Marina,Depois de contar tudo que sei, e ela anotar tudo em uma agenda.— Hoje mesmo vou começar a trabalhar nisso. Primeiro, vou até o orfanato ver se encontro alguma pista. Sei que já se passaram 20 anos, mas alguém tem que saber de alguma coisa, nem que seja um detalhe pequeno. — Me levanto junto com eles, e bem na hora, Ethan aparece. Ele os cumprimenta rapidamente, e após assentirem, eles vão embora.— Espero que eles não demorem e consigam descobrir alguma coisa. Já não aguento mais essa aflição.— Eu não sei, Marina… não tenho um bom pressentimento sobre isso. Acho que você não devia mexer nesse passado como meu tio disse.— Ah, lá vem você de novo, Ethan… — Ele levanta as mãos como se estivesse se rendendo, sem querer discutir.Deixamos o assunto de lado e seguimos para a sala de jantar. Ethan toma o café da manhã enquanto eu fico em silêncio, apenas observando. Assim que termina, ele se levanta, se inclina para me dar um beijo, depois outro no Dante, e então pega as chaves p
Ethan,Marina fez tudo certo, Elena Russell não é uma boa pessoa, o marido dela muito menos. Na primeira vez que a empresa caiu, além de ser pelo fato de eu está em curtição, e deixando um pouco a empresa a desejar, eles estava se aproveitando e nunca vieram aqui perguntar se eu queria uma forcinha. Agora que eu subi novamente pro primeiro do ranking, eles querem entrar? Nem fødendo.Marina fica um pouco perdida, mas é normal, além de nunca ter trabalhado nessa área, é o seu primeiro dia. Vou tentar convencer ela de fazer faculdade de administração, assim ela não terá nenhum problema. Mas, se ela não quiser, ela poderá ser a minha assistente, minha mãe era a do meu pai, porque Marina não pode ser a minha?Trabalhamos o resto do dia, e até que foi bom, tive a minha família aqui comigo, Dante andando por toda a minha sala, e Marina atendendo os telefones. O mais engraçado, é que se ela ouvisse uma voz de mulher, simplesmente ela dizia que eu não estava disponível. Isso, com todas, somen
Ethan,Isso é outra coisa que está me incomodando. Não sei porque, mas sinto que ela vai se decepcionar ao descobrir a verdade sobre os pais dela. Eu confio no meu tio, e sei que quando ele fala uma coisa, ele tem razão.Não quero mandar no que ela tem que fazer ou não. Estou tentando ao máximo não ser um tirano com ela, mas sinto que deveria dar um jeito de atrapalhar essa investigação, ou vou acabar vendo ela sofrendo depois de descobrir tudo.— O que você vai fazer se descobrir que eles são... sei lá, talvez, assassinos?— Não sei. Acho que nem vou chegar perto, mas mesmo assim é bom eu descobrir sobre eles. Você sabe de onde veio, sabe que se parece mais com o seu pai do que com a sua mãe. Você tem foto com a sua família. Tem irmãos, tios e primos. Eu não tenho nada, Ethan. Eu tenho esse direito de descobrir.— Eu sei que tem. Só estou te preparando para que você não fique triste depois de descobrir. Tenho medo que você perca esse encanto que você tem.— Eu não vou perder, indepen
Ethan,Consegui reservar as nossas passagens para as 21:00 da noite. Como Dante tem muitas coisas lá que a minha mãe comprou para ele, e eu também tenho roupas lá, só a Marina que fez uma mala para ela, e levou um brinquedo de pelúcia que o Dante gosta.Saímos de casa com um carro de aplicativo, e chegamos ao aeroporto faltando 20 minutos para o embarque. Entramos no avião, e seguimos voo. Como sempre, Marina se aninha no banco com o Dante em seu colo, e os dois acabam dormindo. Olho para eles, sorrindo. Eles são tudo que eu precisava na minha vida, e por eles, eu mato qualquer um. Me ajeito na poltrona, fecho os meus olhos e acabo dormindo.Acordo assustado com a turbulência. Chamo a Marina para colocar o cinto, e ela acorda gritando.— Vamos cair, vamos morrer...— Não, calma. É só uma turbulência. Logo vai passar. Nem sempre o voo é tranquilo, mas mantenha a calma. — Em menos de um minuto, o avião tranquiliza, e ela parece se acalmar, mas sua respiração ainda está bem agitada. Me s
