Depois de quase uma hora desci as escadas e fui até a cozinha em busca do meu vicio para momentos assim: toddynho gelado
Peguei todos os toddynhos que encontrei e os levei para o meu quarto, depois liguei novamente meu PC e resolvi imprimir logo de uma vez todos os trabalhos que os professores me passaram enquanto ouvia músicas pesadas e cantava junto para aliviar a alma:
– LIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIZ PARA DE OUVIR ESSAS MÚSICAS DO DEMO! – gritou minha mãe
– NUNCA! – Respondi
– PARA DE OUVIR ESSAS MÚSICAS DE GENTE LOUCA E VAI OUVIR CALIPSO MINHA FILHA!
– TA LOUCA MÃE?
– NÃO FILHA SE VOCÊ QUISER ATÉ TE EMPRESTO MEUS CDS! – Continuou gritando
– EU RECUSO!
– PAREM DE GRITAR VOCÊS DUAS! – Gritou meu irmão jumento
– O QUE VOCÊ TEM CONTRA NOSSOS GRITOS? – gritou novamente minha mãe
– EU NADA, MAS A MINHA COLEGA AQUI NÃO GOSTA!
– Ô MÃE O LUCCA TA VENDO PORNO!
– LUCCA SEU MULEQUE CATARRENTO PARA DE VER PORNO! ISSO É COISA DO DEMO
– NÃO MÃE, EU TO COM A MINHA PEGUETE AQUI!
– PEGUETE LUQUINHA? É ISSO QUE EU SOU PRA VOCÊ? – Gritou uma voz feminina desconhecida
– Ô MÃE O LUCCA TROUXE P**A PRA CASA!
– CALA A BOCA JULLIE!
– VOCÊ TEM OUTARS LUCCA? – perguntou a ‘’peguete’’
– CLARO QUE NÃO SOFY, VOCÊ É A ÚNICA.
– É MENTIRA DESSE MULEQUE ‘SUFY ‘ ELE TEM UMA PRA CADA DIA DA SEMANA! – Gritou minha mãe
– ISSO AI MENINA, B**E NELE, ONTEM MESMO ELE TAVA COM A CAROL!
– E ANTEONTEM EU OUVI UNS CHICOTES BATENDO, ESSE MULEQUE TAVA COM UMA MASOQUISTA!
– SÉRIO MÃE?
Milagre eu não ter ouvido isso:
– VOCÊS DUAS CALEM A BOCA! – Gritou Lucca pouco antes de a campainha tocar
– Ô MÃE VAI ATENDER A PORTA! – gritei
– VAI VOCÊ SUA FOLGADA!
– EU TO NO QUARTO
– POR QUE VOCÊS NÃO MANDAM A EMPREGADA ABRIR A PORTA? – gritou Lucca
– PORQUE VOCÊ TA COMENDO ELA! – Retruquei
Resolvi descer as escadas e abrir a porta, dando de cara com uma velha enrugada e cheia de plásticas evidentes, seu cabelo parecia um ninho de corujas e seus assustadores olhos azuis me deram muito medo.
– Pois não?
– PAREM DE BERRAR SEUS SELVAGENS, ISSO AQUI É UMA RUA DE FAMILIA E NÃO UMA FAVELA QUALQUER ONDE VOCÊS PODEM FICAR BERRANDO EM CASA!
Minha mãe apareceu nas escadas com uma mascara assustadora verde
– Quem é você e por que esta gritando na porta da minha casa?
– Sou sua vizinha e me senti incomodada pelos gritos vindos daqui
– ENTÃO SE MUDE!
– SE MUDE VOCÊ SUA MALUCA VERDE – Gritou a vizinha
– SOFY NÃO VÁ! – Lucca descia as escadas apenas de bermuda atrás de uma loira com olhos azuis
– Não acredito que eu deixei você me chicotear, aquele chicote nem seu era!
– Vish, como eu não ouvi isso? – perguntei
– Sofy? Filha?
– Ma- mamãe? – Disse Sofy que ficou branca sem cor alguma
– O que você estava fazendo aqui?
– Calma mãe, eu posso explicar.
– VOCÊ NEM SABE EDUCAR SUA FILHA E QUER GRITAR COMIGO, QUE DESAFORO!
– Olha aqui sua sem educação. – antes que a vizinha pudesse xingar minha mãe, meu pai chegou.
– Querida cheguei! – disse sorridente segurando duas pizzas – Quem são essas pessoas?
