Parei numa praça cuja existência eu desconhecia, peguei meu celular pensando em ligar para alguém só que eu não tenho pra quem ligar, então fiquei imaginando coisas sentada no banco e olhando as nuvens.
– Olha um coelhinho – disse pra mim mesma
– Não é um cogumelo
– Um coelhinho
– Cogumelo
– É um coelhinho seu. Oh meu Deus, um estranho esta me respondendo, só pode ser um tarado!
– Sou mesmo, menininha.
Virei-me dando de cara com o tarado maluco sequestrador e imbecil do cabeça de pudim
– Oi cabeça de pudim
– Oi menininha – sorriu – O que faz por aqui?
– Não te interessa – respondi &ndash
Acordei para mais um chato dia na minha chata escola aonde eu vou todos os dias da minha chata vida ver um monte de gente velha ensinando aos retardados como eu.Desci as escadas correndo enquanto arrumava minha ridícula jaqueta preta da escola, sim fiquei muito paranoica depois do episodio do passarinho me usando como alvo. Fui até a cozinha onde com sorte encontrei Lucca que ainda não tinha terminado seu café da manhã:– Quero uma carona – disse séria roubando uma torrada com geleia do prato dele.– Ér, não e devolve minha torrada.– Não, ela é a partir de agora minha refém. Me dá uma carona ou eu mordo a torrada – fiz uma cara ameaçadora que deve ter saído mais assustadora.– Me devolve a torrada Anneba.Anneba era o apelido amoroso que meu irmão havia me dado quando éramos crianças, el
Certo, certo, sinto que devo admitir que SAIR COM O ANDY É UMA GRANDE MERDA QUE EU FAÇO! Minha mãe vai roer todas as suas unhas postiças se descobrir que eu matei aula e depois vai arrancar os fios de cabelo da sua peruca e me matar! EU NÃO POSSO MORRER, SE EU MORRER MINHA MÃE ME RESSUCITA E ME MATA DE NOVO!Fomos andando até o estacionamento onde ele entrou naquele Chevy Impala perfeito que eu vi hoje quando cheguei– Está brincando – disse sem acreditar - Esse carro perfeito é realmente seu?– Não, não, eu estou roubando ele, mas por algum motivo tenho chave – balançou na minha cara o chaveiro com as chaves do carro – Esse carro era do meu pai.Andy abriu a porta para que eu entrasse o lado do carona e depois entrou e se sentou ao volante– Pensei que você dirigisse a brasília da sua avó– N&atil
Ele começou a rir– Você que aceitou o desafio estúpido, menininha – passou a mão pelo me cabelo – Taquepariu – pôs uma mão sobre a boca.– O que aconteceu Andy? – instintivamente passei a mão pelo meu cabelo sentindo algo grudento nas pontas – Não me diga que... Oh meu Deus! Por favor, me diga que isso é só lama – olhei pra ele em busca de uma resposta positiva, mas obtive o oposto – MERDA!- griteiNessas horas eu queria ter um Diário do Futuro como o do Amano Yukiteru. Andy me levou até um pequeno salão de beleza perto da praça, as cabeleireiras ficaram assustadas ao ver meu cabelo.– Então Kátia, tem jeito? – Andy perguntou isso pela milionésima vez e como das outras a resposta foi a mesma – O
Quando entrei em casa minha mãe quase enfartou.– LIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIZ! – ela correu em minha direção e começou a passar a mão em busca do meu cabelo que foi cortado – Onde esta seu lindo cabelo? Roubaram-te filhinha? VAMOS FAZER UM BOLETIM AGORA MESMO NA POLICIA!– Elise, deixe a Liz em paz – só quando ele disse isso notei a presença de meu pai na sala – Ela com certeza não teve o cabelo roubado ou coisa assim, ela só cortou.Papai e Lucca se parecem muito. Meu pai tem cabelos loiros e é alto também, mas diferente de Lucca tem olhos azuis e é mais pálido que ele. Acho que meu pai é tão pálido quanto eu porque passa muito tempo confinado no hospital– B-Boa noite – gaguejei – Vou para o meu quartoSubi as escadas antes que minha mãe pudesse dizer mais algo sobre meu cabelo
Sol nosso amigo sol, lá bem longe daquiEssa música é muito sincera o sol está lindo brilhando no céu, os pássaros voam ao seu redor, o vento traz uma sensação boa, as nuvens formam lindas formas no céu e todos estão felizes no refeitório na hora do intervalo comendo seus sanduíches... Mentira! O sol brilha tanto que chega me cega, esta muito quente e eu sinto que estou derretendo, minha roupa grudou no meu corpo e deve ter se fundido com ele. Os pássaros mais espertos se escondem nas sombras das arvores assim como eu, não tem nenhuma nuvem no céu e todos os alunos estão em busca de arvores ou um lugar em baixo da arquibancada pra se esconder do sol e do calorO que seria muito esperto a se fazer se o vento que sopra não fosse tão quente. Comi um dos sanduíches que restaram de ontem e abri meu refrigerante de laranja– Oi Jul
– Quem é esse Andrew Kyle Foster?– Não me surpreenda que o Andrew não tenha te dito – Thomas tomou tranquilamente um gole de seu chá -Andrew Kyle Foster foi quem o seu Andy um dia foi. O garoto que assava biscoitos pra professora, tratava garotas como princesas, sofria com as brincadeiras dos garotos maiores e que passava as noites chorando e cuidando de seus machucados.Fiquei parada com a boca aberta esperando que ele continuasse. Não queria perder nada que ele fosse dizer.“Diário de Andrew K. Foster”Não leia ou se quiser leia sim sou só um aviso rabiscado não a polícia‘’ Querido diário,Hoje eu fiz um amigo, isso não é legal? Devo tudo á senhorita Chase, ela que colocou o aluno novo para se sentar do meu lado no nosso trabalho em dupla. A Senhorita Chase é a melhor professora do mun
Ela estava sozinha ao lado do túmulo do marido coberto por flores chorando.– Senhorita Chase? – toquei de leve seu ombro.– O que foi Andrew? – ela tentou em vão secar algumas lágrimas que desciam pelo seu rosto.– O que o seu noivo fez foi uma daquelas coisas inesperadas que nós fazemos quando amamos muito alguém?– O que...– Sabe, minha mãe disse que quando amamos alguém fazemos coisas inesperadas, seu noivo fez isso por você senhorita Chase?Ela parou olhando pro nada por algum tempo e sorriu pra mim com lagrimas nos olhos.– Sim, foi exatamente o que ele fez Andrew. Ele fez isso por mim e pelo nosso filho e nosso filho me protegeu por amor, como ele.Sorri pra ela, então eu estava certo, ela me abraçou com a pouca força que tinha e eu retribui, mas sem usar força alguma.Tive medo de co
– O QUE VOCÊ ESTÁ FAZENDO JULLIE? – Sem querer pulei soltando o diário de Andy, quando ele havia chegado?– E-Eu – não consegui terminar a frase, não tinha argumento algum para explicar porque estava lendo o diário de Andy– Você – ele pegou o diário do chão junto com alguns papeis que caíram dele sem que eu percebesse – Você leu meu diário? – me encarou com seus enormes olhos azuis e acusadores– S-Sim m-mas foi por a-acaso – não conseguia parar de tremer e gaguejar, por que isso acontecia? Que efeito era esse?– Ah, essa eu quero ouvir – jogou o diário na cama e cruzou os braços – Conte-me como o diário foi lido ao acaso. Você pensou que ele era o que? Uma revista? Um livro? Talvez tenha si