Depois do dia agitado de trabalho, finalmente cheguei em casa, tomei um banho e coloquei uma roupa confortável… passei o dia tentando ligar para Henrique e nada, ele não atendia.
Então resolvi que vou esperar ele retornar, não vou mais insistir, o mais interessado em nós dois era ele e parece que ele não está ligando nem um pouco.
Me sentei em minha cama e peguei minha caixinha onde guardo as lembranças do Cadu, abri e fiquei olhando as fotos, no fundo da caixa tinha uma caixinha dessas que vem anéis, e lá estava o anel que ele havia me dado quando começamos a namorar… nossa, meus olhos se encherem de lágrimas, peguei a caixinha e abri, o anel estava lá, então tirei e coloquei em meu dedo novamente.
— Nunca vou esquecer você Cadu… eu disse olhando o anel… por mais que eu tente, por mais que me digam que preciso deixar isso pra trás, eu não consigo, pelo menos ainda não, eu tentei, eu tentei seguir e me envolver com alguém, ma
Dia seguinte… NênalyAcordei o mais cedo que eu pude no dia seguinte, não consegui arrumar minhas malas para a viagem ontem pois acabei dormindo em meio aos meus pensamentos… a madrugada não foi fácil, acordava assustada várias vezes, pensando no Cadu, os pensamentos nele não saiam da minha cabeça, e eu confesso, não estava aguentando mais tudo isso, eu estava a ponto de enlouquecer.Depois de arrumar minhas coisas, me arrumei e desci com as malas, fui para a cozinha tomar café.— Bom dia família… eu disse entrando na cozinha e me sentando a mesa.— Bom dia… eles responderam.— Tudo pronto amiga? Perguntou Helô.— Sim, tudo pronto… eu disse.— Você vão ficar quantos dias? Perguntou Leandro.— No máximo uma semana… eu disse...relaxa, não vai ficar muito tempo longe d
Canadá - RicardoAcordei pela manhã com um pouco de dor de cabeça... hoje eu estava meio estranho, andei tendo uns sonhos esquisitos, um sonho onde eu estava no mar, muito bonito, muito azul e um pouco revolto, eu pegava algumas ondas, mas de repente cai da prancha, estava me afogando, tentando me segurar na prancha mas ela estava escorregadia demais e eu não conseguia... isso me deixou muito inquieto, será que era uma lembrança do meu passado, ou era um sonho ou pesadelo qualquer... não sei, se ao menos tivesse alguém pra me confiar que isso aconteceu de verdade, mas não tem ninguém.Eu me cansei de procurar pela minha família, em todos os lugares que tentei não tem nenhum registro, Gabriel Campos é um nome comum, e aqui no Canadá eles não vivem, com certeza em outro país bem longe daqui.Eu decidi que iria viver daqui pra frente, sem preocupações, mas isso foi antes de eu ter esses sonhos estranhos... mas n
Entardecer de sexta-feira — Canadá — RicardoA semana passou depressa, Lana e eu conseguimos resolver as coisas na livraria para podermos viajar para o Brasil amanhã, só precisávamos ficar até hoje a noite, quando a autora do livro Acredita em anjo viria a livraria para uma noite de autógrafos.Eu passei a semana inteira pensando nela, na Nênaly, o livro dela mexeu comigo de uma forma tão estranha, intensa, diferente, aquela carta dirigida ao tal Cadu me fez ficar muito triste, pensando em tudo que ela estaria sofrendo com a morte dele, eu queria muito conhecê-la, e quem sabe ter a oportunidade de dizer alguma coisa, não sei, qualquer coisa, espero poder vê-la hoje a noite, se eu não estiver muito ocupado é claro, a livraria com certeza vai estar bem cheia, não sei se vou ter a oportunidade, mas vou tentar.Não contei nada pra Lana, eu não queria contar que estava tendo sonho