Antes que alguém pudesse falar alguma coisa peguei as pizzas que meu pai trazia, abri as duas caixas uma delas era de mussarela. Peguei essa e levei para o meu quarto sendo seguida por gritos como ‘’ JULLIE SUA MALUCA VOLTA AQUI COM A MINHA PIZZA!”
Poxa, nessa casa ninguém pode nem ao menos sofrer em paz. Tudo termina em gritaria, sempre.
Joguei-me na cama comendo a pizza metade frango e metade mussarela, nada contra as outras pizzas, mas a melhor pra mim é e sempre será mussarela.
Fiquei comendo enquanto pensava em tudo que havia acontecido, acho que devo te falar afinal você é o meu diário, mas não sinto vontade, não quero falar disso pra ninguém por mais besta que seja.
Continuei a comer as quatro fatias de queijo e depois uma de frango, então dormi... Em cima da pizza, argh.
–-x-x-x-x-x-x-x-x-x-x-xAcordei no dia seguinte com um estranho barulho no meu quarto
– Quem está ai? – murmurei
Olhei ao redor e vi um vulto saindo do meu quarto, provavelmente minha mãe. É claro que foi ela, meu toddynho sumiu! E minha pizza também, ela ia ser meu almoço de hoje.
Mundo injusto.
Desci as escadas e fui para a cozinha
– Bom dia – disse não me sentindo nada bem, na verdade o oposto de bem.
Assim que olhei a mesa vazia com apenas uma caixa de cereal por cima me lembrei da Mary que amava cereal e o Marco... Que eu amava
Abri os armários em busca de bolinhos que por sorte ainda existiam, comi alguns refletindo.
O que um personagem de anime faria nesse momento? Nos animes, sempre que alguém é magoado o personagem principal sai numa jornada incrível em busca de respostas onde conhece vários amigos novos e ajuda
várias pessoas, mas se eu saio numa jornada incrível volto pra casa menos de duas horas depois porque não é em todo o lugar que tem wi-fi.
Tomei um banho pra tirar as marcas da noite passada, vesti uma calça clara e uma blusa maior que eu do L , personagem do Death Note , assaltei o cofrinho para emergências e sai de casa.
Andei , andei , andei , andei , parei , parei , parei , parei , sentei , sentei , sentei. Sim, isso é uma música.
Parei numa praça cuja existência eu desconhecia, peguei meu celular pensando em ligar para alguém só que eu não tenho pra quem ligar, então fiquei imaginando coisas sentada no banco e olhando as nuvens.– Olha um coelhinho – disse pra mim mesma– Não é um cogumelo– Um coelhinho– Cogumelo– É um coelhinho seu. Oh meu Deus, um estranho esta me respondendo, só pode ser um tarado!– Sou mesmo, menininha.Virei-me dando de cara com o tarado maluco sequestrador e imbecil do cabeça de pudim– Oi cabeça de pudim– Oi menininha – sorriu – O que faz por aqui?– Não te interessa – respondi &ndash
Acordei para mais um chato dia na minha chata escola aonde eu vou todos os dias da minha chata vida ver um monte de gente velha ensinando aos retardados como eu.Desci as escadas correndo enquanto arrumava minha ridícula jaqueta preta da escola, sim fiquei muito paranoica depois do episodio do passarinho me usando como alvo. Fui até a cozinha onde com sorte encontrei Lucca que ainda não tinha terminado seu café da manhã:– Quero uma carona – disse séria roubando uma torrada com geleia do prato dele.– Ér, não e devolve minha torrada.– Não, ela é a partir de agora minha refém. Me dá uma carona ou eu mordo a torrada – fiz uma cara ameaçadora que deve ter saído mais assustadora.– Me devolve a torrada Anneba.Anneba era o apelido amoroso que meu irmão havia me dado quando éramos crianças, el
Certo, certo, sinto que devo admitir que SAIR COM O ANDY É UMA GRANDE MERDA QUE EU FAÇO! Minha mãe vai roer todas as suas unhas postiças se descobrir que eu matei aula e depois vai arrancar os fios de cabelo da sua peruca e me matar! EU NÃO POSSO MORRER, SE EU MORRER MINHA MÃE ME RESSUCITA E ME MATA DE NOVO!Fomos andando até o estacionamento onde ele entrou naquele Chevy Impala perfeito que eu vi hoje quando cheguei– Está brincando – disse sem acreditar - Esse carro perfeito é realmente seu?– Não, não, eu estou roubando ele, mas por algum motivo tenho chave – balançou na minha cara o chaveiro com as chaves do carro – Esse carro era do meu pai.Andy abriu a porta para que eu entrasse o lado do carona e depois entrou e se sentou ao volante– Pensei que você dirigisse a brasília da sua avó– N&atil
