Cameron
Meu coração estava apertado, uma sensação de aflição tomando conta de mim enquanto eu tentava processar a mensagem no envelope. O que poderia ter feito para ser acusada de um crime? E por que alguém atacaria pessoas inocentes em meu nome? As perguntas martelavam minha mente, mas não havia tempo para me perder com suposições. A destruição ao meu redor, as vidas em jogo... eu precisava me concentrar em ajudar a alcateia de Ragnar.
Caminhei entre os lobos, oferecendo conforto, tentando acalmar o pânico que pairava no ar. Minhas palavras eram firmes, mas meu cérebro não desligava, a dúvida sempre presente. Meus olhos ardiam pela fumaça, mas eu me recusava a parar. Continuava dando instruções, coordenando os esforços de resgate, fazendo o possível para trazer alguma ordem ao caos.
"Socorro..." ouvi uma voz fina de a
RagnarA raiva fervilhava dentro de mim, misturada com um orgulho silencioso. Cameron tinha se mostrado uma verdadeira Luna, atenta aos detalhes e rápida nas ações. Ela conseguiu capturar esse lobo, algo que meu chefe de segurança e meu beta deveriam ter feito antes que a situação chegasse a esse ponto.
CameronVoltei à cena do incêndio, agora já controlado e sem as pessoas ao redor. A fumaça ainda pairava no ar, misturando-se com a fuligem que irritava meu olfato apurado e fazia meus olhos arderem. Mesmo assim, não me permiti desistir. Cada detalhe, cada pedaço de escombro, tudo precisava ser examinado
CameronMallory e eu subimos as escadas em silêncio, mas havia algo no ar que me deixava inquieta. Minha irmã parecia estar tensa, e isso não passava despercebido. Quando chegamos ao quarto, a atmosfera entre nós estava carregada de uma tensão que eu não entendia."Você está bem, Lory?" perguntei, tentando quebrar o silêncio, mas o rosto dela permaneceu fechado, como se estivesse escondendo algo.Eu me transformei de volta em minha forma humana e fui para o banheiro. Mallory me seguiu e ficou encostada na pia, observando-me em silêncio, seus olhos fixos em mim enquanto eu ligava o chuveiro."O que o pai queria com você?" perguntei, tentando manter a conversa leve, mas havia algo na maneira como ela se comportava que me deixava alerta. "Não conversamos mais depois que eles se foram.""Nada de mais," respondeu ela, dando de ombros. "Só aquelas instruções básicas de como devo me comportar na casa do Alfa Supremo."Dei uma risada, mas era claro que não estava realmente achando graça. Mallo
RagnarA pergunta de Cameron ecoava em minha mente, uma sombra que eu não conseguia dissipar. Enquanto minhas mãos tocavam seu rosto de forma gentil, vi algo em seus olhos que me deixou ainda mais perturbado. Medos, inseguranças, um reflexo do que eu também sentia. Era como se ambos estivéssemos à beira de um precipício, inseguros sobre o próximo passo. Ela merecia a verdade, mas eu também precisava da dela.“Eu preciso dessa confirmação, Cameron,” minha voz saiu baixa, mas carregada de uma urgência que eu não conseguia disfarçar. “Preciso saber se posso confiar em você.”Ela me olhou nos olhos, sua resposta imediata e firme. “Sim, Ragnar. Você pode confiar em mim.”As palavras dela trouxeram um alívio imediato, mas também acenderam algo dentro de mim que eu vinha reprimindo h&aacut
CameronRagnar me ajudou a caminhar até a sala de TV, seu braço firme me dando o apoio que eu precisava. Ao entrarmos, Eron e Mallory já estavam lá, ele animado e ela com um sorriso suave, embora eu notasse que ela estava um pouco mais afastada de mim do que eu gostaria.Elara, sempre atenciosa, chegou com um balde enorme de pipoca, entregando-o para nós com um sorriso caloroso. "Aproveitem o filme," disse ela antes de se retirar.Ragnar me ajudou a me sentar no sofá, e logo em seguida se acomodou ao meu lado. Ele esticou o braço no encosto do sofá, e eu, quase instintivamente, deixei minha cabeça descansar em seu ombro. Era um gesto simples, mas cheio de significado para mim. Eron se sentou ao meu outro lado, enquanto Mallory ficou ao lado dele, um pouco distante, e essa distância, pesou em meu coração.O filme começou, uma das animações clássic
RagnarEstava atrás da porta, ouvindo as duas irmãs conversarem, e não pude evitar o mal-estar que me atingiu ao pensar no pedido que fiz a Mallory. Pedir para que ela observasse sua própria irmã me deixava com um gosto amargo na boca, mas algo me dizia que eu precisava continuar prestando muita atenç&at
CameronMeu corpo estava em chamas com o toque de Ragnar. Mesmo que a massagem tivesse começado como algo inocente, os dedos dele evocavam sensações que eu não conseguia mais ignorar. Era como se cada toque despertasse algo primitivo e profundo em mim, algo que eu não queria, nem podia, resistir.Em um impulso, me sentei no colo dele, de frente, nossas respirações se misturando enquanto eu o encarava com uma intensidade que nunca havia sentido antes. O desejo estava claro em seus olhos, e senti meu coração acelerar ainda mais. Não havia dúvidas, não havia medos. Só havia ele e o que estávamos prestes a compartilhar.Sem hesitar, capturei seus lábios com os meus, deixando que toda a fome e o desejo que estavam pulsando em meu corpo se derramassem naquele beijo. Nossas bocas se encontraram em um choque elétrico, um misto de urgênci
CameronCom as mãos trêmulas, coloquei a blusa sem o sutiã, sentindo a maciez do tecido contra minha pele ainda aquecida pelos toques de Ragnar. O sutiã, agora um símbolo do que quase aconteceu, ficou pendurado em meus dedos, enquanto a timidez do momento anterior ainda fazia meu coração bater descompassado. Ragnar me observava com aquele olhar intenso, mas havia uma suavidade ali, uma compreensão que me acalmava.Último capítulo