Parte II

Kleber Moreira, vivia um caos, com todas as áreas de sua vida, o emprego perdera de repente, demorou tanto para subir aquelas escadarias, estava na vice-presidência de uma renomada montadora de automotivos, vira desabar tudo em questão de segundo, a secretária que para ele fora imbuída de prestar serviços, prestou outros tipos de serviços orquestrado de Simone Leal, um desafeto dele, de muito tempo, não teve seu amor, ele ficou com emprego dele, que tanto desejavam, caso de vinte na escuridão, ela remoendo de mágoas, conseguira tirar as melhores notas, nas melhores universidades, ela ia se tornando uma sombra, em meio a luz de Moreira que brilhava tanto.

Jéssica Queiroz, fora subornada para assediar Kleber Moreira, era a única opção dela, manjar socialmente a figura de sua paixão negada.

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- Vou precisar de mais?

- Não é o suficiente?

Uma olhava para outra asperamente, um clima tenso, como se estivessem negociando, contrabando ou narcótico.

- Tem a sala de câmera.

- Terei que pedir o vídeo da sala.

Por um momento a astuta Simone Leal, sentiu-se enganada, mas continuou com sua ideia fixa.

- Outro dia te entrego.

- Sem essa parte, nada feito.

- Amanhã entregarei.

Eram palavras secas sendo trocadas.

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Jéssica Queiroz, batia a porta de Kleber Moreira, inúmeras vezes, tentara celular, residência, não apareceu mais ao emprego, faltou uma semana, deram aviso prévio de desemprego por conduta imoral.

As estrelas estavam desabando sobre o universo de seus olhos, ele estava se refugiando bolas farmacêuticas, como Triexfenidil, se refugiara no conselho do primo, que chegou em sua casa pedindo algo que faça esquecer do vexame, o primo já sabendo do ocorrido, queria dar uma conselho, para levantar a cabeça, porém ele implorou por narcóticos pesados, como ópio, o primo negou a proposta, não queria ver uma familiar se afundar, como ele também se afundou, por um momento pensou: “- Nós dois estamos afundamos”.

Anotou o nome farmacêutico da medicação e entregou para Kleber, - vá devagar.

Depois de ter surtido o primeiro efeito, ele não conseguira ir devagar.

Simone ouvia as notícias, não sabia se dava risada ou chorava, queria ver derrotado, porém em um estado que ela poderia ter como marido.

Os familiares de Moreira, resolvem internar o rapaz em um centro de tratamento de dependência química, o rapaz, mal se vestia, não conseguia mais emprego, dilapidava a quantia que juntava por anos, em um medicamento específico.

Jéssica, passa pela rua, quando observa um homem se digladiando com policiais com pessoas da saúde, era fica nervosa, sente-se agitada, prossegue com passo mais firmes e rápidos, sem desviar do caminho, quando percebe, era Kleber que estava sendo contido fisicamente.

Uma lágrima vem aos olhos, o dinheiro que conseguira já havia gastado, dera ao namorado que teve a ideia de investir em uma pista de moto cross, quantias por quantias, desapareceu tudo, e pelo jeito sem volta, só restara a dignidade fajuta que preservaram em seu emprego, ouviu muitas piadas e sussurros, até não ligar mais pelo fato.

Kleber olha a figura daquela loira, magra, em sua frente, recorda em forma oníricas, um passado que vivia em prol da conquista capital, em prol do pão, entrou em um mundo de alucinações, de delírios, de ilusão, mas sempre confortável consigo mesmo, mesmo com fome, mesmo fedendo, as viagens psicodélicas tinham mais relevância, do que aquela fajuta sociedade em que conviveu, sentia-se vítima de uma armadilha, mas não soube frear na hora do impulso, de falar – Não.

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Jéssica Queiroz sem perceber, decide levar uma informação a Simone Leal.

- Clínica? Soltou as palavras já aguardas.

- “Então pode ter uma solução, pode se recuperar”. Pensou Simone.

- Sim, fora um furdunço para pegar o homem insano. Mencionou em tom de sarcasmo misturada com deboche, querendo mais conversa fiada.

- Irei visita-lo no momento certo. Soltou tais palavras, se arrependendo.

Direcionou até o seu quarto, pedira para a secretária do lar, lhe oferecer café e biscoitos, voltou com um embrulho de cores amarelada. Jéssica entende o recado sorri intensamente.

- Estou comprando seu silêncio. Quando terminar, não retorne.

Simone Leal, se retirara para o jardim, estava tentando parar de fumar, o hábito que Kleber Moreira, fez atormentar para ela parar, via-se ele perdendo em algo maior, porém concluía ambos prejudiciais.

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Kleber Moreira, era um dos homens mais admirados do curso de administração, o lugar das raposas e lobos do negócios, onde todos tem um palpite para lucrar eticamente, aproveitando a inflação da moda, empurrando produtos sem necessidades, vendendo também uma identidade de precisão, coisas antigas entraram em desuso, inventavam soluções novas, aliavam a outros cursos da Universidade, em busca de uma boa ideia, eram as comemorações do fim de Semestre, que todos estavam tão habituados, uma festa sem limites.

Simone Leal, viu seu pai sucumbir a uma terrível doença, que devorou seu coração em dias, uma doença rara, que só descobrira da necropsia, Roberto Leal era um dos advogados mais virtuosos que existia naquelas redondezas, a filha querida Simone, uma pérola em pessoa, sente-se atraída por Kleber, que está em meio a um porre etílico, já beijara três meninas da sua turma, ela queria ser a próxima, apagou o cigarro e fora até o encontro dele.

Muito tímida, inicia um assunto com o rapaz, ele que não via união entre eles, procura uma desculpa para negar aquela mulher que exalava fumaça.

- Sabe, você é bela, só que tem uma questão?

- Qual. Sentiu uma esperança na consciência.

- Você é fumante, não curto fumaça, fica bem. Falou tais palavras, agarrando outra mulher, uma que Simone sabia que era fumante também.

“- Fui recusada”. Começava a ser devorada pelo ódio em sua existência, quando recebe uma ligação de sua mãe.

- Mãe?

- Está bem, estou indo agora.

Saíra das festividades, ainda alcoolizada, ligara o carro em disparate para a mansão dos Leais.

- Minha filha seu pais está no Hospital, desmaiou e começou a tremer, queixava-se de uma dor no estômago.

A triste notícia, duas horas depois, morte causa desconhecida, pediram para fazer mais exames detalhados, diagnosticaram uma doença com mais de cinco séculos sem evidências, que só possuía em referências de livros antigos.

O Médico Legista olhava o corpo e concluíra.

“ – O Coração devorado. Horrível”

- Ódio, pensara novamente.

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