Ponto de Vista de BillO Dr. Henderson retornou ao quarto de Serena para realizar alguns testes que podiam ser feitos enquanto ela estava inconsciente. Ele começou com uma avaliação neurológica, verificando gentilmente seus reflexos com um pequeno martelo e observando suas respostas. Mesmo em seu sono, as reações involuntárias do corpo podiam oferecer insights valiosos. Em seguida, ele envolveu um manguito em seu braço para verificar a pressão arterial, usando seu estetoscópio para ouvir. Depois, ele coletou uma amostra de sangue com uma agulha para verificar se havia algum problema de saúde que pudesse ter causado seu desmaio. O Dr. Henderson se virou para mim e sugeriu gentilmente. — Eu preciso realizar um teste de EEG na Serena para monitorar a atividade cerebral dela. É não invasivo, mas precisarei que o ambiente esteja o mais silencioso e tranquilo possível. Você poderia sair por um tempinho? — Claro, eu saio. — Eu disse, saindo silenciosamente do quarto para deixá-lo traba
Ponto de Vista de Serena Eu estendi meu braço, a câmera parecia quase sem peso em minha mão, enquanto eu o encontrava no visor — o garoto com olhos tão profundos e azuis como o oceano e cabelos que brilhavam como fios dourados sob o sol. — Sorria para a câmera, querido. — Eu incentivei. — Tudo bem, mamãe. — Ele disse com um sorriso. Eu notei que ele estava sem alguns dentes da frente, o que tornava seu sorriso ainda mais especial. Estávamos no coração de Amsterdã, envoltos pela energia vibrante da cidade. O sol da tarde iluminava as ruas de paralelepípedos e os campos de tulipas em flor com uma luz dourada suave, pintando uma cena pitoresca. Eu tirei a foto, capturando seu rosto feliz com todas as tulipas coloridas e os antigos moinhos de vento ao fundo. Bicicletas passavam, e podíamos ouvir as pessoas rindo e conversando. O ar cheirava doce, como aqueles deliciosos biscoitos que experimentamos mais cedo. — Venha aqui, vamos tirar uma foto juntos. — Eu disse, acenando para el
Ponto de Vista de Serena — Eu não acho que precisamos falar sobre isso, Bill. — Eu disse, tentando manter minha voz firme e desdenhosa. — Mas tudo bem, sobre o que é isso? — Eu perguntei, fingindo que não estava preocupada. Mas a verdade é que eu estava com medo de que Bill ameaçasse me tirar meu filho. Afinal, ele tinha todos os meios para fazer isso. Bill olhou para baixo. Parecia que ele estava pensando no que dizer a seguir. — Por onde começar? Aconteceu muita coisa nas últimas 24 horas. — Ele disse. Aqui vamos nós de novo. Eu temia revisitar os eventos com Doris — Era tudo muito estressante. — Olha, Bill, podemos evitar discutir sobre ontem? Só de pensar nisso já está me deixando ansiosa. Bill gentilmente acariciou minha cabeça, seu toque era terno e cuidadoso. — O médico disse que o estresse é ruim para você. Tudo bem, não vamos falar sobre isso por enquanto. — Ele me assegurou. Então, fixando os olhos em mim, seu olhar se tornou sério. — Eu só tenho uma pergunta, porém
Ponto de Vista de Serena— Não seja assim, Serena. — Bill disse, parecendo frustrado. — Você não pode me manter afastado da vida do meu filho. Enquanto eu olhava para Bill, vi a determinação em seu rosto. Seus olhos estavam intensos, quase suplicantes, e sua mandíbula estava firme de uma maneira que me dizia que ele não ia desistir facilmente. Era claro que ele estava comprometido em se envolver com o bebê. Percebendo que ele não ia deixar isso passar, um plano se formou em minha mente. Eu precisava fazê-lo duvidar de sua paternidade, para afastá-lo por nosso bem. — Quão certo você está de que é o pai? Como você disse, eu poderia ter um amante. — Eu disse. Bill hesitou, coçando a sobrancelha direita com o polegar — um sinal de que ele estava refletindo cuidadosamente sobre suas próximas palavras. — Sabe de uma coisa? Eu não acho que você tenha um amante. — Ele finalmente disse. — Você só está dizendo isso porque não quer que eu cuide de você e do bebê. Eu de repente me senti p
