O gemido rouco de prazer soou naquele quarto quando os dedos de Magnus enroscaram nos longos cabelos de Lucian, e também porque os seus dedos tocavam o seu corpo nu enviando arrepios pela sua espinha. Lucian aprofundou o beijo ao puxar a carne de Magnus com um forte aperto.O seu gosto e o seu cheiro o deixava maluco, fazendo a sua cabeça rodar de tanta luxúria e desejo.Lucian queria mais. Ele precisava de mais.As palavras simplesmente escaparam dos seus lábios, tão descontrolado quanto qualquer movimento seu durante todo aquele momento íntimo.— Ômega, você está me enlouquecendo. Eu te quero. Quero te possuir e te tornar meu de todas as maneiras possíveis. Eu te clamarei como meu.Não havia espaço para racionalidade. Lucian não tinha controle algum sobre o seu corpo, desde o momento em que sentiu o cheiro de vinho serpenteando o seu corpo tão diligentemente. Era aquela sensação estranha de novo, onde Lucian seria um mero espectador de um corpo que se move no piloto automático.Apes
O assombro tomou conta do seu corpo quando Lucian encarou as próprias mãos manchadas de sangue. O tremor que seus músculos sentiam fizeram suas pernas falharem em sustentar o seu peso, o obrigando a cair no chão agonizando a dor que sentia. Baixando a cabeça, ele tentava assimilar a ponta da lâmina que atravessou o seu peito com o "como" aquilo havia ocorrido.O seu peito subia e descia desesperadamente tentando se manter vivo. Como se estivesse enferrujado, o seu pescoço demorou para virar e fazer Lucian encarar o seu assassino. O sorriso malicioso era nítido enquanto aquela pessoa acenava para si, como se despedisse de alguém que foi embora de uma mera festa do chá.Por quê?Por que aquela pessoa fez aquilo consigo?O seu pulmão ardia e sua boca tossia o sangue coagulado enquanto o seu corpo caía no chão. O tremor e o frio que o abraçava junto com o pavor de estar enfrentando a própria morte não eram nada saborosos.Em um rompante Lucian se sentou na cama ofegando. O suor escorria d
O salão do Palácio do Sol era enorme e estava ricamente decorado. Os convidados que chegavam para a festa ficavam surpresos com a grandeza do evento. A surpresa aumentava quando eles lembravam que o motivo de tamanha ostentação se dava ao noivado do Grão-duque Grimwood com o oitavo príncipe imperial.O oitavo príncipe.Aquele que jamais era visto em eventos sociais.Aquele cuja existência dificilmente era lembrada.Aquele que mal lembravam o nome dele.— Anuncio a entrada do Grão-duque Grimwood e do Oitavo Príncipe Imperial.Os olhares recaíram sobre o casal que entrava pelas imensas portas e recebiam toda a atenção. Era esperado que o Grão-duque fosse bonito o suficiente para roubar suspiro dos solteiros, apesar de agora haver um leve pesar e incredulidade com o fato dele estar se comprometendo repentinamente.Mas não Lucian.Os convidados ficaram surpresos e murmuravam ao ver Lucian pela primeira vez em um evento social daquela escala. Claro, quem viu ele participando das outras fes
O discurso do Imperador pegou Lucian desprevenido. De certa forma eram palavras genéricas que todo governante usava, só que ele dizia aquilo olhando diretamente para ele e Magnus. Talvez nas entrelinhas tivesse uma espada apontada em seus pescoços, como uma ameaça por serem descuidados a chegarem ao ponto da desonra acontecer.De toda forma, a pressão de ter aqueles olhos claros e expressão rígida sobre si permanecia. Lucian cerrou os punhos que tremiam levemente por causa daquela pressão.Por que o oitavo príncipe sempre reagia daquela forma quando estava na frente do Imperador? A sua covardia realmente era um incômodo.— Você está bem?A voz sussurrada do ômega chegou ao ouvido de Lucian, que vestiu a sua costumeira máscara e concordou com a cabeça. Agora que o discurso chegou ao fim e os convidados voltaram a aproveitar a festa, Lucian podia se ver livre daquela tensão.— Perfeitamente bem.O braço de Magnus foi para a cintura de Lucian, o puxando levemente enquanto ele o olhava se
