Lágrimas caem dos meus olhos, mas não de tristeza e sim de raiva. Estou sentindo tanto ódio por Dulce nesse momento. Fico um tempo olhando nos olhos de Caio. Ele sabe que não sou assim. Se fiz isso foi porque ela mereceu. Mesmo assim, ele preferiu tirar conclusões precipitadas e ficar do lado dela. 

Eu que estive ao seu lado no pior momento de sua vida e fiz tudo o que estava ao meu alcance para vê-lo bem, e é assim que ele me retribui. Meu coração dói tanto. É como se ele tivesse enfiado um punhal no meu peito. 

— Já estou mais calma, pode tirar suas mãos de mim – falo, e assim Caio faz. 

Olho em volta e não vejo mais Dulce. Acho que ela aproveitou o momento de distração e fugiu. Vou até minha cadeira e me sento; coloco meus braços cruzados em cima da mesa e apoio minha cabeça neles. Estou tão cansada. O dia foi corrido e para finalizar, aconteceu tudo isso. Fiquei muito sobrecarregada. 

— Manu, você precisa me explicar