(Ponto de Vista de Bill)Era tarde, e finalmente estávamos em um intervalo. Ainda não me chamaram para testemunhar, e a espera estava me consumindo.Saí para tomar um pouco de ar, na esperança de que isso clareasse minha mente. O sol estava brilhante, mas pouco fazia para dissipar a inquietação que me corroía por dentro. Olhei ao redor e vi Serena sentada em um banco, com o olhar perdido nos próprios pensamentos. Quis me aproximar dela, oferecer algum conforto, mas me contive.Em vez disso, encostei-me a uma árvore próxima, observando-a de longe. Serena levantou os olhos e me encontrou. Por um momento, ficamos apenas nos encarando. Então, ela desviou o olhar, provavelmente tentando controlar suas emoções.Quando o intervalo terminou, voltamos para dentro. A juíza pediu ordem, e os procedimentos foram retomados. Logo, o policial Gibson foi chamado para depor. Ele se levantou com o semblante sério e a postura firme. Gibson havia sido um dos primeiros a chegar à cena naquela noite, quando
(Ponto de Vista de Bill)Subi ao banco das testemunhas, com o coração batendo forte no peito. Sentia os olhares de todos sobre mim, mas forcei-me a controlar o nervosismo, lembrando que aquilo era importante demais para eu errar.Logo, Murphy se aproximou, com uma expressão séria.— Sr. Richardson, poderia nos contar o que aconteceu no terraço no dia em que a Srta. Nixon foi atacada?Respirei fundo e comecei a falar, mantendo a voz firme.— Eu estava seguindo a Doris naquele dia porque já desconfiava dela. Ela estava agindo de forma estranha, e eu estava preocupado que ela tentasse fazer mal à Serena.Murphy assentiu, me incentivando a continuar.— E para onde o senhor a seguiu?— Para o terraço do museu de joias. — Respondi. — Quando cheguei ao local, encontrei Doris e Serena no meio de uma discussão acalorada. Doris estava exaltada, gritando e lançando acusações contra Serena sem parar. Seu tom era realmente agressivo.O rosto de Murphy permaneceu neutro, mas eu conseguia ver a deter
(Ponto de Vista de Bill)— Eu encontrei o brinco enquanto investigava. — Repeti, mantendo a voz firme. — Eu não alterei a prova de forma alguma. Assim que a encontrei, a entreguei imediatamente à polícia.— Mas, sem a supervisão da polícia, não seria possível que aquele brinco tenha sido plantado pelo senhor, Sr. Richardson?Balancei a cabeça, com firmeza.— Essa hipótese é improcedente. O brinco estava presente no local no momento em que o encontrei. Não foi colocado ali posteriormente.Hansen deu alguns passos vagarosos, parando em seguida, com aquele brilho maligno nos olhos.— Sr. Richardson, não é verdade que a Srta. Tipton sempre teve sentimentos fortes por você? Poderia ser que o senhor esteja usando este julgamento para se livrar dela de uma vez por todas?Senti uma onda de raiva subindo, mas mantive a voz estável, controlando a respiração.— Não, isso não corresponde à verdade. Eu nunca me importei com os sentimentos da Doris por mim.Os olhos de Hansen brilharam com um triunf
(Ponto de Vista de Serena)Bill, o advogado Murphy e eu dirigimos até a mansão de Bill em silêncio, cada um perdido em seus próprios pensamentos, imerso nas incertezas do dia.Quando chegamos em casa, senti uma mistura estranha de emoções se formando dentro de mim. Aquela casa já tinha sido meu lar, e as lembranças me invadiram de forma repentina - tanto as boas quanto as ruins. Apertei a bolsa com mais força à medida que a mansão surgia diante de nós, imponente como sempre.Enquanto caminhava pelo interior da casa, fui cruzando com algumas das empregadas que, ao me verem, sorriram cordialmente. Daisy, uma das funcionárias mais antigas, se aproximou para nos cumprimentar.— Sra. Serena! Que bom te ver novamente! — Disse ela, com um sorriso caloroso.Sorri de volta, sentindo um pouco da tensão se dissipar.— Também é bom te ver, Daisy.Daisy assentiu e se afastou, voltando ao seu trabalho com discrição.Entramos na sala de estar, e Bill fez um gesto em direção ao grande sofá de veludo p