Ethan,Entramos no escritório do meu pai, e eu fecho a porta. Ele encosta na mesa e olha para mim.— O que foi, Ethan?— Tio, quero saber quem são os pais da Marina.— De novo essa conversa, pensei que vocês já tinham esquecido...— Ela não esqueceu, e contratou dois investigadores pro caso, que estão trabalhando direto. — Ele se empurra da mesa com a cara bem séria e se aproxima de mim.— Como se chamam os investigadores?— Juliana e Zion.— Droga, eles são detetives, e dos bons. Bem provável que já devem está com quase tudo nas mãos. Sabe até onde ela já descobriu? — Conto para ele tudo que ela já sabe.— É bom o senhor contar, tio, se ela descobrir pelo senhor, será melhor.— Sabe o que vai ser melhor, Ethan? É não deixar ela pegar naquele celular, pois sei como os dois trabalham, e sei que eles entregam relatório diários, sempre a noite. Se possível, quebre o celular dela, e não deixe que ela veja. Vou tentar ligar para eles, e mandar pararem as investigações. Vou repetir, não dei
Ethan,Ela puxa a mão para pegar o celular na bolsa, mas eu a seguro forte contra o meu corpo, ela sorri, mas tenta se afastar de novo e eu a puxo mais uma vez.— Me deixe ver, Ethan.— Não, a gente não sabe quem são eles, e tenho medo de estragarem a nossa festa. Deixa para ver isso amanhã, sei que você está curiosa, mas por favor, hoje não.Ela pensa alguns minutos, e vendo que eu estou implorando, acaba cedendo. Bom, pelo menos por essa noite, isso está seguro, mas não sei que desculpa viu o inventar amanhã. Voltamos a dançar, comecei a dar bebidas para ela, me sentindo o pior marido do mundo por fazer isso.Olho para o meu tio e espero que ele tenha razão, porque tudo isso que estou fazendo, é para o bem dela. Depois de dança, seguimos para a mesa de petiscos novamente, e é nessa hora que o Eros chega. Ele olha para todos nós, não diz uma palavra, apenas sobe as escadas correndo.Tenho que ir falar com ele, mas não posso correr o risco da Marina pegar o celular e dá uma olhada. Es
Marina,Acordo pela manhã, sentindo uma terrível dor de cabeça, acho que nunca mais viu beber na minha vida. Estou tão mal, que meu estômago parece que tem um liquidificador batendo todos os meus órgãos. Me levanto devagar sem acordar o Ethan, faço a minha higiene, me troco e vou ao quarto do Dante. Amélia já deu anjo nele está dando a mamadeira.— Depois que eles crescem ficam tão sem graça, continuam sendo nossos filhos, mas perdem essa conexão que temos quando são bebês. Ai, esperamos que eles fiquem de maior logo, que se casem para nos dar netos. Obrigada por isso Marina, você realizou meu sonho.— Dante não é meu filho de sangue, mas eu sinto como se fosse. Estive com a Luma em todos os momentos da gravidez e estive com ela no parto. Senti as dores dela como se fosse em mim, é como se realmente ele fosse meu.— Ele é seu. Ela deixou ele sobre os seus cuidados, como mãe, e você fez um belo papel. Meus parabéns. — Dante terminar de tomar a mamadeira, e eu estendo a mão. Pego ele no
Marina,Desperto com a minha cabeça doendo, olho ao redor e todos estão em cima de mim. Me sento com a ajuda do Ethan e olho para ele e começo a chorar.— Me desculpa, por favor, me desculpem... — Coloco a mão no rosto e sinto os braços do Ethan me envolver. — Você leu o relatório, não foi? — Concordo com a cabeça e sinto ele me abraçando mais forte. — Vamos conversar o quarto. — Ele me pega no colo e me leva em seus braços até o quarto dele. Me senta na cama e volta para fechar a porta.— Ethan, por favor, não me julgue pelo que a minha mãe fez, eu não tive culpa, eu nem era nascida...— O que tinha naquele relatório? Eu não sei de nada, só sabia que era uma coisa ruim, porque o meu tio falou. Sei que tem a ver com o meu pai, mas eu não sei o que é.— Seu pai... Ele vai me odiar. — Abaixo a minha cabeça, minhas lágrimas descem sem freio, e mesmo que eu tente, não consigo controlá-las. — Me conta? — Procuro pelo meu celular e não o encontro. Ethan se levanta e sai do quarto, falando