(Ponto de Vista de Serena)O dia finalmente chegou, e Colette e eu mal conseguíamos conter nossa empolgação enquanto nos dirigíamos para o atelier de um dos melhores joalheiros de Paris.As ruas da cidade pareciam ainda mais vibrantes naquele dia. Havia algo neste momento que parecia surreal… Como se estivéssemos prestes a entrar em um mundo completamente novo.— Isso vai ser incrível. — Disse Colette, praticamente saltitando com cada passo. — Eu sempre sonhei em ver um atelier assim de perto. Quero saber que segredos eles vão nos deixar descobrir.— Eu só espero absorver o máximo possível. — Respondi. Nem tentei esconder a empolgação.Quando chegamos ao imponente edifício, trocamos um sorriso nervoso antes de entrar.Uma mulher com um sorriso amigável nos recebeu na entrada.— Bem-vindas! Vocês devem ser Serena e Colette. Estávamos esperando por vocês. Meu nome é Véronique, e eu vou guiá-las hoje.Nos apresentamos, e ela nos conduziu mais para dentro do estúdio. O espaço estava replet
(Ponto de Vista de Bill)A tensão no escritório de Frederick era palpável no momento em que entrei pela porta. Seu olhar afiado encontrou o meu, como se já soubesse que não se tratava de uma visita casual.— Bill. — Fred disse, apontando para a cadeira à sua frente. — O que te traz aqui hoje?Sem hesitar, me sentei.— Fred, precisamos discutir as mudanças recentes no conselho da RGE — Comecei, com minha voz firme. Após uma pausa breve, acrescentei: — E quero te agradecer por confiar em mim o suficiente para não vender suas ações para o Calvin.Fred levantou uma sobrancelha, claramente intrigado.— Então, você sabe quem vendeu as ações, é?Suspirei, me recostando na cadeira, sentindo o peso da traição.— Sim. — Murmurei. — Um deles foi o Truscott. A outra... — Fiz uma pausa, a voz apertada. — Foi minha mãe.Os olhos de Fred se estreitaram com uma mistura de surpresa e compreensão. Ele já devia ter visto muitas confusões no conselho, mas aquilo claramente soava diferente para ele.— Isso
(Ponto de Vista de Bill)A tensão no escritório de Frederick era palpável no momento em que entrei pela porta. Seu olhar afiado encontrou o meu, como se já soubesse que não se tratava de uma visita casual.— Bill. — Fred disse, apontando para a cadeira à sua frente. — O que te traz aqui hoje?Sem hesitar, me sentei.— Fred, precisamos discutir as mudanças recentes no conselho da RGE — Comecei, com minha voz firme. Após uma pausa breve, acrescentei: — E quero te agradecer por confiar em mim o suficiente para não vender suas ações para o Calvin.Fred levantou uma sobrancelha, claramente intrigado.— Então, você sabe quem vendeu as ações, é?Suspirei, me recostando na cadeira, sentindo o peso da traição.— Sim. — Murmurei. — Um deles foi o Truscott. A outra... — Fiz uma pausa, a voz apertada. — Foi minha mãe.Os olhos de Fred se estreitaram com uma mistura de surpresa e compreensão. Ele já devia ter visto muitas confusões no conselho, mas aquilo claramente soava diferente para ele.— Isso
(Ponto de Vista de Serena)O último dia do campo de treinamento parecia o fim de algo muito maior do que apenas um programa de treinamento. O ar estava carregado de uma sensação de encerramento, mas havia também um leve burburinho de empolgação no ambiente.Entrei na oficina e, por um momento, apenas fiquei ali, absorvendo tudo ao meu redor. O cheiro familiar do metal, o suave tilintar das ferramentas, o murmúrio das conversas - era como se eu estivesse gravando cada detalhe, sabendo que seria a última vez que viveria tudo aquilo.Caminhei até minha bancada de trabalho, passando os dedos pelas ferramentas. Eu me apaixonei por aquele espaço, pela sensação do metal frio sob meus dedos, pela energia criativa que preenchia o ambiente. Logo, olhei para Colette, que já estava concentrada polindo uma de suas últimas peças. Ela levantou o olhar e me pegou de vista, me oferecendo um sorriso tímido.— Você consegue acreditar que é o último dia? — Perguntei, sentando ao seu lado.Ela suspirou, co