RicardoPensei que teria sorte e conheceria a Nênaly, mas não consegui… só consegui mesmo dar uma fugida e vê-la de longe… confesso, quando a vi senti meu coração bater mais forte, ela era tão linda quanto na foto, parecia de verdade uma boneca, se Alana soubesse disso morreria de ciúmes, mas não posso negar que a beleza dela me encantou, não sei, mas eu não tive reação alguma, eu só conseguia ficar olhando pra ela e admirar o quanto ela era gentil, simpática, sorrindo e tirando fotos com o público, deu pra ver que ela era muito receptiva e não tinha essas coisas de superioridade.Mas, infelizmente não pude sair da administração para ir falar com ela, não deu, a minha gerente ficou lá conosco o tempo inteiro, se certificando de que eu estava deixando tudo em ordem antes de eu ir viajar.No fim do expediente, ela já havia ido embora a muito tempo, então não tive a chance de co
Nova York — HenriqueEu não imaginava que Nênaly havia vindo para Nova York, ela nem de disse nada, e muito menos imaginava que fosse encontrar ela no parque no exato momento em que encontrei Andressa, minha distração aqui.Que azar! Não era pra Nênaly ter visto nós dois, agora ela está pensando o pior de mim, claro que não me importo nem um pouco, mas isso não é conveniente pra mim, como vou continuar com ela pra me vingar? Se bem que, uma traição como ela sofreu no seu primeiro relacionamento não foi nada mal, mas não era pra ter sido agora, eu precisava tê-la por completo pra terminar minha vingança.Vou voltar ao Rio para ver o que posso fazer, como tento reverter essa situação, embora eu ache que não terá concerto, mas preciso fazer algo, se ela for irredutível, aí eu digo logo toda a verdade pra acabar de vez com isso, já estou de saco cheio de pagar de bonzinho, minha
Manhã do dia seguinte — Nênaly.Acordei em uma sala de hospital, minha cabeça doía muito, meu corpo estava pesado e muito cansado, a claridade fazia meus olhos doerem.— Que bom que acordo amiga… disse Helô pegando em minha mão.— O que aconteceu? Perguntei baixinho.— Você se afogou no mar, um salva vidas te resgatou, trouxeram você pra cá e informaram a gente, sua mãe e o Lê também estão aqui, mas estão lá fora… disse ela.— Claro, eu me lembro… eu estava tão mal que… eu dizia.— Não, não fala isso, já passou… disse ela… nunca mais faça isso ok? Nunca mais.— Está bem… eu disse e respirei fundo.Eu não precisava dizer nada, ela sabia de tudo, entendeu tudo, minha amiga me conhecia tão bem… ela ficou comigo o tempo todo, em silêncio, me dando carinho pois era isso que eu precisava.
RicardoMeu Deus o que eu fiz?! Na verdade, o que eu faço agora? Eu a vi sentada, sozinha, era ela, a Nênaly, eu quis me aproximar e conhecê-la, a autora do livro, mas acho que não foi uma boa ideia apesar de eu ter sentido o que eu não sabia nem explicar… eram tantos sentimentos, ela me hipnotizou, ela me fez ficar preso na sua ilusão, por um instante eu pensei que era mesmo esse Cadu.Mas tudo acabou mal, ela desmaiou nos meus braços, e eu não sabia nem o que fazer, tentava reanimá-la mas era em vão, pedi ajuda a umas pessoas, já que Lana não parecia.Ele me ajudaram, a levei pra um quiosque e um cara disse que conhecia o irmão dela e foi chamá-lo, então fiquei esperando, já que ela passou mal comigo preciso explicar o que aconteceu.— Cadê minha irmã… o que aconteceu com ela? Disse ele vindo correndo junto com outra mulher.Quando ambos
NênalyMinha cabeça dava voltas, eu mal conseguia abrir os olhos, estava muito confusa, alguém segurava minha mão, abrir os olhos devagar e vi que era Leandro.— O que aconteceu? Perguntei sonolenta.— Você desmaiou, você teve uma emoção muito forte… disse ele.— Eu só lembro que estava na praia, tendo um sonho muito lindo, que acabou em pesadelo… eu disse.— Descansa… quando você recordar melhor os sentidos nós conversamos… disse ele.Fechei os olhos novamente e dormi, foi tão real tudo que eu vi na praia, se eu não tivesse certeza de que o Cadu está morto juraria que era ele de verdade ali, na minha frente, mas não era, era um sonho, um sonho pois não era ele, na verdade não sei nem quem era aquele homem, estou tão envergonhada com o que aconteceu, como eu pude ver o Cadu em out