Através da notificação aos órgãos competentes ou aqueles que protegem a criança e o adolescente, os familiares, vizinhos e conhecidos, por sua vez, podem romper o muro do silencio, que cerca o abuso sexual.
Profissionais de saúde, psicólogos, advogados, professores, pais e a sociedade em geral deve buscar a promoção de um trabalho mais amplo e profundo, que é o trabalho preventivo através da orientação sexual precoce.
A escola e a família devem ser responsáveis por este papel, é importante destacar, contudo o perigo do exagero de denuncias de abuso sexual.
Houve, nos estados unidos em determinado momento, uma onda de histeria nesse sentido.
Chegou-se a criar uma associação chamada VOCAL (victims of chilkd abuse laws) cujo objetivo era a defesa contra os excessos cometidos em nome da defesa e proteção de crianças e adolescentes.
Estudos indicam que a mentira sobre o abuso sexual por parte da criança e do adolescente não ultrapassa os 6% ass
Em 1986 em uma das enfermarias de pediatria do hospital municipal Souza Aguiar, um bebe de 3 meses estava suspenso por uma das pernas em um aparelho de tração para tratamento de fratura do fêmur esquerdo. Três meses após, a mesma criança voltou e foi colocada em tração, agora por conta de uma fratura no fêmur direito. Este foi o fato que levou o Dr. Lauro Monteiro Filho, então chefe do serviço de pediatria, a constituir uma equipe para estudar e acompanhar os casos de violência domestica contra a criança e o adolescente. Criou-se então o comitê de maus tratos, hoje comitê de defesa dos direitos da criança e do adolescente, constituído por vários profissionais de saúde. Em dezembro de 1988 o Dr. Lauro idealizou e fundou a ABRAPIA que permitiu melhor atender a todos aqueles casos de violência. A ABRAPIA é hoje reconhecida nacionalmente como centro de defesa dos direitos da criança e do adolescente em situações de violência doméstica e exploração sexual comercial.
Garantia de direitosSistema nacional de combate à exploração sexual infanto juvenil- atuação em todo o país em parceria com o ministério da justiça e a EMBRATUR.Mobilização da sociedade: atuação em todo país através de palestras, distribuição de cartilhas, folder e cartazes, e sensibilização continua da sociedade através dos meios de comunicação. Parceiros ANDI, rede nacional de combate a exploração e o abuso sexual contra crianças e adolescentes, mídia em geral em todo o país. Além disso a ABRAPIRA, disponibiliza para todos dados sobre a violência contra crianças e adolescentes, além de textos próprios, publicações e informações atrav&ea
SOS CRIANÇADurante 11 anos o programa recebeu notificações de violência intrafamiliar contra crianças e adolescentes e prestou atendimento psicossocial e jurídico visando a proteção das vitimas e a reestruturação da dinâmica familiar. O programa foi pioneiro na divulgação do tema RJ e ABRAPIA foi a primeira instituição no estado a construir o serviço de atendimento especializado nessa área e a introduzir no Brasil a técnica de revelação de abuso sexual que incluir a utilização de bonecos anatômicos.Parceria com o ministério do bem estar social, ministério da justiça e do governo do estado do RJ.Números de crianças e adolescentes atendidos: 3.100 por ano.Duração: 1989 a 1999.NAC – NUCLEO DE ATENDIMENTO COMUNITARIOO programa identificou uma comunidade de risco no município do RJ e capacitou agentes comunitários para prestar atendimento especializados a crianças e adolescentes vítimas de v
A ABRAPIA é membro eleito dos seguintes conselhos e fóruns:CONANDA - Conselho nacional dos direitos de crianças e adolescentes;CEDCA-RJ – Conselho estadual de defesa da criança e do adolescente;CMDCA-RJ – Conselho municipal dos direitos de crianças e adolescentes;Fórum DCA - fórum de defesa das crianças e dos adolescentes;Fórum estadual permanente de enfretamento da violência sexual contra criança e adolescente no estado do RJ.Faz parte da ABRAPIA juntamente com outras organizações não governamentais de todo o país proporcionar melhores condições de atendimento a criança e adolescente, vitimas de abuso e exploração sexual e de responsabilização do agressor, através da implantação em todos os estados brasileiros de:Dele
A trajetória de construção do abuso sexual como um problema socialPioneirismoO surgimento de uma atenção “institucional” especializada para crianças e adolescentes sexualmente abusados no Brasil parece haver antecedido a história do próprioenfrentamento da exploração sexual comercial. No atual estágio dos estudos históricos, édifícil saber se as sociedades, incluindo a brasileira, algum dia produziram mecanismosinformais para proteger crianças e adolescentes do abuso sexual ou para resguardar aqueles que foram vítimas de abuso sexual intra e extrafamiliar antes da era moderna, particularmente da era do bem-estar e dos direitos de crianças e ado lescentes.Apenas a partir desse momento, começaram a ser criadas instituições específicas para lidar com a temática de crianças e adolescentes negligenciados, maltratados e sexualmente abusados.A primeira organização no mundo dedicada
O contexto brasileiro de atenção a crianças e adolescentes sexualmente abusadosNo Brasil, apenas no final dos anos 80 começaram a surgir entidades de atenção acrianças e adolescentes em situação de violência e de defesa de seus direitos. Dessas iniciativas, resultou, em grande medida, a participação ativa de pessoas físicas e organizações brasileiras no movimento internacional, criando as contrapartes nacionais e regionais do ISPCAN, assimcomo os serviços disseminados por essas instituições.Atualmente, qualquer pesquisa que se faça em relação ao período anterior a essa época,seguramente registrará que o atendimento de crianças e adolescentes em situação de violência doméstica e sexual era realizado na rede hospitalar geral ou especializada. Acredita-se que uma busca nos arquivos da Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP) poderá oferecer dados ainda não revelados sobre o enfrentamento da negligência, dos maus-tratos e do
Parlamento insere a temática na agenda de debates e propostasDiante da repercussão dos artigos de Gilberto Dimenstein e da mobilização de ONGs,as autoridades brasileiras sentiram-se pressionadas a se posicionar diante desse problema.O Congresso Nacional respondeu com a criação de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI), em abril de 1993, destinada a apurar a responsabilidade pela exploração sexual de meninos e meninas – a CPI da Prostituição Infantil, como ficou conhecida. Com essa intervenção, o tema entrou definitivamente para a agenda das autoridades públicas.O termo “exploração sexual” começou, então, a ser utilizado para designar tanto aprostituição infantil quanto o abuso sexual, contribuindo para gerar uma questão conceitual que, futuramente, traria problemas para a especificação das estratégias metodológicas de enfrentamento da violência sexual.As campanhas públicas
A Rede Nacional de Organizações Não GovernamentaisUm processo similar ocorreu no âmbito da sociedade civil brasileira. Muitas instituiçõesestabeleceram como prioridade a mobilização contra a violência sexual e iniciaram um processo de especialização para o atendimento e o enfrentamento do fenômeno. Essa tendência começou a gerar frutos em termos de articulação e organização da sociedade civil, tendo como um de seus marcos a criação da Rede Nacional de Organizações Não Governamentais para o Combate da Exploração Sexual, da Violência e do Turismo Sexual de Crianças e Adolescentes.A busca por recursos para financiar essas iniciativas encontrou suporte na cooperaçãointernacional, principalmente dos organismos multilaterais que há muito tempo vinhaminvestindo no País. A principal rubrica dos financiamentos foi a das campanhas de erradicaçãodo trabalho infantil, que começaram a ser imple mentadas no Brasil no começo da década de 199