(Ponto de Vista de Serena)— Achei que precisava te surpreender, já que é o último dia do campo de treinamento. — Disse Taylor, lançando um de seus sorrisos característicos.Não consegui evitar o sorriso que surgiu no meu rosto enquanto nos aproximávamos para a saudação parisiense - bochecha com bochecha. Foi um gesto acolhedor, que naquele momento parecia natural entre nós.— Você sempre soube como fazer uma entrada. — Comentei, rindo suavemente.Colette, por outro lado, ainda estava paralisada ao meu lado, completamente deslumbrada. Ela não disse uma palavra desde que Taylor apareceu. Olhei para ela e a cutuquei levemente.— Colette, essa é a Taylor.Colette piscou, finalmente conseguindo balbuciar, ainda em choque:— Ai meu Deus, é uma honra te conhecer. Eu li tanto sobre você... Quero dizer, você é incrível.Taylor soltou uma risada suave, com sua voz confiante, mas gentil.— Obrigada, Colette. É um prazer te conhecer também.O rosto de Colette estava corado de excitação e, antes q
(Ponto de Vista de Serena)— O Bill tem perguntado onde você está. — Comentou Taylor, observando-me de perto, à espera da minha reação.Senti meu corpo se tencionar e meu coração disparar.— Você... Contou a ele? — Minha voz saiu mais baixa do que eu esperava, com o nervosismo me corroendo. A última coisa que eu precisava era que o Bill soubesse onde eu estava me escondendo.Taylor balançou a cabeça.— Não, eu não disse. Apenas falei que você estava bem.— Bem? — Repeti, elevando a minha voz. — É, isso é tudo o que ele merece saber.Taylor não respondeu imediatamente. Ela se encostou na parede, com os braços cruzados, e seus olhos fixos nos meus.— Eu imaginei que você preferisse que eu não dissesse nada, mas achei que você precisava saber: ele está te procurando.Minhas mãos se fecharam em punhos ao lado do corpo.— Ele não tem o direito de me procurar. Ele teve a chance dele e a estragou. O Bill só se importa quando é conveniente para ele, e eu cansei de jogar esse jogo.Taylor levan
(Ponto de Vista de Bill)No instante que o avião tocou o solo no Vale do Silício, eu soube de imediato: o clima aqui era outro. Não era o drama das reuniões de conselho ou a política familiar com a qual eu vinha me afogando ultimamente - era inovação, ideias, uma chance de construir algo novo.Sarah estava ao meu lado, revisando as anotações que compilou sobre os dois fundadores com quem nos encontraríamos naquele dia. Aqueles caras eram afiados, com um conceito que tinha o potencial de abalar a indústria.Ainda assim, minhas dúvidas persistiam. No papel, tudo parecia promissor - mas, na prática? Era nesse momento que as pessoas brilhavam... Ou desabavam.Saímos do carro e entramos no prédio. O escritório da startup era surpreendentemente simples - pequeno, funcional e cheio dos clichês típicos do setor de tecnologia: uma mesa de pingue-pongue no canto, e uma geladeira cheia de bebidas energéticas.Os dois fundadores, Josh e Leo, nos receberam na sala de conferências. Ambos eram mais j
(Ponto de Vista de Serena)Ao entrar no escritório de Marjorie, fui imediatamente tomada pela gravidade do que estávamos prestes a enfrentar. Tudo ali parecia mais intenso, mais sério…Mas, assim que vi Stevie sentada no sofá, com seus olhos já marejados, a tensão se dissipou um pouco.— Serena! — Ela exclamou, correndo até mim.Antes que eu pudesse dizer qualquer coisa, os braços de Stevie já estavam ao meu redor em um abraço apertado, e eu pude sentir suas emoções tão intensamente quanto as minhas.— Eu senti tanto a sua falta. — Ela sussurrou.— Eu também senti sua falta. — Sussurrei de volta, segurando-a com a mesma força. Quando nos afastamos, vi as lágrimas brilhando em seus olhos.Essa equipe, essas pessoas, eram mais do que parceiros de negócios - eram a família que eu escolhi.Stevie enxugou os olhos, rindo um pouco.— Você deveria ter me levado para Paris! Não faz ideia de quanto senti falta de ter você por perto.Ri, balançando a cabeça.— Acredite, eu também senti sua falta