Nênaly
Minha cabeça dava voltas, eu mal conseguia abrir os olhos, estava muito confusa, alguém segurava minha mão, abrir os olhos devagar e vi que era Leandro.
— Você desmaiou, você teve uma emoção muito forte… disse ele.
— Eu só lembro que estava na praia, tendo um sonho muito lindo, que acabou em pesadelo… eu disse.
— Descansa… quando você recordar melhor os sentidos nós conversamos… disse ele.
Fechei os olhos novamente e dormi, foi tão real tudo que eu vi na praia, se eu não tivesse certeza de que o Cadu está morto juraria que era ele de verdade ali, na minha frente, mas não era, era um sonho, um sonho pois não era ele, na verdade não sei nem quem era aquele homem, estou tão envergonhada com o que aconteceu, como eu pude ver o Cadu em out
LeandroNão sei como eu diria a minha irmã que tudo que ela viu era real, que o Ricardo estava ali diante dela, se ela reagiu dessa forma quando o viu, imagine como vai ficar em saber que ele está vivo.Eu preciso contar, só espero que ela não se sinta mal de novo.— Mana… eu disse fazendo um carinho em sua mão.— Oi… disse ela virando o rosto pra mim.— O que você viu na praia era real… era de verdade o Ricardo, ele está vivo, foi um grande engano a morte dele, é uma história muito louca e difícil de acreditar, mas ele está vivo… eu disse e ela arregalou os olhos.— Que? Não, isso não é verdade Leandro, porque tá fazendo isso comigo? Eu sei que eu o vi na praia, mas foi coisa da minha imaginação, eu realmente pensei que fosse ele, mas não era, era um tal Gabriel, ele mesmo disse, mas eu estava vendo o Cadu, a minha mente está p
Henrique— Maldito Ricardo! Mil vezes maldito! Gritei quebrando tudo que vi pela frente em meu quarto.Ele apareceu, ele estava vivo, como pode isso acontecer? Aquele desgraçado tinha que morrer! Tinha que ficar naquele fim de mundo, não podia voltar pra cá! Miserável, como pode ter tanta sorte? Como pode ter vindo o exatamente pra cá? Pro lugar certo? Eu não consigo entender, juro que não consigo, estava tudo tão bem, tudo estava indo do jeito que eu queria e agora essa, que desgraça, agora não posso mais continuar com a minha vingança, terei que trazer minha mãe de volta pra casa e inventar a maior desculpa do mundo dizendo que tudo não passou de um engano horrível dos médicos e também tenho que dizer a ela que não diga ao Ricardo onde ela estava, já que a convenci que ficar ali seria para o seu próprio bem e ela concordou.Terei que contar a ela que ele não se lembr
2 meses depois… Nênaly.Depois de dois meses eu consegui me recuperar melhor, resolvi que não vou mais ficar sofrendo sozinha, resolvi que tenho que parar de me destruir enquanto o Cadu se reconstrói, ele está bem, já voltou ao seu trabalho na sua empresa, sua mãe já está de volta em casa e ficou extremamente feliz em saber que ele estava vivo, claro ela teve um susto como eu, mas logo melhorou… pelo que eu sabia ele estava bem com a sua “namorada”, a vida dele estava fluindo, e a minha também teria que fluir, fluiu quando ele não estava aqui, e agora que ele voltou e está bem eu vou paralisar, não, não posso, eu vou superar tudo isso, vou ser forte, chega de chorar pelo leite derramado, o que está feito está feito e nada que eu faça vai mudar as coisas que aconteceram, de uma forma ou de outra eu preciso aceitar.Ele ainda não havia lembrado de nada e pelos médicos só uma força de vontade m