Ponto de Vista de Serena Depois de dois dias no hospital, eu finalmente estava sendo liberada. Eu estava esperando pela entrada, uma pequena bolsa de itens pessoais aos meus pés, quando vi o carro da Stevie parar. Stevie pulou do lado do motorista, sua energia era como uma explosão de ar fresco. — Liberdade finalmente! — Ela exclamou, seu sorriso largo enquanto corria para me dar um abraço gentil. — Eu estava começando a pensar que eles me manteriam lá para sempre. — Eu brinquei de volta. — Sobre meu cadáver. Eu teria invadido aquele lugar, dane-se as enfermeiras. — Stevie retrucou com uma seriedade fingida. Ela pegou minha bolsa antes que eu pudesse protestar e se dirigiu ao porta-malas aberto do carro. Enquanto nos acomodávamos no carro, o conforto do assento parecia um luxo após a cama do hospital. — Então, como a paciente está se sentindo? — Stevie perguntou. O motor zumbia suavemente enquanto ela ligava o carro. — Melhor, agora que estou fora de lá. — Eu respondi. — Po
Ponto de Vista de Serena Marjorie e eu nos sentamos para conversar sobre a possibilidade de trabalharmos juntas. Eu não pude evitar sentir uma empolgação com tudo isso. Stevie veio com café para nós algumas minutos depois. — Então, eu vim aqui há alguns dias e você não estava aqui. — Marjorie começou. — A Stevie mencionou que você estava tirando uma folga, então decidi voltar em outra ocasião. — Oh, desculpe por isso... Foi uma semana realmente agitada. — Eu disse. Chamar de agitada era, na verdade, um eufemismo, com todo o drama da Doris e as situações complicadas com Calvin e Bill. — Mas estou aqui agora, pronta para ouvir o que você tem em mente. Marjorie tomou um gole de seu café, fazendo uma pausa por um momento. — Eu vejo... De qualquer forma, eu só quero te contar. — Ela continuou, colocando sua xícara para baixo. — que eu tenho um desfile de moda chegando. É um grande evento com designers renomados, e eu preciso de joias para isso. Eu pensei em você e na sua loja. Ouv
Ponto de Vista de SerenaQuando Marjorie saiu, Stevie e eu nos viramos uma para a outra, ambas sorrindo amplamente. — Isso é insano, certo? — Eu exclamei, a emoção do momento fazendo meu coração disparar. Stevie pulava em seus calcanhares. — Eu sei! Eu ainda não consigo acreditar. — Ela disse. — Nós vamos arrasar naquele desfile de moda! Eu soltei uma risada, ainda meio incrédula. — Pense nisso — nossas joias, lá em cima com todas aquelas roupas chiques... Stevie se apoiou no balcão, sua mente claramente correndo à frente. — Precisamos começar a planejar. Designs, materiais, prazos... Mas primeiro, vamos comemorar! — Sim, comemoração primeiro, pânico depois. — Eu brinquei. Stevie levantou sua xícara de café. — Um brinde a mais oportunidades! Eu levantei minha xícara para encontrá-la. — E a aproveitar ao máximo! Depois do nosso brinde, colocamos as xícaras de lado e começamos a trabalhar. Pegamos um bloco de notas e começamos a anotar ideias, conversando rapidamente sobre
Ponto de Vista de Serena Quando éramos casados, Bill nunca me deu flores. Eu achava que ele guardava rancor, acreditando que eu o enganara para se casar comigo. Bill olhou para Stevie e disse. — Relaxa, eu só quero dar essas flores para a Serena. — Então, virando-se para mim, ele acrescentou. — Tulipas rosas, suas favoritas. Ver as tulipas despertou uma sensação calorosa dentro de mim. O fato de Bill lembrar das minhas flores favoritas me surpreendeu. Eu sempre pensei que ele nunca prestasse atenção nos meus gostos e desgostos. Eu ofereci a Bill um pequeno sorriso. — Obrigada, Bill. Elas são lindas. — Eu lhe disse, genuinamente tocada pelo gesto. — Você não precisava. Notei Stevie me lançando um olhar afiado pelo canto do olho, como se não estivesse nada feliz com isso. Ela estava apenas sendo protetora, sabendo de tudo que aconteceu entre Bill e eu. — Não se preocupe com isso. É um prazer te dar flores. — Bill respondeu. Olhando para Bill, não pude ignorar como seus olho