não sabia quando .

Coloquei a roupa no meu corpo assim que me sequei e então olhei para o meu reflexo no espelho , meu pai dizia que eu era igual a minha mãe , o mesmo rosto e jeito de falar - queria pelo menos uma vez conversar com você , apenas para ter certeza de que meu rosto é tão igual assim como o meu pai fala - Eu sempre falava olhando para o meu reflexo, meu pai dizia que eu parecia demais com a minha mãe mas infelizmente ele não tinha mais fotos com ela porque acabou se desfazendo de todas quando minha mãe morreu, a última ligação que eu tinha com a minha mãe era com o meu próprio rosto e sempre fazia o mesmo discurso de manhã olhando para o meu reflexo como se estivesse conversando com ela, era a única forma que encontrei para ter pelo menos um pouco de contato com ela. - Eu vou sobreviver .

Angelo- Oi - olhei para o reflexo no espelho vendo meu pai me olhando da porta , ele sorriu de braços cruzados porém estava uma colher de pau em uma das mãos Eu sabia que ele estava fazendo café da manhã - parece que hoje você não vai perder a hora - se virou - venha tomar seu café da manhã - dito isso ele foi embora me deixando sozinha no meu quarto novamente.

Angelique- Nem um pouco delicado - as escova pelos meus cabelos antes de prender em um rabo de cavalo no alto da cabeça, logo em seguida coloquei meus tênis e passei um batom vermelho nos lábios apenas para dar a cor , depois disso saí para a escada levando minha mochila comigo - Bom dia , papai.

Angelo- Bom dia , meu bem - colocou uma salada de frutas na minha frente e uma torrada com ovos mexidos e bacon - hoje vou ficar até mais tarde de novo - avisou - mais antes da madrugada já vou estar em casa.

Angelique- Tudo bem - terminei de comer meu café da manhã e voltei para meu quarto apenas para escovar os dentes antes de voltar para a sala e pegar minha mochila - bença pai - falei alto - bom trabalho - ele me deu um beijo no rosto.

Angelo- bom dia minha flor - falou - bons estudos - logo em seguida sai de casa subindo no skate e saindo para as ruas.

Enquanto estava indo para a faculdade o caminho era fácil , ninguém iria me encher o saco e principalmente me insultar , até pelo menos quando eu estiver nas ruas.

Quando cheguei nos portões da faculdade , olhei para o outro lado da rua vendo aqueles homens da gangue , estavam conversando entre si antes de olharem para mim. O líder me olhou com raiva e nojo porém não fazia a menor ideia do por que ele estava fazendo isso comigo.

Resolvi entrar antes que eles pudessem resolver vir atrás de mim , respirei fundo olhando para os lados até que entrei na sala de aula , me sentei no canto olhando para a janela quando Catalina entrou como um furacão.

Catalina- Oi Andy - olhei para ela - tudo bem? - me deu um abraço - e o tio Ângelo?

Angelique- Chegou tarde do trabalho de novo , disse que vai chegar tarde hoje outra vez , estou preocupada com ele pois não está dormindo muito bem - revelei.

Catalina- Nossa , o tio Ângelo trabalha demais - eu afirmei com a cabeça - não vai tirar férias Não?

Angelique- Não , ele nem toca no assunto das férias , acho que não se importa porém ainda é um bom pai , não tenho o reclamar dele - ela sorriu - ainda acha que o longboard é um brinquedo - ela gargalhou.

Catalina- Tio Ângelo é demais - sorri para ela quando os outros alunos entraram junto com o professor - hora da aula - ela afirmou com a cabeça e juntas começamos a estudar , mais eu só queria esquecer um certo grupo de briguentos.

As horas foram passando até o sinal tocar revelando ser o intervalo , Catalina já estava eufórica sabendo que iria se livrar das aulas pelo menos um pouco. - tomara que aqueles caras não estejam no refeitório .

Angelique- Ainda quero saber o por que eles insistem em provocar só a mim - falei - é encosto , só pode. - chegamos no refeitório e graças a Deus eles não estavam - ainda bem - caminhamos até a mulher da cantina e pegamos a nossa bandeja , andamos até a nossa mesa e sentamos ali começando a comer o nosso lanche .

Estávamos olhando uma para a outra quando finalmente estávamos conversando. - você viu o episódio novo de Star Trek Discovery? - perguntei tentando esquecer aquele homem.