HenriqueEu tenho que falar com a Nênaly hoje, ela tem que me ouvir, já tô cansado dela fugindo de mim, vai ser por bem ou por mal, ela tem que me ouvir.Fui a festa do João, sei que ela vai estar lá, boa hora para abordá-la… entrei discretamente e peguei uma bebida, depois fiquei procurando por ela entre as pessoas, e tinham muitas, da onde saiu tanta gente? Isso aqui mais parece uma boate lotada.— Henrique, porque não disse que vinha mano? Disse Ricardo se aproximando de mim.Eu quis revirar os olhos de ódio, mas me contive e abri um sorriso amarelo.— Fala maninho, blz? Perguntei.— Beleza… veio sozinho? Se tivesse falado eu tinha lhe chamado… disse ele.— E, eu vim, e eu não queria ficar de vela… eu disse.— Estava procurando alguém? Perguntou ele.— Sim, a Nênaly, a viu?<
NênalyNão deu pra fugir do Henrique dessa vez, ele me pegou no meio de nossos amigos e eu não pude dizer que não queria falar com ele, mas até foi bom, eu o escutei e ele esclareceu tudo, não sei se consigo acreditar 100%, mas como ele disse, porque faria isso se passou todo esse tempo querendo me conquistar? Porque me magoaria daquele jeito depois de tudo que passamos juntos? Resolvi dar um voto de confiança a ele, mas deixei bem claro que era só amizade, como antes, eu não quero me envolver com ele, não sinto por ele nada além de carinho de amigos, só isso, não quero e não vou mais dar esperança a ele, o pior é que ele é muito teimoso e não vai desistir assim tão fácil, mas eu sinto muito, tudo que ele faça não vai me convencer a ficar com ele de novo.Nós voltamos pra festa, Helô quase me matou quando eu contei que havia perdoado o Henrique, mas eu expliquei a ela que deixei claro que nã
Nênaly— Bom, obrigada pela carona Henrique… eu disse descendo do carro dele.— Por nada… disse ele descendo também.— Valeu mesmo… eu disse e me virei pra entrar, mas ele segurou minha mão.— Espera… disse ele me fazendo olha-lo.— O que foi? Perguntei.— Posso te dar um beijo? … disse ele e eu fiquei até sem fala.— Meu Deus… eu disse virando o rosto de vergonha… eu sabia.— Eu só quero te dar um beijo, posso?— Henrique, eu lhe disse que não vamos ter nada além de amizade, lembra disso?— Claro que lembro… mas, quem disse que um beijo é se comprometer? Perguntou ele.— Não é? Perguntei.— Não no sentido “compromisso” que você está dizendo… disse ele.— Não Henrique, eu não… eu dizia, mas nem pude terminar.
HenriqueAgora que ganhei novamente a confiança da Nênaly, preciso ganhar a confiança de mais uma pessoa, preciso que essa pessoa seja minha aliada e pra isso tenho que plantar uma semente do mal.Sai de casa e fui até a casa da tal namoradinha do meu irmão, como ela pensa que somos amigos, posso dar uma de bonzinho e dar uns “conselhos” pra ela.Chegando toquei a campainha e fiquei esperando ela atender… ela até é uma garota bonita, eu pegaria se ela quisesse, e quem sabe não pegue não é mesmo? Só depende de mim.— Oi… eu disse quando ela atendeu a porta.— Cadu? Nossa, eu estou ligando pra você o dia todo… disse ela.— É… não sou o Cadu não, sou Henrique… eu disse.— Ah… nossa, vocês são mesmo muito idênticos, desculpa… mas, entra Henrique.— Eu vim, porque queria falar com você, uma coisa muito
AlanaDepois que Henrique saiu aqui de casa, eu não consegui fazer mais nada a não ser ligar o tempo inteiro para o Cadu, mas ele não atendia e nem dava nenhuma resposta, liguei pra sua mãe e ela disse que ele havia saído pra resolver um problema, mas não sabia pra onde e nem que horas ele voltaria… que droga, isso me deixou muito triste pois ele pelo menos podia ter me ligado e me avisado.Na verdade o Cadu está muito diferente comigo, de uns tempos pra cá ele não é mais como era antes, depois que descobrimos tudo sobre ele, e ele descobriu que a autora do livro que nós tanto falamos era a sua namorada e aquele livro todo foi dedicado a ele, ele ficou muito diferente, sentia muita pena dela.Ele escolheu ficar comigo, mas parece que agora quem é a digna de pena aqui sou eu, pois ele não me trata mais com todo carinho e atenção de antes… Eu não queria acreditar no que o Henri