Me deixa ajudar.

Delicada como uma flor retira o bolo do caminhão, e começa a andar—Nossa esse bolo é pesado. 

Quando termina de dizer a última frase se esbarra em um homem charmoso de uns 27 anos, alto, cabelos castanhos escuros, olhos azuis e muito bem vestido deixando cair o maravilhoso bolo—Não acredito que deixei cair o bolo, isso não pode estar acontecendo—Grita ela.

—Me desculpe a culpa foi minha —Responde o homem meio envergonhado.

—Não importa de quem foi a culpa, só quero saber como vou explicar isso para a cliente? —Ela fala com seus olhos cheios de lágrimas.

—Me deixe a ajudar.

—Não tem o que faça, preciso entregar essa encomenda no máximo em 20 minutos. Não dá tempo para fazer outro.

—Quem disse que precisa fazer outro? Posso comprar um e colocar no lugar desse.

—Mesmo que isso fosse uma opção, onde irá achar um lindo bolodois amores de três andares? Eles têm razão não sei fazer nada direito, se continuar assim vão me botar na rua.

—Calma não sei se é verdade ou não, mas dessa vez a culpa não foi sua. Venha comigo eu conheço uma ótima confeitaria que poderá salvar seu emprego, a princípio me chamo Téo—O lindo homem sorri.

—Eu sou a Jasmim, mas não tenho tempo para apresentação vamos logo—Ela entra dentro do caminhão.

—Espere você nem sabe...—Ele é cortado. 

—Venha, o que está esperando a culpa foi sua.

—Estou indo, calma.

—Espera aí, eu não sei onde é essa tal confeitaria. Você terá que dirigir.

—Era isso que estava tentando dizer.

Os dois trocam de lugar e partem para a confeitaria—Onde você mora que nunca lhe vi por aqui? —Téo pergunta.

—A cidade é grande por isso nunca nos vimos antes.

—Você deve morar aqui por perto, pois trabalha na Cristais de açúcar.

—Como sabe disso? —Ela pergunta curiosa.

—Está escrito no seu jaleco.

—Bem isso faz sentido—Jasmim responde com as bochechas vermelha. — Você deve achar normal sair se esbarrando nas pessoas.

—Não eu não acho, por isso estou indo comprar um novo bolo. Se fosse outra pessoa iria passar reto e deixar você que se virasse.

“Porque não consigo ter uma conversa normal pelo menos uma vez? “

—Me desculpe está certo, eu não devia estar tão brava é que essas últimas semanas tem sido tão complicadas.

—Quer conversar, sobre isso?

—Na verdade não—Ela responde pensativa.

—Então se mudou há pouco tempo?

—Sempre morei aqui, estava viajando e voltei faz apenas 1 mês. E você?

—Eu morava na Inglaterra, me mudei para cá vai fazer 5 meses.  Então gosta de viajar?

—Quem não gosta?

—Isso é verdade, se não fosse meu emprego com certeza iria viajar muito mais.

—O que você faz?

—Chegamos. —Ele muda de assunto.

—Espero que tenha o tal bolo que me prometeu.

—Não se preocupe sou amigo do dono, tenho quase certeza que tem.

Os dois entram na confeitaria— Espere aqui, já volto.

— Ele foi desastrado, mas é um fofo—Ela pensa.

Não demora muito para Téo voltar—Tenho uma boa e uma má notícia para dar, qual quer ouvir primeiro?

—A boa.

—Tem um lindo bolo de casamento, que pode ser seu.

—Ainda bem, e qual seria a má notícia? —Ela pergunta séria.

—Ele é de morango.

—Então as duas são ruins, não posso ficar com um bolo que a cliente não encomendou.

—Você que sabe pode levar esse bolo e dar um desconto para a cliente, ou pode ficar sem seu emprego! —Ele a encara.

—Droga eu não tenho opção, coloca logo no caminhão.

Os dois saem em direção ao caminhão—Obrigado por ter arrumado a sua cagada, preciso ir.

Ela engata a marcha e sai—Espera...—Téo grita.

Ela volta de ré—O que foi agora já não basta ter estragado o meu bolo, agora quer me atrasar tenho apenas 5 minutos para chegar ao meu destino.

—Eu preciso...Ela o interrompe.

—Fala logo.

—Vai me abandonar aqui? Preciso voltar buscar meu carro.

—Ops, esqueci que você veio comigo—Jasmim sorri.

—Você parece ser muito distraída—Ele também sorri.

—É o que todo mundo costuma me dizer.

Os dois voltam para onde tudo começou—Obrigada por ter comprado outro bolo. 

—Sabe...

— Eu sei, fui meio dura com você a culpa também foi minha.

Eles trocam um olhar muito rápido—Eu só ia dizer que está atrasada uns 12 minutos.

—Não acredito preciso ir, foi um prazer lhe conhecer, depois nos falamos—Ela fala correndo.

—Espera, mas eu não tenho o seu número—Ele grita enquanto Jasmim some de vista.

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