Catalina- Ainda estou vendo o perdidos no espaço - respondeu - mais vou começar semana que vem - estava feliz por que a gangue ainda não tinha chegado , terminando de comer com muito mais rapidez e logo em seguida resolvemos ir para o campo onde no sentada perto de uma árvore estava embaixo de sua sombra junto com muitos outros alunos da faculdade para aproveitar a sombra.  Quando a gangue chegou , eu olhei para eles e logo em seguida junto com Catalina ficamos caladas apenas esperando para ver o que eles iriam fazer. - que eles não nos vejam pelo amor de Deus , amém.

XXX- Olha o que temos aqui ? - um deles chutou um rapaz para fora do caminho e ele olhou para mim , o outro homem tatuado puxou a minha amiga para longe de mim nesse momento e ele colocou as mãos no bolso e olhou diretamente no meu rosto, acabei escolhendo as minhas pernas para que ele não pudesse chutá-las ou tentar me machucar. - A gorda de rodas. - falou para me insultar.

Estava de óculos escuros e uma regata , vestia também uma calça jeans rasgada e um par de botas de couro . Ele então se abaixou colocando a mão na árvore impedindo que eu pudesse sair, olhei para Catalina que estava discutindo com o outro rapaz enquanto alguns dos alunos saiam de perto de nós para voltar para dentro da faculdade simplesmente para que não pudessem ser atacados .

XXX- Andrew deixe ela aí - uma loira falou o abraçando , querendo ou não ela estava o tirando de perto de mim, pelo menos isso já poderia me ajudar em alguma coisa - não vale a pena querido. - o abraçou tirando o corpo dele próximo do meu mas ainda sim ele colocou o seu rosto perto do meu ouvido e eu podia sentir o perfume amadeirado tomar conta .

Andrew- Deu sorte - se levantou abraçando a loira , que por si só deu uma piscada para mim.

Seus amigos saíram junto com eles e minha amiga se aproximou de mim , Catalina estava assustada então resolveu ficar calada em vez de falar alguma coisa enquanto se mantinha abraçada comigo.

Olhei em seus olhos quando nos levantamos e voltamos para a faculdade, Eu sabia que ela iria tentar fazer alguma coisa para se vingar deles mas ainda assim era muito perigoso, não podíamos tentar fazer nada pois o grupo deles era enorme e poderiam vir para fazer maldade conosco outra vez se perceber assim que nós tínhamos feito alguma coisa contra eles.

Catalina- você acha que eles vão tentar fazer alguma coisa contra você quando descobrirem que o seu pai é o delegado da cidade? - perguntou assim que voltarmos para o corredor onde ficava a nossa sala de aula, então eu respirei fundo antes de olhar para ela - se eles forem mesmo uma gangue perigosa Então vai significar que literalmente vão tentar prejudicar você em retaliação para o tio Ângelo.

Angelique- Eu sei - respirei profundamente quando chegamos na porta da sala, eles estavam na entrada da sala deles e olharam para nós com um olhar mortal, eu simplesmente finge que nada estava acontecendo e entrei dentro da sala de aula porque sabia que ali eles não poderiam fazer nada contra mim - além de praticar bullying, eles estão cometendo um crime de perseguição pois ontem quando fomos embora eles vieram atrás de mim e só pararam quando entrei dentro da delegacia, eu tinha esquecido a chave de casa eu tive que passar no trabalho do papai para pegar as dele, aquele Andrew estava dirigindo o carro estava me seguindo pelas ruas e só parou quando eu cheguei dentro da delegacia.

Catalina- ele seguiu você pela rua então? - eu respirei fundo enquanto afirmava com a cabeça e logo em seguida ela então cruzou os braços tentando pensar em alguma coisa - você passou muito tempo no cemitério da cidade, tenho certeza que você conhece aquele lugar mais do que até os próprios coveiros , o que acha de pregar uma peça? - eu me interessei no que ela estava dizendo.

Angelique- Eu vou atrair aquele grupo para o cemitério e fazer com que ele se percam na floresta - ela sorriu para mim quando eu segurei sua mão, parece que finalmente eles vão ter o que merece por ficar me seguindo sem saber onde estão indo - só vamos esperar acabar a aula então eu vou fazer isso.

Catalina- Vou com você - eu neguei com a cabeça.

Angelique- o problema deles é comigo, vamos manter você longe por enquanto e também diz que eu vou estar com muito mais rapidez no cemitério - ela afirmou com a cabeça não muito convencida mas ainda sentia que aceitar isso, comecei a prestar atenção na aula apenas para tentar esquecer um pouco mas ainda sente esse plano na cabeça, não sabia se me ligar poderia ser uma jogada de mestre mas ainda assim seria tudo ou nada.

Quando finalmente o sinal tocou e a aula acabou, eu e ela caminhamos abraçados até chegar ao hall de entrada da faculdade, ela então olhou no meus olhos quando o Uber chegou.