(Ponto de Vista de Bill)— Eu... Não sei, Bill. — Disse Serena, puxando nervosamente a alça da sua bolsa. — A loja está bem movimentada agora, com a coleção de verão. Não posso me dar ao luxo de me atrasar.Eu a observei, notando como ela se mexia, desviando os olhos dos meus. Havia uma energia nervosa nela, e eu percebia claramente que estava apenas inventando uma desculpa para não ficar.— Serena, já está tarde. — Comentei suavemente. — Eu estou realmente cansado, e o Tyler não está por perto para te levar para casa. Deixe-me te levar ao trabalho amanhã. Eu só quero manter você e nosso bebê seguros.Ela balançou a cabeça, exibindo um sorriso tenso no rosto.— Está tudo bem, Bill. — Respondeu rapidamente. — Vou pegar um uber. Vou ficar bem.Me aproximei, mantendo a voz calma e reconfortante.— Serena, por favor. Você pode ficar em um dos quartos de hóspedes, se quiser. Eu vou garantir que você esteja confortável. Só não quero que você fique por aí, sozinha, tão tarde.— Mas... — Ela c
(Ponto de Vista de Serena)Eu não conseguia dormir, com a mente girando sem parar, relembrando tudo o que havia acontecido no tribunal naquele dia.Me virei de um lado para o outro na cama king-size, com os pensamentos correndo soltos, atropelando-se uns aos outros. E se eu tivesse dito algo diferente? E se tivesse deixado escapar algo crucial? E se Hansen conseguisse fazer Doris parecer ser inocente?Mas então, lembrei da forma como Bill me olhou quando saí do banheiro, com seus olhos cheios de desejo, como se quisesse me beijar ali mesmo.Se fosse qualquer outra pessoa me olhando daquele jeito, eu ficaria incomodada… Mas com Bill, parecia diferente. Uma sensação quente subiu por dentro de mim, só de saber que ele me desejava.No entanto, alguém bateu suavemente na porta. Me sentei, perguntando:— Quem é?— Sou eu. — Disse Bill.Me perguntei o que ele queria àquela hora da noite.— Entre. — Respondi.Bill entrou, parecendo tão inquieto quanto eu.— Não conseguiu dormir também? — Pergu
(Ponto de vista de Serena)Ele hesitou, como se procurasse alguma resposta no meu rosto.— Tem certeza, Serena?Ao invés de responder, apenas sorri de lado, puxando Bill para mim e beijando-o com intensidade. Tive o cuidado de não pressionar minha barriga, ajeitando meu corpo com delicadeza para que ficássemos confortáveis.Senti as mãos dele explorando minhas costas, deslizando por baixo da camisa e despertando arrepios que se espalharam por todo o meu corpo. Afastei-me só o bastante para me despir, jogando a roupa de lado, enquanto Bill fazia o mesmo, se livrando da dele com a mesma urgência.Ele me encarou com os olhos brilhando de admiração.— Você é tão linda. — Murmurou.Ao olhar para meu corpo de grávida, uma pontada de vergonha me atravessou. As linhas definidas tinham se transformado em curvas suaves, meus seios já não eram os mesmos - mostrando flacidez, e pequenas estrias começavam a surgir como marcas silenciosas da transformação.— Mesmo assim? — Perguntei suavemente, olha
(Ponto de vista de Serena)Inclinei-me e o beijei profundamente, descendo lentamente sobre ele, sentindo-o me preencher centímetro por centímetro, enquanto seu corpo reagia com um gemido abafado. Bill gemeu, apertando meus quadris com mais força à medida que começava a me mover.— Caramba... — Ofegou, com a voz carregada de desejo bruto. — Você está incrível.Fechei os olhos, permitindo-me perder na sensação, sentindo cada parte dele dentro de mim, e sua rigidez preenchendo cada espaço. Comecei a me mover devagar, balançando os quadris em um compasso constante, prolongando cada instante.Ao abrir os olhos, encontrei o olhar de Bill. Desejo e preocupação se misturavam em sua expressão, fazendo-me sentir como uma deusa: poderosa, e no controle. Apoiei as mãos sobre seu peito, com os dedos abertos, sentindo as batidas aceleradas de seu coração sob minhas palmas.Meus movimentos seguiram lentos e deliberados, carregando intensidade e entrega. Cada instante era precioso, cada centímetro apr