Ele começou a rir– Você que aceitou o desafio estúpido, menininha – passou a mão pelo me cabelo – Taquepariu – pôs uma mão sobre a boca.– O que aconteceu Andy? – instintivamente passei a mão pelo meu cabelo sentindo algo grudento nas pontas – Não me diga que... Oh meu Deus! Por favor, me diga que isso é só lama – olhei pra ele em busca de uma resposta positiva, mas obtive o oposto – MERDA!- griteiNessas horas eu queria ter um Diário do Futuro como o do Amano Yukiteru. Andy me levou até um pequeno salão de beleza perto da praça, as cabeleireiras ficaram assustadas ao ver meu cabelo.– Então Kátia, tem jeito? – Andy perguntou isso pela milionésima vez e como das outras a resposta foi a mesma – O
Quando entrei em casa minha mãe quase enfartou.– LIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIZ! – ela correu em minha direção e começou a passar a mão em busca do meu cabelo que foi cortado – Onde esta seu lindo cabelo? Roubaram-te filhinha? VAMOS FAZER UM BOLETIM AGORA MESMO NA POLICIA!– Elise, deixe a Liz em paz – só quando ele disse isso notei a presença de meu pai na sala – Ela com certeza não teve o cabelo roubado ou coisa assim, ela só cortou.Papai e Lucca se parecem muito. Meu pai tem cabelos loiros e é alto também, mas diferente de Lucca tem olhos azuis e é mais pálido que ele. Acho que meu pai é tão pálido quanto eu porque passa muito tempo confinado no hospital– B-Boa noite – gaguejei – Vou para o meu quartoSubi as escadas antes que minha mãe pudesse dizer mais algo sobre meu cabelo
Sol nosso amigo sol, lá bem longe daquiEssa música é muito sincera o sol está lindo brilhando no céu, os pássaros voam ao seu redor, o vento traz uma sensação boa, as nuvens formam lindas formas no céu e todos estão felizes no refeitório na hora do intervalo comendo seus sanduíches... Mentira! O sol brilha tanto que chega me cega, esta muito quente e eu sinto que estou derretendo, minha roupa grudou no meu corpo e deve ter se fundido com ele. Os pássaros mais espertos se escondem nas sombras das arvores assim como eu, não tem nenhuma nuvem no céu e todos os alunos estão em busca de arvores ou um lugar em baixo da arquibancada pra se esconder do sol e do calorO que seria muito esperto a se fazer se o vento que sopra não fosse tão quente. Comi um dos sanduíches que restaram de ontem e abri meu refrigerante de laranja– Oi Jul
– Quem é esse Andrew Kyle Foster?– Não me surpreenda que o Andrew não tenha te dito – Thomas tomou tranquilamente um gole de seu chá -Andrew Kyle Foster foi quem o seu Andy um dia foi. O garoto que assava biscoitos pra professora, tratava garotas como princesas, sofria com as brincadeiras dos garotos maiores e que passava as noites chorando e cuidando de seus machucados.Fiquei parada com a boca aberta esperando que ele continuasse. Não queria perder nada que ele fosse dizer.“Diário de Andrew K. Foster”Não leia ou se quiser leia sim sou só um aviso rabiscado não a polícia‘’ Querido diário,Hoje eu fiz um amigo, isso não é legal? Devo tudo á senhorita Chase, ela que colocou o aluno novo para se sentar do meu lado no nosso trabalho em dupla. A Senhorita Chase é a melhor professora do mun
Ela estava sozinha ao lado do túmulo do marido coberto por flores chorando.– Senhorita Chase? – toquei de leve seu ombro.– O que foi Andrew? – ela tentou em vão secar algumas lágrimas que desciam pelo seu rosto.– O que o seu noivo fez foi uma daquelas coisas inesperadas que nós fazemos quando amamos muito alguém?– O que...– Sabe, minha mãe disse que quando amamos alguém fazemos coisas inesperadas, seu noivo fez isso por você senhorita Chase?Ela parou olhando pro nada por algum tempo e sorriu pra mim com lagrimas nos olhos.– Sim, foi exatamente o que ele fez Andrew. Ele fez isso por mim e pelo nosso filho e nosso filho me protegeu por amor, como ele.Sorri pra ela, então eu estava certo, ela me abraçou com a pouca força que tinha e eu retribui, mas sem usar força alguma.Tive medo de co