– Olha um coelhinho – disse pra si mesma
– Não, é um cogumelo - corrigi.
– Um coelhinho - insistiu
– Cogumelo
– É um coelhinho seu. Oh meu Deus, um estranho esta me respondendo, só pode ser um tarado! – tentei não rir
– Sou mesmo menininha
Ela se virou e me olhou
– Oi cabeça de pudim- cumprimentou
– Oi meninha – sorri – O que faz por aqui?
– Não te interessa – respondeu e ai essa doeu – Você está me seguindo por acaso? Seu stalker, o que faz você por aqui?
– Sim, eu sou stalker mesmo Julieta, eu não tenho vida social então fico seguindo as garotas que jogam pudim em mim por ai num domingo de manha e vestido com meu pijama – revirei os olhos, ela é tão convencida ao ponto de achar que alguém a seguiria? – Eu
Dois meses meu caro diário, há exatos dois meses eu não escrevo NADA em você.Isso é um sinal do apocalipse zumbi! Ainda mais pelo por que eu não escrevo aqui há dois meses: Agora tenho vida socialPosso até ouvir os gritos imaginários da sua voz sonolenta ouvindo isso. Claro que você não tem voz, eu sei disso, mas como já disse imaginários como tudo em você eu até tenho uma forma imaginária pra você e pra mim você tem até uma consciência imaginária. Acho que você é muito imaginário pra mim.Não, eu não estou te recusando diário é que você é muito imaginário. Diário e imaginário rimam ou é impressão minha? Talvez seja talvez não.ARGH! Estou esquecendo completamente meu propósito ao escrever aqui. Foco Juliet
Talvez seja assim que a vida funciona. Você dá uma oportunidade pra alguém e essa pessoa quer te manipular, dá uma chance e ela a usa contra você, dá um sorriso e ela entende como se você dissesse “vou te estuprar gatinha” ou como minha avó diz : Você dá a mão e a pessoa quer seu corpo inteiro se possível até seu coração”.Aprendi isso de uma forma estranha, os perus me deram um rosto bonito, eu dei esse rosto bonito para as pessoas da escola e agora elas querem mais, com elas quero dizer os garotos que antes seguiam a Jessie e agora me importunam. Parece que eles não contentes em olhar para a minha nova versão com 10 quilos de maquiagem no rosto agora querem toca-la de perto e se possível tocar lugares que eu prefiro não comentar. Posso soar convencida escrevendo isso diário ( dá pra soa
Graças ao meu amiguinho ruivo eu fiz algumas amizades nas festas que frequentamos mas também fiz alguns inimigos. Não fiz nada para tê-los mas tem um grupo de góticos que sempre me encara loucamente, me sentei numa mesa vazia num canto excluído e comecei a mexer no celular.– Hey você não é a amiga do Andy? – olhei para a figura na minha frente, uma garota de cabelos roxos com partes azuis e olhos de um verde tão intenso que deduzi serem lentes.– Sim – respondi.– Você se lembra de mim? – balancei a cabeça negativamente – Imaginei que não se lembraria, eu sou Debby e estava com você e Andy na festa que te jogaram na piscina.Agora a imagem de uma gótica com cabelos verdes me veio na mente, era ela ?– Você
Durante meus belos poucos anos de vida beijei apenas quatro garotos . O primeiro foi um garoto chamado Charles , ele era um nerd nenhum pouco atraente que se declarou para mim e roubou meu primeiro beijo , o segundo foi Lucas um amigo do meu irmão que ficou bêbado demais no seu aniversario ano passado e o último foi um garoto ruivo, que Thomas diz não saber nem o nome, de acordo com meu próprio ruivo esse garoto e eu nos beijamos em alguma das minhas primeiras festas com ele quando eu estava bêbada.Agora o quarto , e nenhum um pouco menos importante, foi o Andrew. Diferente de todos os outros beijos da minha vida, inclusive o que eu não me lembro, esse eu não queria que tivesse fim, mas é claro que teve diário porque nada nunca é como eu quero.– JULLIE ! – A voz de Thomas estava próxima, como se isso importasse no momento- Solta ela seu maldito – Abri os olhos e me afa
Estava na cozinha preparando meu cereal com leite como todas as manhãs quando uma coisa me veio à emória.Eu sempre comi bolinhos no café da manhã.Achei estranho me lembrar disso e achei mais estranho ainda perceber que eu havia largado meus bolinhos de chocolate recheados, desde que todos os meus dentes nasceram eu como meus bolinhos diariamente. Ou pelo menos era assim até dois meses atrás.Abri o armário onde eles ficavam guardados e encontrei alguns com a data de validade não vencida.– Liz querida, bom dia – cumprimentou minha mãe com um lindo sorriso no rosto, o tipo de sorriso que ela faz sempre que vai tentar fazer alguma arma mortal comestível.– Bom dia, mãe- respondi – Aonde a senhora vai toda arrumada assim?– Vou buscar algumas coisas que esqueci na nossa antiga cidade, quer vir junto? Aposto que seus amigos i
Depois de me despedir de Mary, Gustav e Marco, e prometer que viria visita-los mais vezes, eu e Frank fomos para nossa loja favorita de cupcakes comer alguns bolinhos mágicos como quando estudávamos juntos. Graças aos deuses do Olimpo minha mãe desistiu de fazer cupcakes, já estava ficando traumatizada.– Terminou de comer?- perguntou Frank limpando a boca com um guardanapo. Ele era um monstro, já estava em seu terceiro cupcake e eu mal havia acabado o primeiro.– Sim, terminei – respondi limpando minha boca com o guardanapo, sem me importar com o batom que havia saído.Com o Frank eu não tenho que tentar ser bonita. Ele não se importa com aparência ou qualquer outra futilidade ele só se importa com comida, jogos e seus CDs dos Beatles.– Então eu quero falar com a Jude.Essa era uma piada interna entre nós. Quando nos conhecemos, Frank
Sai do quarto meio zonza e fui direto pra cozinha.Quando passei pela sala observei o enorme numero de malas rosa “mamãe eu nasci” e deduzi que minha mãe provavelmente iria viajar, típico dela nas últimas semanas. Sentei-me a mesa da cozinha o observando a cena nada típica que acontecia na minha frente.– Pai, me passa o leite? – pediu Lucca usando um pijama verde.– Claro filhão – Daniel, ou melhor, meu pai passou o leite para meu irmão. O senhor pai usava camisa e calça social como sempre.– Liz ainda bem que você resolveu se reunir conosco – Dona mãe abriu um de seus sorrisos imensos que mostram cada um de seus perfeitos dentes. Ela usava um terninho com saia rosa “mamãe eu nasci”, o mesmo tom de rosa das malas na cozinha.– Bom dia família – disse pegando um bolinho na cesta que estava em cim
Por que os seres humanos são tão frágeis?Uma vez a Senhorita Chase ensinou sobre as formigas, uma das poucas coisas que consigo me lembrar dessa aula é que elas podem cair de qualquer altura sem se machucar.Se os seres humanos são melhores que as formigas, por que raios de Esparta ficamos completamente quebrados ao cairmos de apenas uns 500 metros de altura?ARGH! Afinal o que eu estou escrevendo diário? Estou enlouquecendo!Realmente estou enlouquecendo ou talvez só esteja sobre o efeito da transfusão de sangue que eu fiz. Esse efeito é poderoso, fiquei tão mal que pedi pro Lucca pegar você no meu esconderijo .Certo, vamos contar tudo do ponto em que parei.“Seu avião tinha caído pouco depois da decolagem e agora sua vida estava por um triz”.Depois de escrever isso em você, entrei em pânico e comecei a chorar loucamen