Lucian foi avisado que os seus irmãos participariam da festa, óbvio. E por isso ele sorriu e acenou quando eles se aproximaram. Raven e Dáhlia já eram rostos conhecidos, no entanto, o rapaz alfa junto delas fazia cara de poucos amigos. Só pela sua expressão familiar, era nítido que se tratava de Elyon, o irmão gêmeo de Dáhlia.Aqueles três juntos e mais algumas outras pessoas ao longe os observando era uma visão deveras suspeita…— Olá.— Parabéns pelo noivado, irmãozinho. Ah, e para a Sua Graça também.Magnus se remeteu a um acenar de cabeça, apesar dele tomar a frente de Lucian.— Obrigado — Lucian disse — Fico feliz que tenham vindo.— Claro, como perderia o noivado do nosso irmão, não é mesmo? É um evento familiar que devemos aproveitar.Raven virou-se para os gêmeos, que não pareciam nem um pouco contentes de estarem ali. Elyon ainda ergueu a cabeça para o alto das escadas onde via o Imperador e o Consorte sentados no trono encarando friamente para aquela interação.— De fato, um
No Império Roveaven, os ômegas eram os líderes, e o Imperador era o ômega mais forte e mais respeitado daquele território. Naturalmente, os tradicionalistas apoiavam Raven, a primeira princesa ômega, como futura imperatriz. Contudo, havia alguém que batia de frente com tal partido.O primeiro filho do Imperador Rehael, um alfa bonito e charmoso que sempre foi descrito como um homem sério e frio. Cadec era um príncipe perfeito, e justamente por isso ele era uma ameaça a quem quisesse o trono, pois mesmo sendo um alfa ele tinha um grande poder político obtido através de suas grandes conquistas.A sua esgrima era impecável, um ótimo líder que detém o respeito dos seus subordinados como comandante da segunda cavalaria. Quando havia algum problema com mercenários, Cadec era o primeiro a averiguar a situação e a brandir a sua espada para lutar bravamente. Claro que ele tinha a frieza de cortar o seu inimigo, contudo há rumores de que ele reza pela alma dos mortos após uma batalha.Além diss
Droga, não é como se Lucian estivesse mentindo. Ele e Magnus tiveram uma conversa… depois de terem saciado o desejo ardente que um mero afrodisíaco despertou neles, mas ainda assim foi uma conversa! Como aquele maldito personagem secundário se atrevia a questionar a decisão totalmente emocional e impulsiva de Lucian?!— Se essa for a sua vontade, Lucian, então ficarei mais do que disposto a apoiá-lo em suas decisões.— Que bom irmão você é, hm? — Provocou Magnus.— Vossa Graça! Por favor, eu adoraria apresentá-lo a um nobre senhor…— Parece que você ainda não se livrou dos solteiros — Cadec comentou baixo, observando a senhora que se aproximava do casal.— Estou torcendo para que sejam apenas assuntos de negócios — Magnus olhou para Lucian — Eu voltarei logo.Magnus soltou o braço de Lucian, o deixando sozinho com o seu irmão mais velho.Droga… Lucian não fazia a menor ideia de como era a relação entre os irmãos. Lá estava ele se emaranhando na mesma situação que o Consorte, só que co
Em os nobres levavam muito a sério a sua posição social, ao ponto de que nada poderia manchar a sua honra. Por esse motivo, se um nobre quisesse algo considerado arriscado para a sua honra, ele o faria por debaixo dos panos.Os híbridos têm uma volúpia considerada incontrolável, o que torna impossível manter a "puridade" por muito tempo. Somente uma pessoa reclusa em um castelo longe da sociedade conseguiria se manter virgem até atingir a maioridade, de fato. Sendo assim, os nobres começaram a estrear os seus filhos antes do tempo. Jovens de quinze anos já poderiam ser tratados como adultos e buscar por um casamento ideal, pois nessa idade eles emitem feromônios impossíveis de serem ignorados.Claro, cada família escolhia a hora certa da estreia de suas crianças.De toda forma, aquela história sempre retratou que o sexo só deveria ser feito depois do casamento, pois assim diminui as chances de uma pessoa ser marcada em um caso efêmero. Só deve ser marcado pelo seu