Anúbis - Por que se descontrolou dessa forma? Poderia ter destruído todo o prédio, matando milhares de pessoas! - Mas não aconteceu, não é mesmo. – Hórus respondeu com um sorriso cínico que causou um calafrio em Anúbis. - Você provocou essa situação. Ninguém tinha notícias de Olívia a meses, você encantou o prédio, impedindo a nossa entrada. Todos estavam apreensivos. Sinceramente, estou grato a Seth por tê-la resgatado! - Não repita isso! Ele destruiu o meu apartamento, e roubou o que é meu! – Hórus passou por ele com raiva e entrou no apartamento. – Vou fazê-los pagar por isso! - Você ou Amith? Horus se voltou com os olhos saltados. - Não sentiu a presença dela não é? Porque você acha que Martina voltou do Duat? – Anúbis olhou friamente para Hórus. – Amith realizou um ritual proibido para tornar Martina um receptáculo perfeito. Ela já tinha possuído Martina em vida, portanto, ambas se tornaram uma só depois dessa afronta aos deuses. - Isso não é verdade. PARE DE ME
Olívia O silêncio era profundo, quebrado apenas pelo som suave da respiração de Olívia. Aos poucos, a consciência retornava, puxando-a de volta do abismo onde a dor e o medo haviam a aprisionado. Seus olhos piscavam pesadamente, tentando se ajustar à penumbra do ambiente ao seu redor. A última coisa que lembrava era a escuridão sufocante, as mãos frias de Hórus e a dor dilacerante que rasgava sua alma. Agora, porém, o ar ao seu redor era morno e carregado com um aroma fresco e familiar. Algo nela soube, antes mesmo de abrir completamente os olhos: ela estava segura. O primeiro toque da realidade veio através do calor. Um cobertor grosso cobria seu corpo, e um braço forte a sustentava com delicadeza, mantendo-a contra um peito sólido que subia e descia em um ritmo compassado. Seu coração acelerou. Seth. Ele estava ali, e dessa vez, não era um sonho. Um soluço baixo escapou de seus lábios antes que pudesse contê-lo. O alívio foi tão avassalador que fez seu peito do
Seth Seth segurava Olivia em seus braços, sentindo o peso da dor que a consumia. Sua fúria era como um furacão, selvagem e destrutiva, queimando cada fibra de seu ser. Ele queria destruir Hórus. Queria ver a expressão de terror no rosto de seu irmão quando finalmente entendesse que não havia mais perdão, nem redenção. Olivia foi machucada de uma forma que ele não podia suportar, e sua promessa a Hathor de não interferir entre eles parecia agora um peso morto, irrelevante diante do sofrimento da mulher que ele amava. A raiva borbulhava em suas veias enquanto ele relembrava o passado. A primeira vez que viu Olivia foi na festa do centenário de Nefertari. Ela brilhava como uma estrela entre os mortais, uma presença tão doce e serena que contrastava com o mundo de intrigas e traições ao qual ele estava acostumado. Foi naquela noite que ela salvou sua vida, ajudando-o com a asma severa que ameaçava sufocá-lo. Naquele instante, Seth percebeu que sua existência jamais seria
OliviaA claridade do sol a pino fez ela despertar, o barulho das ondas fizeram um sorriso preguiçoso se insinuar nos lábios dela. Se sentou na cama, encostando na cabeceira de vime.Tudo estava silencioso, até mesmo na cozinha, que geralmente era barulhenta pela manhã quando Seth preparava o café cantando junto com o rádio, pop rock.Olívia vestiu o robe sobre a camisola e foi até o banheiro. O espelho refletia uma imagem muito diferente de três meses atrás, suas bochechas estavam coradas e a pele não tinha mais o aspecto pálido doentio. O tom de amarelo marfim foi substituído pelo bronzeado saudável da vida a beira mar. Em uma noite estava definhando na cobertura do central park, e no outro dia quando acordou, já estava nessa ilha.Cayo Santa María é uma das ilhas que que compõe o arquipélago cubano. E para Olívia, aquele lugar era o paraíso na terra. Com praias intocadas de areia branca que cintilavam como diamantes ao sol, e aguas tão cristalinas que encantavam a qualquer ser viv
O toque quente e macio de suas mãos seguraram os braços dela, sentiu o corpo dele a fio de se encostar em suas costas, a respiração de Seth arrepiava os cabelos de sua nuca. As mãos dela seguraram as bordas da pia com força. Olívia fechou os olhos tentando reorganizar seus pensamentos. Não podia se sentir atraída por Seth, era errado.Querer esse homem era o mesmo que atestar a veracidade de todas as acusações que Hórus fez contra ela. Não podia permitir isso. - Por que? – ele disse bem próximo do ouvido dela.- O que? – respondeu num tom baixo, apertando os olhos. - Está evitando essa atração. - Não sei do que está falando, Seth. – murmurou fracamente.- Sabe sim. – as mãos dele subiam e desciam sobre a pele dela. – Está lutando contra o que está sentindo, porque acha que é errado.Olívia se virou surpresa. Como ele poderia saber? Os olhos dele estavam fixos na boca dela, naquele tom de azul iridescente surreal que fascinava até uma santa. - Não pode acontecer nada entre nós...