Catalina- fica na boa - logo em seguida entrou no Uber, eu esperei mais alguns minutos na entrada da faculdade até que eu pude ver aquele grupo se aproximar, eles estavam vindo para cima de mim então olhei para o rosto do líder deixando um sorriso aparecer quando subir em cima do skate comecei a andar pelas ruas.

Olhei para trás vendo o olhar cruel do líder deles , ele então entrou dentro do carro como se estivesse com ódio e eu sabia que vivia atrás de mim, então comecei a patinar com muito mais rapidez para que o meu longboard pudesse ir mais rápido, eu comecei a usar algumas calçadas para que o carro não pudesse entrar em cima de mim para me machucar.

Eu sabia que não era só ele que estava atrás de mim, como ele era o líder do grupo então essa com certeza eles também estariam vindo seguindo o seu amigo, então fiz outra manobra entrando dentro do cemitério. eu passei muito tempo aqui sentado ao lado do túmulo da minha mãe tentando conversar com ela, eu trazia algumas flores e algumas cartas de quando eu era criança então eu acabei estudando muito as partes do cemitério sabendo exatamente onde ficavam todas as saídas. Olhei para trazendo o carro sendo estacionado e logo em seguida peguei o skate nas mãos e comecei a correr , eu comecei a usar os mausoléus como esconderijo enquanto continuava a correr para que pudesse atrasá-los e logo em seguida entrei dentro da floresta correndo por entre as árvores.

Andrew- Cadê você , elefante? - ele começou a perguntar na floresta porém mal sabia ele que já estava praticamente quase na saída, subir em cima de uma das árvores com muita rapidez até porque eu fazia le parkour quando tinha tempo, mesmo eu sendo uma pessoa gordinha ainda assim gostava de praticar alguns exercícios físicos e acabou que isso me ajudou agora. Eu olhei para baixo vendo eles passar justamente adentrando ainda mais para dentro da floresta, cerca de 5 minutos depois eu desci da árvore e corri para outra saída voltando para dentro do cemitério, eles iriam ficar no mínimo quase uma hora dentro da floresta antes que pudesse me arrumar uma forma de sair.

Angelique- Bem feito - pelo menos assim eles iriam provar do próprio veneno - praga. - subir em cima do skate e comecei a vou patinar para sair do cemitério, agora a única coisa que eu queria fazer é chegar em casa e descansar, pelo menos hoje eu vou ter uma noite de descanso sabendo que aquele grupo provou do próprio veneno quando ficou vindo atrás de mim, principalmente quando ficou insultando pessoas só porque elas não têm o mesmo corpo e o peso que elas. Seres humanos são seres principalmente cruéis e mesmo que não fosse então diferente do seu próximo ainda assim, iria arrumar uma forma de prejudicá-los apenas por bem próprio. - papai estava certo - realmente meu pai estava certo quando disse que as pessoas iriam me julgar sem me conhecer, e eu ainda assim continuei com aquela feia mania de ter um coração bom mesmo sabendo que as pessoas poderiam se aproveitar de mim por causa disso.

Quando enfim cheguei em casa mandei uma mensagem para Catalina dizendo tudo o que aconteceu, ela mandou algumas mensagens dizendo que eu tinha feito a coisa certa pois pelo menos assim eles poderiam parar de vir atrás de mim pelo menos um pouco, ou então tudo iria piorar amanhã. Mas nessa altura do campeonato eu já não estava me importando muito porque sabia que poderia arrumar uma forma de simplesmente fingir que nada disso tava acontecendo, exatamente da mesma forma que eu fazia quando estava no ensino fundamental e no ensino médio.

Quando eu cheguei em casa , eu pude reparar que a comida já estava pronta, meu pai sempre deixava o meu prato de preparado dentro do micro-ondas, Eu só esquentei o quanto de colocar sobre a mesa e pegar um copo de suco na geladeira, era um strogonoff de frango com batata palha e batata frita, copo de suco de maracujá com hortelã e comecei a comer também, a televisão já estava ligada na sala então simplesmente deixei que meu seriado pudesse passar na Netflix, sempre gostei de seriados e filmes de ficção científica, isso poderia me tirar do mundo triste que eu estava vivendo agora , eu sempre fui uma pessoa de ficar dentro de casa a maior parte do meu tempo e acredito que é por isso que eu tenho poucos amigos , na verdade eu só tinha Catalina como amiga pois ela me defendia quando eu era criança. - agora parece que eu tenho um inimigo que quer fazer de tudo para me prejudicar, Vamos ver até onde ele vai com essa maldade....

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