SethO corpo quente e macio aconchegado em seus braços estava relaxado, a respiração suave de Olívia indicava que ela estava descansando mas ainda não estava dormindo.Fazer amor com ela foi a coisa mais sublime que já experimentou em toda as suas existências. Nunca houve alguém como ela. Teve muitas mulheres em muitas vidas, mas não estava destinado a nenhuma delas, o envolvimento raso e estritamente sexual era comum antes de conhecer Olívia.Não se arrependia de enfrentar toda a sua família em Nova York. Não se importava com as catastofres naturais provocadas pela ira de Horus, e muito menos pelas ameaças de Martina, que na verdade é Amith revivida como uma humana.Eles esperavam que Olivia trouxesse a razão de Hórus de volta, temendo pela humanidade e as consequências que essa destruição traria. O egoísmo deles não deixava que vissem quem foi a vitima dessa tragédia.Em todas as vidas, Osíris e Iris nunca intercederam por Hathor. Eles assistiram inertes enquanto Horus massacrava
Olívia- O que está fazendo que está tão calado? – perguntou preguiçosamente, olhando para o rosto dele.Deitada em seu colo, ela levantou os óculos de sol para ver melhor seu rosto bonito. Seth abandonou o celular na cadeira de madeira, e se voltou com um sorriso sedutor.- Não é nada, só estava verificando como estão as coisas. – respondeu, acariciando o rosto dela. Olívia ajeitou a parte de cima do biquíni cor de rosa que usava, o tecido mal comportava seus seios. Eles estavam ainda maiores de umas semanas para cá. Viu a mão dele se esgueirar por baixo dela, agarrando uma banda de sua bunda exposta. As gaivotas, o mar e o vento eram as únicas testemunhas desse e de outras centenas de atos obscenos que protagonizaram naquela praia.Seth era um homem vigoroso que se tornou insaciável no momento em que dormiram juntos. Havia dias em que nem saiam da cama. E muitas noites passavam naquela praia fazendo amor perto de uma fogueira que ele fazia para assar mashmellos. A vida com
SethHá duas noites Destino soprou em seus ouvidos que alguém especial visitaria seus sonhos. Assim que adormeceu viu seu filho, o garotinho alegre e falante era muito poderoso. Seth sentiu que seus próprios poderes não eram nada perto do que emanava daquela criança. Inicialmente não entendeu porque estava vendo um futuro tão distante, mas então começou a considerar uma possibilidade. Olhando para Olivia estupefata com as mãos no ventre, ele finalmente entendeu que o poder desse ser era tão grande que ele conseguia projetar o seu futuro através dos sonhos de seus pais. - Vi nosso filho da mesma forma que você. Não está enlouquecendo. Seth puxou Olivia para os seus braços. Emocionada, ela afundou o rosto no peito dele, fungando entre lagrimas. - Isso está mesmo acontecendo? ... – ela murmurou. – Eu pensei que não poderia mais gerar...eles.. eles...- Eu sei. – Seth afirmou, abraçando seu corpo tremulo. A preocupação de Olívia se dava por causa da monstruosidade das ações de